A expansão do livro e da leitura:

travessias entrecortadas pela tecnologia.

Resumo

A noção de livro se expandiu, e, da antiga guerrilha cultural com os meios massivos, como a televisão, a cultura digital promoveu uma adesão mais efetiva das telas como suportes para a escrita e para a leitura. A partir dessas práticas, pode-se afirmar que, de forma não muito pacífica, a literatura admitiu o trânsito entre o verbal e o não verbal, assim como no contexto das poéticas digitais a animação e o sonoro incorporaram-se à linguagem criativa. Nesse sentido, neste artigo, pretende-se discutir as reconfigurações do livro no contexto das transformações das tecnologias de comunicação impulsionadas pelo digital e o impacto das escritas tecnológicas nos processos de leitura, utilizando- se os referenciais teóricos de Michel Melot (2012), Robert Scholes (1989), Roger Chartier (1999, 2004, 2010), Umberto Eco (2005), Alckmar Luiz dos Santos (2003), Katherine Hayles (2009) e Rui Torres (2004). Dessa forma, foi possível discutir alguns pontos acerca do processo de leitura atual, visando contribuir para uma reflexão sobre a leitura no digital, bem como para a problematização do livro nesse contexto.