Macunaíma em Brasília – Homenagem a Oscar Niemeyer
Resumo
O texto da conferência apresentada em Brasília, no VI Colóquio Filosofia e Ficção em Brasília, versa sobre a figura e as realizações de Oscar Niemeyer, bem como suas relações com as experiências pioneiras do Movimento Moderno, com a utilização das tecnologias modernas como meio expressivo de uma liberdade formal. Uma liberdade formal alcançada, sobretudo, por três aspectos: uma perspectiva mimética, um ponto de vista mitológico ou arcaico da forma e, finalmente, uma visada social e civilizatória. A obra de Oscar Niemeyer se insere nesse horizonte intelectual brasileiro do século XX, em cujo meio cresceu, como uma das suas expressões mais visíveis e intensas. Era uma cristalização do mesmo espírito multicolor que afirmava o jogo e celebrava o papel transformador da fantasia artística – como Macunaíma, o herói cultural de Mário de Andrade. A sensualidade e o dinamismo de suas formas, bem como a integração da paisagem natural e das memórias culturais, embarcam no mesmo humanismo do humano natural definido literariamente por Oswald de Andrade e Guimarães Rosa, e no humanismo da fome de Tarsila do Amaral e Josué de Castro. O principal ponto dessa conferência é mostrar o vínculo entre a originalidade da arquitetura e o legado da obra de Niemeyer como consubstanciais à constelação intelectual que deu forma à realidade brasileira moderna.
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