A cultura como violência de si mesmo

Autores

  • Francisco Fianco Universidade de Passo Fundo (UPF)

Palavras-chave:

Freud, Nietzsche, culpa, ascetismo, cultura.

Resumo

Nosso objetivo é, com este texto, tentar perceber os traços de violência que estão subjacentes a todo processo que envolva a civilização e a cultura, chamando a atenção para os pequenos traços de violência e agressividade subjacentes, mesmo nas realizações mais abstratas e conceituais da cultura, como a arte e a filosofia, embora nos detenhamos, mais especificamente, na cristalização da cultura como violência em um âmbito muito específico: civilização como autocontrole ou, para sermos mais claros, a cultura como violência de si mesmo, contra si mesmo, sobre si mesmo. Os textos principais, a saber, atrás dos quais nos esconderemos para levar a cabo esta tarefa são, respectivamente, de Freud, O mal-estar na civilização, de Nietzsche, Para a genealogia da moral. Obviamente, não faremos a apologia da incultura ou da regressão cultural, pois nenhum pensador em sã consciência, como Freud, ou não, como Nietzsche, advogaria uma destruição pura da cultura e um regresso ao estado anterior. O que se quer é demonstrar a ambiguidade da cultura para além da visão superficial que lhe remete a uma positividade absoluta. A proposta é fazer uma reavaliação da cultura, uma crítica imanente a ela, que possa torná-la mais agradável, menos opressora e mais coerente.

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Biografia do Autor

Francisco Fianco, Universidade de Passo Fundo (UPF)

Doutor em Estética e Filosofia da Arte pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Professor do curso de Filosofia e da área de Ética e Conhecimento da Universidade de Passo Fundo (UPF).

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Publicado

2013-11-18

Como Citar

Fianco, F. (2013). A cultura como violência de si mesmo. Revista Trama Interdisciplinar, 4(2). Recuperado de http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/tint/article/view/6401

Edição

Seção

Dossiê

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