O idêntico permanentemente (in)diferente: algumas epifanias da identidade apontadas por meio de obras ficcionais

Autores

  • Alexandre Mate Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”

Resumo

Ao tomar diversos fragmentos de obras literárias (brasileiras e internacionais), o texto apresenta uma espécie de mosaico cuja ordenação das peças, isoladas ou em seu conjunto, demonstra a quase impossibilidade de formação da personalidade, em tempos de homens partidos. Obras ficcionais segundo vários historiadores, dentre os quais Roger Chartier (1990), caracterizam-se também em documentos de cultura. Por meio delas, é possível ter acesso a inúmeras informações, sobretudo às mentalidades e a comportamentos singulares de indivíduos e grupos. A identidade é construída e atende historicamente a múltiplos interesses, sobretudo aqueles de classe. Desse modo, se um sujeito muda de classe e aceita os valores dela, ainda que, de certo modo, eles se contraponham até mesmo aos princípios, então, a identidade muda. Aquilo que tomamos como identidade é, portanto, fruto de uma permanente construção e revisitação, do mesmo modo que a memória. A memória e a identidade, tomando tanto as teses de Maurice Halbwachs (1990) como as de Michel de Certeau (1996, 2004), ao serem analisadas em sua dimensão social, têm peso e expressão individual, coletiva e histórica.

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Publicado

2011-12-21

Como Citar

Mate, A. (2011). O idêntico permanentemente (in)diferente: algumas epifanias da identidade apontadas por meio de obras ficcionais. Revista Trama Interdisciplinar, 2(1). Recuperado de http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/tint/article/view/3966

Edição

Seção

Dossiê