Aspectos teológicos da teoria da cultura de massa. Retomando Umberto Eco e dois apocalípticos: Adorno e Boorstin
Resumo
O artigo compara a crítica de Umberto Eco aos partidários da cultura de massa – os
integrados – e, especialmente, aos seus críticos radicais – os apocalípticos – com um dos maiores representantes destes, Theodor Adorno. Ao longo da comparação, analisamos metáforas de teor religioso para descrever tanto o entusiasmo quanto a repulsa à cultura de massa, levando-nos à constatação de que, embora Eco tenha muita razão em indicar os excessos dos apocalípticos (especialmente por não reconhecerem qualidade estética em certas manifestações da indústria cultural), ele não mostra a mesma consciência das implicações teológicas na terminologia teórica do que Adorno. Se Eco pretende ser um estrategista crítico, termina por denegar o efeito totalizador do sistema midiático; os apocalípticos (Boorstin, Debord,Baudrillard, Adorno), cegos para os diferentes estratos da indústria, percebem melhor o alcance totalizante da dominação. O artigo termina analisando as implicações escatológicas da crítica cultural, herdada da dialética hegeliana e marxista, para mostrar seu fundo gnóstico.
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