Biblioteca, leitura literária e afetos em tempos de pandemia
Palavras-chave:
Mediação de leitura. Afetividade. Biblioteca Comunitária. Leitura literária. Objetos mediadores.Resumo
Ao longo de 2020 e 2021, a Biblioteca para a Infância e Juventude Iguaçuense (BIJI) buscou alternativas para a promoção do livro e da leitura no período de isolamento social. Durante 2 meses, no período mais crítico da pandemia, a proposta foi enviar “caixas de histórias” com livros literários e práticas de mediação de leitura para a casa de 8 crianças de um bairro periférico da cidade fronteiriça de Foz do Iguaçu. O objetivo deste artigo é apresentar as “caixas de histórias”, seguindo as concepções de ambientação, ato de leitura e simbolização do que compreendemos como mediação literária e descrever as respostas de três participantes da experiência literária e artística por meio dos relatos elaborados por eles, analisando-os a partir de três categorias: a contribuição para a vida de cada leitor, a importância do sentido comunitário e o fortalecimento do vínculo entre a biblioteca e seus usuários. A fundamentação teórica que alicerça as reflexões apresentadas está em diálogo com as contribuições de Vygotsky (2018; 2009; 1996) em relação à imaginação criadora e, em nossa investigação, procuramos discutir os aspectos cognitivos e afetivos do desenvolvimento oferecidos em espaços não formais de aprendizagem como é uma biblioteca comunitária. As “caixas de história” se mostraram como possibilidade significativa nos processos de aproximação com a leitura literária e de formação de uma comunidade de leitores.
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