O papel das mídias no estigma social do morador de favela: reflexões a partir do bairro Cidade Nova em Foz do Iguaçu/PR
Palavras-chave:
Estigma, Mídia, Segregação Socioespacial, Favela, Fronteiras.Resumo
A modernidade e a globalização reconfiguraram e reconfiguram relações sociais, econômicas e culturais em um movimento fluido e constante, que parece não ter limites espaciais ou temporais. As novas tecnologias invadiram nossas vidas e hoje temos acesso a informações e notícias oriundas de diversos meios de comunicação, inclusive na palma das nossas mãos. Entretanto, mesmo com todo o acesso a estas tecnologias, problemas como migrações livres ou forçadas que resultam em crescimento urbano não-planejado, segregação socioespacial, desemprego, violência etc, fazem parte dos cenários urbanos. Pessoas vivenciam situações degradantes em seu cotidiano que lhes tiram a dignidade, e ademais disso, sofrem estigmas por sua condição social. Este é caso dos moradores do bairro Cidade Nova em Foz do Iguaçu - PR, rotulado como ‘’violento’’. Analisando este contexto, nos propusemos neste artigo refletir sobre a contribuição das mídias na estigmatização do morador de favela, a partir do olhar do bairro Cidade Nova. Para isto, pautamos este estudo em pesquisa bibliográfica, análise de narrativas extraídas de Tatiane Paiva (2018) e de um portal de notícias do bairro estudado, uma entrevista de uma rede de televisão paranaense, além da análise de um rap escrito por um morador do Cidade Nova. Corrobora a tese de que existem diversas estratégias para a construção do estigma, muitas delas legitimadas pela mídias, mas que a partir da organização comunitária o estigma pode ser desconstruído e negado pela via cultural. Esperamos que este estudo colabore para compreender como o estigma pode ser prejudicial para indivíduos estigmatizados, que este é construído no seio da sociedade e, portanto, é passível de ser superado.
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