O papel das mídias no estigma social do morador de favela: reflexões a partir do bairro Cidade Nova em Foz do Iguaçu/PR

Autores

  • Viviane da Silva Welter Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE - Campus de Foz do Iguaçu
  • Tatiane Lima de Paiva Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE - Campus de Foz do Iguaçu
  • Fátima Regina Cividini Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE - Campus de Foz do Iguaçu
  • Denise Rosana da Silva Moraes Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE - Campus de Foz do Iguaçu

Palavras-chave:

Estigma, Mídia, Segregação Socioespacial, Favela, Fronteiras.

Resumo

A modernidade e a globalização reconfiguraram e reconfiguram relações sociais, econômicas e culturais em um movimento fluido e constante, que parece não ter limites espaciais ou temporais. As novas tecnologias invadiram nossas vidas e hoje temos acesso a informações e notícias oriundas de diversos meios de comunicação, inclusive na palma das nossas mãos. Entretanto, mesmo com todo o acesso a estas tecnologias, problemas como migrações livres ou forçadas que resultam em crescimento urbano não-planejado, segregação socioespacial, desemprego, violência etc, fazem parte dos cenários urbanos. Pessoas vivenciam situações degradantes em seu cotidiano que lhes tiram a dignidade, e ademais disso, sofrem estigmas por sua condição social. Este é caso dos moradores do bairro Cidade Nova em Foz do Iguaçu - PR, rotulado como ‘’violento’’. Analisando este contexto, nos propusemos neste artigo refletir sobre a contribuição das mídias na estigmatização do morador de favela, a partir do olhar do bairro Cidade Nova. Para isto, pautamos este estudo em pesquisa bibliográfica, análise de narrativas extraídas de Tatiane Paiva (2018) e de um portal de notícias do bairro estudado, uma entrevista de uma rede de televisão paranaense, além da análise de um rap escrito por um morador do Cidade Nova. Corrobora a tese de que existem diversas estratégias para a construção do estigma, muitas delas legitimadas pela mídias, mas que a partir da organização comunitária o estigma pode ser desconstruído e negado pela via cultural. Esperamos que este estudo colabore para compreender como o estigma pode ser prejudicial para indivíduos estigmatizados, que este é construído no seio da sociedade e, portanto, é passível de ser superado.

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Publicado

2021-08-30

Como Citar

Welter, V. da S., de Paiva, T. L., Cividini, F. R., & da Silva Moraes, D. R. (2021). O papel das mídias no estigma social do morador de favela: reflexões a partir do bairro Cidade Nova em Foz do Iguaçu/PR. Revista Trama Interdisciplinar, 11(2), 144–163. Recuperado de http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/tint/article/view/12717