Vidas negras, história e natureza: Nota biográfica das matriarcas da comunidade quilombola Adelaide Maria da Trindade Batista – Palmas-PR
Palavras-chave:
história ambiental, relações étnico-raciais, feminismo negro.Resumo
Este artigo possui o objetivo de analisar sob a ótica interdisciplinar, baseada nas histórias ambiental e oral, uma população tradicional quilombola e sua relação com a natureza a partir dos relatos das matriarcas da comunidade quilombola Adelaide Maria da Trindade Batista localizada na cidade de Palmas-PR. A partir da premissa decolonial, observa-se que tanto populações tradicionais quanto a natureza figuraram como o “outro” da história sendo suprimidas do discurso oficial. Graças aos direitos ambientais e culturais conquistados, as populações quilombolas têm a oportunidade de proferir suas recitativas sobre a degradação, a supressão e a apropriação de seus recursos naturais por parte dos colonizadores que durante muito tempo ignorou suas identidades. As entrevistadas da comunidade quilombola estudada congregam informações de extrema importância no tocante aos aportes de conhecimentos dos patrimônios cultural e natural. Como metodologia utilizou-se a história oral para a produção de fontes históricas, a análise do conteúdo e os três níveis da História ambiental: 1º o entendimento da natureza, como ela se organizou no passado;2º a interação socioeconômica com a natureza; 3º apreensão mental ou intelectual da natureza. (Donald WORSTER, 1991). Como aporte teórico foram utilizados os autores: Jöel CANDAU(2018), Angela Davis (2016), Djamila RIBEIRO (2018), Enrique LEFF (2005), dentre outros. A partir das entrevistas compulsadas foram eleitas como categorias de análise: natureza na infância, festas/puxirões, lideranças/identidade negra, ervas medicinais/benzedeiras e natureza no presente.
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