Há Diferenças Na Autoeficácia De Voleibolístas Em Relação À Posição Que Jogam?

Conteúdo do artigo principal

Thais do Amaral Machado
Isabel Balaguer
Vicente Javier Prado-Gascó
Paula Muiños
Luciana da Silva Lirani
Joice Mara Facco Stefanello

Resumo

As posições que os atletas jogam na quadra têm requisitos diferentes para que os jogadores tenham um desempenho ideal. No entanto, ainda não há estudos que tenham examinado o voleibol para determinar se existem diferenças na autoeficácia dos atletas dependendo da posição em que atuam. Assim, o objetivo do estudo foi analisar as diferenças na autoeficácia de acordo com as posições dos jogadores de voleibol; especificamente, explorou-se uma posição defensiva (líbero) que está associada, em maior grau do que as posições ofensivas, jogadores de ataque (atacantes). Participaram 300 atletas de voleibol de alto rendimento (M = 24,88 anos, DP = 5,51; 55% homens), tempo de prática média 11,07± (5,24). Utilizou-se a Escala de Autoeficácia do Voleibol e a análise de variância unidirecional e teste post hoc de Tukey para observar diferenças nos níveis de autoeficácia. Os resultados mostraram que as dimensões de autoeficácia e autoeficácia global no voleibol discriminaram os atletas de acordo com suas posições. Notamos diferenças em três dimensões: Dimensão 1, Autoeficácia no Jogo; Dimensão 2, Autoeficácia Defensiva no Voleibol; e Dimensão 3, Autoeficácia Ofensiva no Voleibol. Em D1, observamos maiores valores de autoeficácia nas levantadoras; em D2, maior autoeficácia nos líberos; e em D3 maior autoeficácia nos atacantes, principalmente os opostos. De maneira geral, os resultados revelaram diferenças nas respostas dos atletas às dimensões de autoeficácia da escala, que diferenciam os jogadores de acordo com as peculiaridades de suas posições e demonstram que, em determinadas posições, é necessário mais de um tipo de autoeficácia para alcançar alto desempenho.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Seção
Avaliação Psicológica

Funding data

Referências

Bandura, A. (1989). Social cognitive theory. In R. Vasta (Ed.), Annals of child development (6th ed., pp.1–60). JAI Press.

Bandura, A. (1990). Perceived self-efficacy in the exercise of personal agency. Journal of Applied Sport Psychology, 2(2), 128–163. https://doi.org/10.1080/10413209008406426

Bandura, A. (2006). Guide for constructing self-efficacy scales. In A. Bandura Self-efficacy beliefs of adolescents (5th ed., pp. 307–337). Information Age Publishing. https://doi.org/10.1017/CBO9781107415324.004

Bandura, A. (2012). On the functional properties of perceived self-efficacy revisited. Journal of Management, 38(1), 9–44. https://doi.org/10.1177/0149206311410606

Barker, J. B., Jones, M. V., & Greenlees, I. (2013). Using hypnosis to enhance self-efficacy in sport performers. Journal of Clinical Sport Psychology, 7(3), 228–247. https://doi.org/10.1123/jcsp.7.3.228

Beattie, S., Fakehy, M., & Woodman, T. (2014). Examining the moderating effects of time on task and task complexity on the within person self-efficacy and performance relationship. Psychology of Sport and Exercise, 15(6), 605–610. https://doi.org/10.1016/j.psychsport.2014.06.007

Collet, C., do Nascimento, J. V., Ramos, V., & Stefanello, J. M. F. (2011). Construção e validação do instrumento de avaliação do desempenho técnico-tático no voleibol. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, 13(1), 43–51. https://doi.org/10.5007/1980-0037.2011v13n1p43

Costa, G. D. C. T., Ceccato, J. S., Evangelista, A. S. de O., Evangelista, B. F. B., Castro, H. de O., & Ugrinowitsch, H. (2016). Voleibol masculino de alto nível: associação entre as ações de jogo no side-out. Journal of Physical Education, 27(e2752), 1–15. https://doi.org/10.4025/jphyseduc.v27i1.2152

Eys, M., Bruner, M. W., & Martin, L. J. (2019). The dynamic group environment in sport and exercise. Psychology of Sport and Exercise, 42, 40–47. https://doi.org/10.1016/j.psychsport.2018.11.001

Feltz, D. L., Short, S. E., & Sullivan, P. J. (2008). Self-Efficacy in sport: Research and strategies for working with athletes, teams, and coaches. International Journal of Sports Science and Coaching, 3(2), 293–295. https://doi.org/10.1260/174795408785100699

Hofseth, E., Toering, T., Jordet, G., & Ivarsson, A. (2017). Self-evaluation of skills and performance level in youth elite soccer: Are positive self-evaluations always positive? Sport, Exercise, and Performance Psychology, 6(4), 370–383. https://doi.org/10.1037/spy0000094

Leo, F. M., González-Ponce, I., Sánchez-Oliva, D., Pulido, J. J., & García-Calvo, T. (2015). Adaptation and validation in Spanish of the Group Environment Questionnaire (GEQ) with professional football players. Psicothema, 27(3), 261–268. https://doi.org/10.7334/psicothema2014.247

Llewellyn, D. J., Sanchez, X., Asghar, A., & Jones, G. (2008). Self-efficacy, risk-taking, and performance in rock climbing. Personality and Individual Differences, 45(1), 75–81. https://doi.org/10.1016/j.paid.2008.03.001

Machado, T. A. (2018). Autoeficácia de atletas de voleibol de alto rendimento [PhD dissertation, Federal University of Paraná]. https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/57108/R-T-THAISDOAMARALMACHADO.pdf?sequence=1&isAllowed=y

Machado, T. A., Paes, M. J., Fernandes, G. J., Collet, C., Lirani, L. S., & Stefanello, J. M. F. (2021). Impact of sex, age and practice time on self-efficacy in Brazilian volleyball high-level athletes. Motricidade, 17, 1–22. https://doi.org/https://doi.org/10.6063/motricidade.20869

Machado, T. A., Paes, M. J., Berbetz, S. R., & Stefanelo, J. M. F. (2014). Autoeficácia Esportiva: uma revisão sistemática dos instrumentos de medida. Revista da Educação Física/UEM, 25(2), 323. https://doi.org/10.4025/reveducfis.v25i2.21685

Machado, T. A., Balaguer, I., Paes, M. J., Jungles Fernandes, G., & Facco Stefanello, J. M. (2018). Self-efficacy in volleyball: What has been evaluated? A systematic review. Cuadernos de Psicología Del Deporte, 19(1), 76–94. https://doi.org/10.6018/cpd.329401

Marcelino, R., Afonso, J., Moraes, J. C., & Mesquita, I. (2014). Determinants of attack players in high-level men’s volleyball. Kinesiology, 46(2), 234–241.

Marcelino, R., Mesquita, I., Sampaio, J., & Moraes, J. C. (2010). Study of performance indicators in volleyball depending on the outcome of the set. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, 24(1), 69–78.

Marques, E. B., Zamberlam, A. O., Oliveira, R. F., Raimann, L. H., & Oliveira, L. V. (2008). Projeto de módulo de Data Mining para Scout Voleibol. https://www.researchgate.net/publication/241704588_Projeto_de_modulo_de_Data_Mining_para_Scout_Voleibol

Matias, C. J. A., & Greco, P. J. (2011). De Morgan ao voleibol moderno: o sucesso do Brasil e a relevância do levantador.

Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte, 10(2), 49–63. https://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/remef/article/view/2262

Matias, C. J. A. S., & Greco, P. J. (2011). Conhecimento tático-estratégico dos levantadores brasileiros campeões de voleibol: da formação ao alto nível. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, 25(3), 513–535. https://doi.org/10.1590/S1807-55092011000300014

Matias, C. J. S., & Greco, P. J. (2009). Análise de jogo nos esportes coletivos: A exemplo do voleibol. Pensar a Prática, 12(3), 1–15.

Matias, C. J. S., & Greco, P. J. (2016). Atribuição dada pelo levantador em sua organização ofensiva ao papel

do treinador: Da base ao alto nível do voleibol. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, 38(4), 392–399.

https://doi.org/10.1016/j.rbce.2016.02.010

Mesquita, I, & César, B. (2007). Characterisation of the opposite player’s attack from the opposition block characteristics. An applied study in the Athens Olympic games in female volleyball teams teams. International Journal of Performance Analysis in Sport, 7(2), 13–27. https://doi.org/http://dx.doi.org/10.1080/24748668.2007.11868393

Mesquita, I, & Graça, A. (2002). Probing the strategic knowledge of an elite volleyball setter: a case study. International Journal of Volleyball Research, 5(1), 6–12.

Mesquita, I, Manso, D., & Palao, J. M. (2007). Defensive participation and efficacy of the libero in volleyball. Journal of Human Movement Studies, 52(2), 95–108.

Mesquita, Isabel. (2002). O conhecimento estratégico de um distribuidor de alto nível. Treino Desportivo, 5, 15–20. Mouloud, K., & Elkader, B. A. (2017). Self-efficacy among Football Players between 16 -19 Years. International Journal of Science Culture and Sport, 5(2), 87–94. https://doi.org/10.14486/intjscs654

Nascimento Junior, J. R. A., Vissoci, J. R. N., Balbim, G. M., Moreira, C. R., Pelletier, L. G., & Vieira, L. F. (2014). Adaptação transcultural e análise das propriedades psicométricas da Sport Motivation Scale-II no contexto brasileiro. Revista Da Educação Física/UEM, 25(3), 441. https://doi.org/10.4025/reveducfis.v25i3.24855

Nascimento, J. R. A. Jr., Contreira, A. R., Moreira, C. R., Pizzo, G. C., Ribeiro, V. T., & Vieira, L. F. (2016). Psychometric properties of the group environment questionnaire (GEQ) for the high-performance soccer and futsal context. Journal Physical Education, 27(e2742), 1–13. https://doi.org/10.4025/jphyseduc.v27i1.2742

Oliveira, A. O. G. F., Vaz, L. M. T., Pastore, J. C., & João, P. V. (2018). Discriminate scoring skills and nonscoring skills according to results in the Brazilian men’s volleyball SuperLeague. Montenegrin Journal of Sports Science and Medicine, 7(1), 73–79. https://doi.org/10.26773/mjssm.180310

Ortega, E., Egido, J. M. G., Conesa, I. V, & Palao, J. M. (2020). Effect of basket height adaptation on technical–tactical skills, self-efficacy, cooperation, and students’ perception in a basketball unit. Sustainability (Switzerland), 12(23), 1–12. https://doi.org/10.3390/su122310180

Ortega, E., Olmeduilla, A., Baranda, P. S., & Gómez, M. Á. (2009). Relationship between the level of self-efficacy, performance indicators, and participation in youth basketball. Revista de Psicologia del Deporte, 18(Suppl.), 337–342.

Palao, J. M., & Manzanares, P. (2009). Manual del instrumento de observación de las técnicas y la eficacia en voleibol [No. 978-84-692-4721–1].

Palao, J. M., Santos, J. A., & Urenã, A. (2004). Efecto del tipo y eficacia del saque sobre el bloqueo y el rendimiento del equipo en defensa. RendimientoDeportivo.Com, 8, 1–20.

Palao, J. M., Santos, J. A., & Ureña, A. (2005). The effect of the setter’s position on the spike in volleyball. Journal of Human Movement Studies, 48(1), 5–40.

Resende, B. (1995). Levantador, uma simples questão de personalidade. Revista Vôlei Técnico, 1(3), 5–11. Rodríguez, M. C., López, E., Gómez, P., & Rodríguez, L. (2015). Programa de entrenamiento en control de la activacón, rendimiento y autoeficacia en golfista infantiles. Un estudio de caso. Revista Iberoamericana de Psicología Del Ejercicio y El Deporte, 10(1), 77–84. https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=4926212

Sarmento, H., Marcelino, R., Anguera, M. T., Campanio, J., Matos, N., & Leitão, J. C. (2014). Match analysis in football: a systematic review. Journal of Sports Sciences, 32(20), 1831–1843. https://doi.org/10.1080/02640414.2014.898852

Shoenfelt, E. L., & Griffith, A. U. (2008). Evaluation of a Mental Skills Program for Serving for an Intercollegiate Volleyball Team. Perceptual and Motor Skills, 107(1), 293–306. https://doi.org/10.2466/pms.107.1.293-306

Valiante, G., & Morris, D. B. (2013). The sources and maintenance of professional golfers’ self-efficacy beliefs. Sport Psychologist, 27, 130–142. https://doi.org/https://doi.org/10.1123/tsp.27.2.130