El Miedo Como Dispositivo Bio-Político

Contenido principal del artículo

Sonia Regina Vargas Mansano
Marcos Nalli

Resumen

El miedo puede ser entendido como un componente de subjetivación que atraviesa de la historia humana, ganar diferentes contornos y se expresa en relaciones afectivas, profesionales, sociales y sexuales. Este artículo pretende problematizar el miedo como un dispositivo bio-político que puede ser entendido como un conjunto de construcciones prácticas, normas y costumbres, participando en la producción de modos de existencia. La investigación se dividió en tres momentos: primero, el miedo es abordado desde una perspectiva psicoanalítica, centrándose en la psicodinámica de los mecanismos de defensa; luego, se analiza cómo el miedo cumple funciones sociales específicas, siendo generalizado en las relaciones que minimizan y debilitan el sujeto y la colectividades; por último, explora los vínculos entre el miedo y el bio-poder, destacando su estrategia de difusión. Al final del estudio, se señala el miedo es compartido defensivamente como una estrategia de supervivencia que puede culminar en la experimentación de otras posibilidades de existencia.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Detalles del artículo

Sección
Psicología Social y Salud de la Población

Citas

Beck, U. (2011). Sociedade de risco: rumo a uma outra modernidade. São Paulo:

Editora 34.

Brossat, A. (2003). La démocratie immunitaire. Paris: La Dispute.

Candiotto, C. (2010, jan.-abr.). A governamentalidade política no pensamento de

Foucault. Filosofia Unisinos, 11(1), 33–43. doi:10.4013/fsu.2010.111.03

Cascais, A. F. (2016). Da biopolítica após Foucault: sustentabilidade dos sistemas e

vidas insustentáveis. In M. Nalli & S. R. V. Mansano (Orgs.), Michel Foucault: desdobramentos (pp. 173–198). Belo Horizonte: Autêntica.

Carvalho, P. R. (2014). Tédio: o cansaço do viver. Londrina: Eduel.

Deleuze, G. & Parnet, C. (1998). Diálogos. São Paulo: Escuta.

Deleuze, G. (2017). Dois regimes de loucos. São Paulo: Editora 34.

Delumeau, J. (1989). História do medo no ocidente: 1300-1800. São Paulo: Companhia das Letras.

Esposito, R. (2008). Termini della politica: comunità, immunità, biopolitica. Milano:

Mimesis Edizione.

Esposito, R. (2009). Immunitas. Protección y negación de la vida. Buenos Aires:

Amorrortu.

Ferraz, M. C. F. (2017, maio-ago.). Afeto e comunicação: sobre as construções do

medo. Galáxia, (35), 32–44. doi:10.1590/1982-2554128395

Foucault, M. (1999). Em defesa da sociedade. São Paulo: Martins Fontes.

Foucault, M. (1988). História da sexualidade, I: a vontade de saber. Rio de Janeiro:

Graal.

Foucault, M. (2008). Nascimento da biopolítica. São Paulo: Martins Fontes.

Freud, A. (1975). Le moi et les mécanismes de défense. Paris: PUF.

Freud. S. (1926). Inibição, Sintoma e Angústia. In: Freud, S. Um Estudo Autobiográfico, Inibição, Sintoma e Angústia, Análise Leiga e outros trabalhos (pp. 107–201), Rio de Janeiro: Imago. Vol XX.

Freud. S. (1920). Além do Princípio de Prazer. In: Freud, S. Além do Princípio de Prazer, Psicologia de Grupo e outros trabalhos (pp. 17–90), Rio de Janeiro: Imago. Vol XVIII.

Freud. S. (1930). O Mal-Estar na Civilização. In Freud, S. O Futuro de uma Ilusão, O Mal-Estar na Civilização e outros trabalhos (pp. 81–177), Rio de Janeiro: Imago. Vol XXI.

Freud. S. (1933). Novas Conferências Introdutórias sobre Psicanálise. In Freud, S.

Novas Conferências Introdutórias sobre Psicanálise e outros trabalhos (pp. 13–191),

Rio de Janeiro: Imago. Vol XXII.

Freud. S. (1940) Esboço de Psicanálise. In Freud, S. Moisés e o Monoteísmo, Esboço

de Psicanálise e outros trabalhos (pp. 165–237), Rio de Janeiro: Imago. Vol XXIII.

Gay, P. (1989). Freud: Uma vida para nosso tempo. São Paulo: Companhia das Letras.

Glassner, B. (2003). A Cultura do medo. São Paulo: Francis.

Guattari, F. & Rolnik, R. (1996). Microfísica: cartografias do desejo. Petrópolis: Vozes.

Ginsburg, C. (2014). Medo, Reverência, Terror: Quatro ensaios de iconografia política. São Paulo: Companhia das Letras.

Han, B.-C. (2013). La sociedad de la transparencia. Barcelona: Herder.

Laplanche, J., & Pontalis, J.-B. (1991). Vocabulário da Psicanálise. São Paulo: Martins Fontes.

Lasch, C. (1984). O mínimo eu: sobrevivência psíquica em tempos difíceis. São Paulo:

Brasiliense.

Lemke, T. (2014). Os riscos da segurança: Liberalismo, biopolítica e medo. In S. Vaccaro & N. Avelino (Eds.), Governamentalidade e segurança (pp. 105–127). São Paulo: Intermeios.

Scheinvar, E. (2014). A indústria da insegurança e a venda da segurança. Psicol.

estud., 19(3), 481–490. doi:10.1590/1413-73725000811

Stengers, I. (2015). No tempo das catástrofes. São Paulo: Cosac Naify.

Žižek, S. (2014). A visão em paralaxe. São Paulo: Boitempo.

Young-Bruehl, E. (1992). Anna Freud: uma biografia. São Paulo: Imago