Estrutura Fatorial e Propriedades Psicométricas do Inventário da Tríade Cognitiva

Conteúdo do artigo principal

Maycoln Leôni Martins Teodoro
Priscilla Moreira Ohno
Mariana Verdolin Guilherme Froeseler

Resumo

O conceito de tríade cognitiva negativa refere?se à visão disfuncional que o indivíduo possui dele mesmo (self), dos outros e do futuro. O objetivo deste estudo2 foi investigar a estrutura fatorial e propriedades psicométricas do Inventário da Tríade Cognitiva (ITC). Dos 404 participantes com idade entre 17 e 50 anos (média = 25,14; DP = 8,53 anos), 280 eram mulheres (69,3%). Foram realizadas análises fatoriais confirmatórias utilizando como referência os quatro modelos encontrados na literatura. A partir da comparação dos índices de ajustamento, a solução de seis fatores mostrou-se a mais apropriada, sendo essa formada pela tríade cognitiva negativa original, associada às visões positivas do self, dos outros e do futuro. Foram encontrados índices aceitáveis de consistência interna (0,61< ? >0,75), além de correlações significativas entre fatores do ITC e o sexo e a idade dos participantes. Os resultados apontam para a adequação das propriedades psicométricas do ITC nessa amostra.


 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Seção
Avaliação Psicológica

Referências

Akaike, H. (1974). A new look at the statistical model identification. IEEE Transactions on Automatic Control, 19(6), 716 -723.

Anderson, K. W., & Skidmore, J. R. (1995). Empirical analysis of factors in depressive cognition: the Cognitive Triad Inventory. Journal of Clinical Psychology, 51(5), 603 -609.

Beck, A. T., Rush, A. J., Shaw, B. F., & Emery, G. (1997). Terapia Cognitiva da Depressão. Porto Alegre: Artmed.

Beck, A. T., & Alford, B. A. (2011). Depressão: causas e tratamento. Porto Alegre: Artmed.

Beckham, E. E., Leber, W. R., Wastkins, J. R., Boyer, J. L., & Cook, J. B. (1986). Development of an instrument to measure Beck’s cognitive triad: The Cognitive Triad Inventory. Journal of Consulting and Clinical Psychology, 54(4), 566 -567.

Dobson, K. S., & Dozois, D. J. A. (2006). Fundamentos históricos e filosóficos das terapias cognitivo -comportamentais. In K. S. Dobson (Ed.). Manual de terapias cognitivo‑comportamentais (pp. 17 -41). Porto Alegre: Artmed.

Esbensen, A. J., & Benson, B. A. (2007). An evaluation of Beck’s cognitive theory of depression in adults with intellectual disability. Journal of Intellectual Disability Research, 51(1), 14 -24.

Garamoni, G. L., Reynolds, C. F., Thase, M. E., Frank, E., & Fasiczka, A. (1992). Shifts in affective balance during cognitive therapy of major depression. Journal of Consulting and Clinical Psychology, 60(2), 260 -266.

Greening, L., Stoppelbein, L., Dhossche, D., & Martin, W. (2005). Psychometric evaluation of a measure of Beck’s Negative Cognitive Triad for Youth: Applications for African-American and Caucasian adolescents. Depression and Anxiety, 21(4), 161 -169. DOI: 10.1002/da.20073.

Haaga D. A. F., Dyck M. J., & Ernst, D. (1991). Empirical status of cognitive theory of depression. Psychological Bulletin, 110(2), 215 -236.

Hair, J. F., Black, W. C., Babin, B. J, Anderson, R. E., & Tatham, R. L. (2006). Análise multivariada de dados (5a ed). Porto Alegre: Artmed.

Hogendoorn, S. M, Wolter, L. H., Vervoort, L., Prins, P. J. M., Boer, F., Kooij, E., & Haan, E. (2010). Measuring negative and positive thoughts in children: An adaptation of the Children’s Automatic Thoughts Scale (CATS). Cognitive Therapy Research, 34(5), 467 -478. DOI: 10.1007/s10608-010-9306-2.

Hora, H. R. M., Monteiro, G. T. R., & Arica, J. (2010). Confiabilidade em questionários para qualidade: Um estudo com o coeficiente Alfa de Cronbach. Produto & Produção, 11(2), 85 -103.

Hyde, J. S., Mezulis, A. H., & Abramson, L. Y. (2008). The ABCs of Depression: integrating affective, biological, and cognitive models to explain the emergence of gender differences in depression. Psychological Review, 115(2), 291 -313.

Ingram, R. E., & Wisnicki, K. S. (1988). Assessment of Positive Automatic Cognition. Journal of Consulting and Clinical Psychology, 56(6), 898 -902.

Jacobs, L., & Joseph, S. (1997). Notes and shorter communications: Cognitive Triad Inventory and its association with symptoms of depression and anxiety in adolescents. Personality and Individual Differences, 22(5), 169 -170.

Maroco, J., & Garcia -Marques, T. (2006). Qual a fiabilidade do teste Alfa de Cronbach? Questões antigas e soluções modernas? Laboratório de Psicologia, 4(1), 65 -90.

McIntosh, C. N., & Fischer, D. G. (2000). Beck’s Cognitive Triad: one versus three factors. Canadian Journal of Behavioural Science, 32(3), 153 -157.

Neufeld, C. B., & Cavenage, C. C. (2010). Conceitualização cognitiva de caso: uma proposta de sistematização a partir da prática clínica e da formação de terapeutas cognitivo -comportamentais. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas, 6(2), 3 -35.

Pasquali, L. (2007). Validade dos testes psicológicos: Será possível reencontrar o caminho? Psicologia: Teoria e Pesquisa, 23(Edição Especial), 99 -107. DOI:10.1590/S0102-37722007000500019.

Pössel, P. (2009). Cognitive Triad Inventory (CTI): Psychometric properties and factor structure of the German translation. J. Behav. Ther. & Exp. Psychiat, 40(2), 240 -247. DOI: 10.1016/j.jbtep.2008.12.001.

Pössel, P., & Knopf, K. (2008). An experimental test of the maintenance and vulnerability hypothesis of depression in consideration of the cognitive hierarchy. Depression and anxiety, 25(9), E47 -E55.

Śliwerski, A. (2014). Psychometric properties of the Polish version of the Cognitive Triad Inventory (CTI) – preliminary study. Archives of Psychiatry and Psychotherapy, 16(1), 47 -54. DOI:10.12740/APP/21445.

Urbina, S. (2007). Fundamentos da testagem psicológica. (C. Dornelles, Trad.). Porto Alegre: Artmed.