Adaptação e Evidências Psicométricas Iniciais da Escala Work-Family Behavioral Role Conflict Scale
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Conflito trabalho-família evidencia tensionamento entre domínios da vida profissional e familiar, com repercussões negativas para a performance no trabalho e satisfação com a vida e família. Este estudo procurou adaptar e levantar evidências psicométricas iniciais da Work-Family Behavioral Role Conflict (WFBRC) no Brasil. Participaram 229 adultos, ativos no mercado de trabalho e envolvidos em relações familiares. Procedimentos de análise fatorial exploratória resultaram em evidências iniciais positivas de validade de estruturas interna e externa e precisão, atestando a favor de seu uso no Brasil. A versão final da WFBRC discriminou duas dimensões: trabalho interferindo na família (15 itens; α e ω = 0,90) e família interferindo no trabalho (15 itens; α = 0,90 e; ω = 0,89). Evidências convergentes e discriminantes da WFBRC com medidas de percepção de conflito e enriquecimento trabalho-família foram apresentadas. Conclui-se que o instrumento é adequado e pode contribuir teoricamente com investigações e práticas relativas ao conflito trabalho-família.
Downloads
Detalhes do artigo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os direitos autorais dos artigos publicados na Revista Psicologia: Teoria e Prática pertencem aos autores, que concedem à Universidade Presbiteriana Mackenzie os direitos não exclusivos de publicação do conteúdo.
Referências
Aguiar, C. V. N., & Bastos, A. V. B. (2013). Tradução, adaptação e evidências de validade para a medida de conflito trabalho-família. Avaliação Psicológica, 12(2), 203–212. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-04712013000200011
Aguiar, C. V. N., & Bastos, A. V. B. (2019). Escala Multidimensional de Conflito Trabalho-Família: Evidências de validade e recomendações de uso. In C. S. Hutz, D. R. Bandeira, C. Trentini, & A. C. Vazquez (Orgs.), Avaliação no contexto organizacional e do trabalho (pp. 114–123). Artmed.
Allen, T. D., French, K. A., Dumani, S., & Shockley, K. M. (2020). A cross-national meta-analytic examination of predictors and outcomes associated with work-family conflict. Journal of Applied Psychology, 105(6), 539–576. https://doi.org/10.1037/apl0000442
Blustein, D. L., & Guarino, P. A. (2020). Work and unemployment in the time of Covid-19: The existential experience of loss and fear. Journal of Humanistic Psychology, 60(5), 702–709. https://doi.org/10.1177/0022167820934229
Borsa, J. C., Damásio, B. F., & Bandeira, D. R. (2012). Adaptação e validação de instrumentos psicológicos entre culturas: Algumas considerações. Paidéia, 22(53), 423–432. https://doi.org/10.1590/S0103-863X2012000300014
Braun, A. C., Machado, W. D. L., De Andrade, A. L., & Oliveria, M. Z. (2019). Why work-family conflict can drive your executives away? Revista de Psicología, 37(1), 251–278. https://doi.org/10.18800/psico.201901.009
Carlson, D. S., Kacmar, K. M., Wayne, J. H., & Grzywacz, J. G. (2006). Measuring the positive side of the work-family interface: Development and validation of a work-family enrichment scale. Journal of Vocational Behavior, 68(1), 131–164. https://doi.org/10.1016/j.jvb.2005.02.002
Carlson, D. S., Kacmar, K. M., & Williams, L. J. (2000). Construction and initial validation of a multidimensional measure of work–family conflict. Journal of Vocational Behavior, 56(2), 249–276. https://doi.org/10.1006/jvbe.1999.1713
Clark, M. A., Early, R. J., Baltes, B. B., & Krenn, D. (2019). Work-Family Behavioral Role Conflict: Scale development and validation. Journal of Business and Psychology, 34, 1–15. https://doi.org/10.1007/s10869-017-9529-2
Collins, C. (2019). Who to blame and how to solve it: Mothers’ perceptions of work–family conflict across Western policy regimes. Journal of Marriage and Family, 82(3), 849–874. https://doi.org/10.1111/jomf.12643
Dalege, J., Borsboom, D., van Harreveld, F., & van der Maas, H. L. J. (2017). Network analysis on attitudes: A brief tutorial. Social Psychological and Personality Science, 8(5), 528–537. https://doi.org/10.1177/1948550617709827
Damásio, B. F. (2013). Contribuições da Análise Fatorial Confirmatória Multigrupo (AFCMG) na avaliação de invariância de instrumentos psicométricos. Psico-USF, 18(2), 211–220. https://doi.org/10.1590/S1413-82712013000200005
De Andrade, A. L., Ferraz, K. R., Oliveira, M. Z. de, & Hatfield, E. (2019). Anticipated work-family conflict in Brazilian university students: Measurement and relationships with attachment and career success. Psychologica, 2, 95–113. https://doi.org/10.14195/1647-8606_62-2_6
De Andrade, A. L., Moraes, T. D., Martins-Silva, P. O., & Queiroz, S. S. (2020). Conflito trabalho-família em profissionais do contexto hospitalar: Análise de preditores. Revista de Psicología, 38(2), 451–478. http://dx.doi.org/10.18800/psico.202002.004
De Andrade, A. L., Oliveira, M. Z. de, & Hatfield, E. (2017). Conflito trabalho-família: Um estudo com brasileiros e norte-americanos. Revista Psicologia, Organizações e Trabalho, 17(2), 106–113. https://doi.org/10.17652/rpot/2017.2.12738
De Andrade, A. L., Oliveira, M. Z. de, Knowles, C. M. M. H., Bonifácio Neto, H. de C., & Hatfield, E. (2018). Relational models and work-family conflict: A study with samples from Brazil and the United States of America. Ciencias Psicológicas, 12(2), 167–176. https://doi.org/10.22235/cp.v12i2.1679
Ferrando, P. J., & Lorenzo-Seva, U. (2017). Program FACTOR at 10: Origins, development and future directions. Psicothema, 29(2), 236–240. https://doi.org/10.7334/psicothema2016.304
Gabardo-Martins, L. M. D., Ferreira, M. C., & Valentini, F. (2016). Evidências de validade da Escala de Enriquecimento Trabalho-Família em amostras brasileiras. Psicologia: Teoria e Prática, 18(1), 100–112. https://doi.org/10.15348/1980-6906/psicologia.v18n1p100-112
Greenhaus, J. H., & Beutell, N. J. (1985). Sources of conflict between work and family roles. Academy of Management Review, 10(1), 76–88. https://doi.org/10.5465/AMR.1985.4277352
Grönlund, A., & Javornik, J. (2014) Great expectations. Dual-earner policies and the management of work-family conflict: The examples of Sweden and Slovenia. Families, Relationships and Societies, 3(1), 51–65. https://doi.org/10.1332/204674313X13796044783891
Haslam, D. M., Patrick, P., & Kirby, J. N. (2014). Giving voice to working mothers: A consumer informed study to program design for working mothers. Journal of Child and Family Studies, 24(8), 2463–2473. https://doi.org/10.1007/s10826-014-0049-7
International Test Commission (2017). The ITC Guidelines for Translating and Adapting Testes (2nd edition). https://www.intestcom.org/files/guideline_test_adaptation_2ed.pdf
Islam, T., Ahmad, R., Ahmed, I., & Ahmer, Z. (2019). Police work-family nexus, work engagement and turnover intention: Moderating role of person-job-fit. Policing, 42(5), 739–750. https://doi.org/10.1108/PIJPSM-09-2018-0138
Kossek, E. E., & Lee, K. (2017). Work-family conflict and work-life conflict. In Oxford research encyclopedia of business and management. https://doi.org/10.1093/acrefore/9780190224851.013.52
Lassance, M. C. P., & Sarriera, J. C. (2009). Carreira e saliência de papéis: Integrando o desenvolvimento pessoal e profissional. Revista Brasileira de Orientação Profissional, 10(2), 15–32. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-33902009000200004
Lorenzo-Seva, U., Timmerman, M. E. & Kiers, H. A. (2011). The hull method for selecting the number of common factors. Multivariate Behavioral Research, 46(2), 340–364. https://doi.org/10.1080/00273171.2011.564527
Machado, W., Vissoci, J., & Epskamp, S. (2015). Análise de rede aplicada à psicometria e à avaliação psicológica. In C. S. Hutz, D. R. Bandeira, & C. M. Trentini (Eds.), Psicometria (pp. 125–146). Artmed.
Matias, M., & Fontaine, A. M. (2014). Managing multiple roles: Development of the Work-Family Conciliation Strategies Scale. Spanish Journal of Psychology, 17(17), 1–11. https://doi.org/10.1017/sjp.2014.51
Nauman, S., Zheng, C., & Naseer, S. (2020). Job insecurity and work-family conflict: A moderated mediation model of perceived organizational justice, emotional exhaustion and work withdrawal. International Journal of Conflict Management, 31(5), 729–751. https://doi.org/10.1108/IJCMA-09-2019-0159
Netemeyer, R. G., Boles, J. S., & McMurrian, R. (1996). Development and validation of Work-Family Conflict and Family-Work Conflict Scales. Journal of Applied Psychology, 81(4), 400–410. https://doi.org/10.1037/0021-9010.81.4.400
Powell, G. N., & Greenhaus, J. H. (2006). Is the opposite of positive negative? Career Development International, 11(7), 650–659. https://doi.org/10.1108/13620430610713508
Powell, G. N., Greenhaus, J. H., Jaskiewicz, P., Combs, J. G., Balkin, D. B., & Shanine, K. K. (2018). Family science and the work-family interface: An interview with Gary Powell and Jeffrey Greenhaus. Human Resource Management Review, 28(1), 98–102. https://doi.org/10.1016/j.hrmr.2017.05.009
Rehman, A., & Khan, M. I. (2018). Work-family interface and women school heads: A Pakistan case. Journal of Social Sciences, 12(2), 1–11. https://www.researchgate.net/publication/331112186
Rocco, P. T. P., Bensenor, I. M., Griep, R. H., Barreto, S. M., Arlinda B. Moreno, A. B., Alencar, A. P., Lotufo, P. A., & Santos, I. S. (2019). Work-Family Conflict and Ideal Cardiovascular Health Score in the ELSA-Brasil Baseline Assessment. Journal of the American Heart Association, 15(8), e012701. https://doi.org/10.1161/JAHA.119.012701
Sevä, I. J., & Öun, I. (2015). Self-employment as a strategy for dealing with the competing demands of work and family? The importance of family/lifestyle motive. Gender, Work & Organization, 22(3), 256–272. https://doi.org/10.1111/gwao.12076
Trizano-Hermosilla, I., & Alvarado, J. M. (2016). Best alternatives to Cronbach’s alpha reliability in realistic conditions: Congeneric and asymmetrical measurements. Frontiers in Psychology, 7, 1–8. https://doi.org/10.3389/fpsyg.2016.00769
Vilela, N. G. S., & Lourenço, M. L. (2018). Conflito trabalho-família: Um estudo de casos múltiplos com mulheres trabalhadoras. Pensando Famílias, 22(2), 52–69. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1679-494X2018000200005
Wayne, S. J., Lemmon, G., Hoobler, J. M., Cheung, G. W., & Wilson, M.S. (2017). The ripple effect: A spillover model of the detrimental impact of work-family conflict on job success. Journal of Organizational Behavior, 38(6), 876–894. https://doi.org/10.1002/job.2174
Westring, A. F., & Ryan, A. M. (2011). Anticipated work-family conflict: A construct investigation. Journal of Vocational Behavior, 79(2), 596–610. https://doi.org/10.1016/j.jvb.2011.02.004
Young, M., & Schieman, S. (2017). Scaling back and finding flexibility: Gender differences in parents’ strategies to manage work-family conflict. Journal of Marriage and Family, 80(1), 99–118. https://doi.org/10.1111/jomf.12435