Periculosidade e Características da Personalidade em Autores de Violência Sexual

Conteúdo do artigo principal

Áquila Araujo Gonçalves Rodrigues Zilki
Ana Cristina Resende

Resumo

O objetivo do artigo foi analisar a periculosidade e as características de personalidade de autores de violência sexual (AVS). Participaram deste estudo 69 reeducandos que cumpriam pena por crimes sexuais em regime fechado, divididos em dois grupos: AVS condenados por vitimizar crianças (G1) (n = 41) e AVS condenados por vitimizar adolescentes e adultos (G2) (N = 28). Os dados coletados derivaram da leitura do processo criminal e da aplicação do teste de Rorschach no Sistema de Avaliação por Desempenho (R-PAS). Para a análise dos dados, criou-se uma variável denominada periculosidade, por meio da análise fatorial de componente principal, mediante variáveis do perfil criminal, para verificar a correlação entre as variáveis do R-PAS e a periculosidade dos participantes. Também foram realizadas comparações entre os grupos. Os resultados apontaram que quanto maior é a periculosidade, maior é o uso da intelectualização como mecanismo de defesa, para não lidar de modo direto e realista com aspectos que geram angústia emocional ou social. Além disso, o G2 revelou maior grau de periculosidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Seção
Artigos

Referências

Amirault, J., & Beauregard, E. (2014). The impact of aggravating and mitigating factors on the sentence severity of sex offenders: An exploration and comparison of differences between offending groups. Criminal Justice Policy Review, 25(1), 78–104. https://doi.org/10.1177/0887403412462234

Balsis, S., Busch, A. J., Wilfong, K. M., Newman, J. W., & Edens, J. F. (2017). A statistical consideration regarding the threshold of the Psychopathy Checklist-Revised. Journal of Personality Assessment, 99(5), 494–502. https://doi.org/10.1080/00223891.2017.1281819

Cohen, J. (1988). Statistical power analysis for the behavioral sciences. Lawrence Erlbaum Associate. Etcheverría, P. J. (2009). Caracterización psicológica de un grupo de delincuentes sexuales chilenos a través del Test de Rorschach. Psykhe (Santiago), 18(1), 27–38. http://dx.doi.org/10.4067/S0718-22282009000100003

Gacono, C. B., & Evans, C. B. (2011). The handbook of forensic Rorschach assessment. Routledge.

Gacono, C. B., Meloy, J. R., & Bridges, M. R. (2011). A Rorschach understanding of psychopaths, sexual homicide perpetrators, and nonviolent pedophiles. In C. B. Gacono, B. F. Evans, N. Kaser-Boyd L. A., & Gacono (Eds.), The handbook of forensic Rorschach assessment (pp. 3–20). Routledge.

Gibbs, B. R., & Ten Bensel, T. (2021). Sentencing females convicted of sex offenses: Examining measures of perceived dangerousness and the decision to incarcerate. Criminal Justice and Behavior, 49(1), 58–76. https://doi.org/10.1177/00938548211032708

Huss, M. T. (2011). Psicologia forense: Pesquisa, prática clínica e aplicações. Artmed.

Hutcheson, G. D., & Sofroniou, N. (2009). The multivariate social scientist: Introductory statistics using generalized linear models (2nd ed.). Sage.

Langton, C. M., Barbaree, H. E., Harkins, L., & Peacock, E. J. (2006). Sex offenders’ response to treatment and its association with recidivism as a function of psychopathy. Sexual Abuse: A Journal of Research and Treatment, 18(1), 99–120. https://doi.org/10.1177/107906320601800107

Meyer, G. J., Viglione, D. J., Mihura, J. L., Erard, R. E., & Erdberg, P. (2017). R-PAS: Sistema de Avaliação de Performance no Rorschach: Manual de aplicação, codificação e interpretação, e manual técnico. Hogrefe.

Moreira, A. L. R., Miguel, C., Ferreira, J. S., & Colón, M. F. (2018). Assessing NGRI and dangerousness: Perspectives from forensic reports in Portugal. International Journal of Law and Psychiatry, 58, 171–177. https://doi.org/10.1016/j.ijlp.2018.04.009

Nørbech, P. C. B., Fodstad, L., Kuisma, I., Lunde, K. B., & Hartmann, E. (2016). Incarcerated violent offenders’ ability to avoid revealing their potential for violence on the Rorschach and the MMPI-2. Journal of Personality Assessment, 98(4), 419–429. https://doi.org/10.1080/00223891.2015.1129613

Rea, L. M., & Parker, R. A. (1992). Designing and conducting survey research: A comprehensive guide. Jossey-Bass. Riquelme, C. A., Pérez, N., & Muñoz, C. G. (2004). Adaptación de la Escala de Calificación de la Psicopatía Revisada (PCL-R) de Robert Hare en población reclusa del Centro de Detención Preventiva de San Miguel. [Trabalho de Conclusão de Curso não publicado]. Universidade do Chile.

Rowlands, M. T., Palk, G., & Young, R. M. (2017). Psychological and legal aspects of dangerous sex offenders: A review of the literature. Journal Psychiatry Psychology and Law, 24(6), 812–824. https://doi.org/10.1080/13218719.2017.1315763

Ryan, G. P., Baerwald, J. P., & McGlone, G. (2008). Cognitive mediational deficits and the role of coping styles in pedophile and ephebophile Roman Catholic clergy. Journal of Clinical Psychology, 64(1), 1–16. https://doi.org/10.1002/jclp.20428

Seto, M. C. (2008). Pedophilia and sexual offending against children: Theory, assessment, and intervention. American Psychological Association.

Sheldon, K., & Howells, H. (2017). Assessment of violence and homicide. In K. D. Browne, A. R. Beech, L. A. Craig, & S. Chou (Eds.), Assessment in forensic practice: A handbook (pp. 28–51). Wiley Blackwell.

Slaibi, N., Filho, & Gomes, P. P. V. (2014). Vocabulário jurídico. Forense.

Soares, E. M. R., Silva, N. L., Matos, M. A. S., Araújo, E. T. H., Silva, L. R., & Lago, E. C. (2016). Perfil da violência sexual contra crianças e adolescentes. Revista Interdisciplinar, 9(1), 87–96. https://revistainterdisciplinar.uninovafapi.edu.br/index.php/revinter/article/view/754/pdf_288

Spaziani, R. B., & Maia, A. C. B. (2015). Educação para a sexualidade e prevenção da violência sexual na infância: Concepções de professoras. Revista Psicopedagogia, 32(97), 61–71. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862015000100007&lng=pt&tlng=pt

Stinson, J. D., & Becker, J. V. (2016). Pedophilic disorder. In A. Phenix & H. M. Hoberman (Eds.), Sexual offending: Predisposing antecedents, assessment and management (pp. 15–28). Springer.

Teixeira, J. N. D. S., Resende, A. C., & Perissinotto, R. (2020). Vitimização e psicopatia em autores de violência sexual contra crianças e adolescentes. Avaliação Psicológica, 19(2), 123–131. http://dx.doi.org/10.15689/ap.2020.1902.02

Thompson, L., Rydberg, J., Cassidy, M., & Socia, K. M. (2020). Contextual influences on the sentencing of individuals convicted of sexual crimes. Sexual Abuse, 32(7), 778–805. https://doi.org/10.1177/1079063219852936

Walton, J., Duff, S., & Chou, S. (2017). A brief discussion about measuring child molester cognition with the Sex with Children scale. Child Abuse Review, 26(2), 91–102. https://doi.org/10.1002/car.2361

Ward, T. (2000). Sexual offenders’ cognitive distortions as implicit theories. Aggression and Violent Behavior, 5(5), 491–507. https://doi.org/10.1016/S1359-1789(98)00036-6

Zilki, Á. A. G. R., Aguiar, L. L., Perissinotto, R., & Resende, A. C. (2020). Autores de violência sexual e o Teste de Rorschach: Revisão da literatura. Psicologia Revista, 29(1), 176–200. https://doi.org/10.23925/2594-3871.2020v29i1p176-200

Zilki, Á. A. G. R., & Resende, A. C. (2021). Psychopathy and stress in sexual violence offenders against children and adolescents. Revista Psico-USF, 26(4), 771–781. http://dx.doi.org/10.1590/1413-82712021260414