A Resistência, de Julián Fuks: excelência em experimentalismo formal?
Palavras-chave:
Julián Fuks; Metaficção; Autoficção.Resumo
Em decorrência das violências inerentes às ditaduras sul-americanas, surgiram vários testemunhos dos sobreviventes. Em A Resistência, de Julián Fuks (2015), narra-se a memória familiar, ficcionalizando os horrores vividos por aqueles(as) que enfrentaram tais ditaduras. Pautado pela tensão entre o real e o ficcional, os procedimentos estéticos desse romance desvelam a persistência do autoritarismo nas relações sociais, bem como as tensões entre memória, esquecimento e ocultamento do trauma. Logo, demonstraremos que os conceitos de metaficção e de autoficção constituem elementos estruturantes dessa obra, pois são usados para reativar a memória do período ditatorial na Argentina e no Brasil.
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