O dito do “eu” que se foi: um exame semiótico do último adeus nas mensagens dos suicidas

Autores

  • José Bernardo de Azevedo Junior Universidade Presbiteriana Mackenzie

Palavras-chave:

semiótica discursiva, facebook, semiótica das paixões, suicídio

Resumo

No domínio da Semiótica Discursiva, este artigo é um recorte da minha pesquisa de doutorado, em andamento, que objetiva compreender os efeitos de sentidos nas cartas dos suicidas publicadas na rede social Facebook, nos anos de 2018 a 2020. Partimos da hipótese que o suicídio é um gesto de comunicação transformado em um texto e, assim, é possível investigar os efeitos de sentido passionais. O corpus analisado neste estudo foi nomeado como “a morte do discriminado”, o que torna  a postagem do suicida marcada pela paixão malevolente do querer/poder fazer mal ao sujeito que não cumpriu o contrato fiduciário.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

José Bernardo de Azevedo Junior, Universidade Presbiteriana Mackenzie

Doutorando em Letras pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, Mestre em Comunicação e Semiótica pela Pontificia Universidade Catolica de São Paulo - PUC-SP, especialista em Comunicação Empresarial e Jornalista devidamente registrado no Ministério do Trabalho. Também é especialista em Estudos Avançados da Língua Inglesa e com graduação em Letras (Português). Docente com mais de 12 anos de experiência acadêmica em cursos de Comunicação Social (Jornalismo, Propaganda e Publicidade, Rádio e TV, Relações Públicas), Letras, Pedagogia, Administração de Empresas e cursos superiores tecnólogos (Marketing, Logística e Gestão Comercial) em componentes curriculares relacionados com teoria e prática jornalística, análise linguística e produção textual, enunciado e enunciação, procedimentos de construção do texto, metodologia do ensino de Língua Portuguesa, análise do discurso, análise semiótica de linhagem francesa, comunicação organizacional, gestão do conhecimento, marketing e negócios, entre outros. Também acumula experiência superior a dez anos na coordenação de cursos de graduação como Jornalismo, Propaganda e Publicidade, Marketing e Letras. Professor convidado do curso de pós graduação presencial e a distância. Atua também como Professor Conteudista para disciplinas do curso de pós graduação, na modalidade a distância (EAD), elaborando o conteúdo teórico, slides e gravação de vídeo-aulas em estúdio de televisão e aula narrada em estúdio de rádio. Experiência também como Professor Tutor sendo responsável por abertura e manutenção dos Fóruns, Chat e aulas por video-conferência (conteúdo e apresentação), além do acompanhamento do acesso do discente. Professor de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental II e Médio, com experiência no uso de apostilas e livros didáticos. Em sua linha de pesquisa, interessa-se pela semiótica de linhagem francesa, análise do discurso, procedimentos de constituição do texto, enunciado e enunciação, teorias e práticas jornalisticas, analise linguística e produção textual, gramatica pragmática e comunicação. Na pesquisa do Mestrado, realizou uma analise semiótica das propostas de redação do ENEM. Já no Doutorado, estuda as relações semióticas instaladas no enunciado das cartas dos suicidas publicadas no Facebook.

Referências

ALVES, R. O morto que canta. In R. M. S. Cassorla (Ed.), Do suicídio: Estudos brasileiros (pp. 11–15). Campinas: Papirus. 1991. ok

ARIÈS, P. O homem diante da morte. v. 2. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1982. verificar

_________. História da morte no ocidente: da idade média aos nossos dias. (P. V. de Siqueira, Trans.). Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 2012.

BARROS, D. L. P. A construção discursiva dos discursos intolerantes. In: BARROS, D. L. P (org). Preconceito e intolerância: reflexões linguistico-discursivas, São Paulo: Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2011.

_________. Teoria Semiótica do Texto. São Paulo: Editora Atica, 2005;

_________. Paixões e apaixonados: Exame semiótico de alguns percursos. In: Cruzeiro Semiótico nº 11/12. Porto, p. 60 a 73. 1990;

CARNEIRO, A.B.F. Suicídio, religião e cultura: reflexões a partir da obra “Sunset Limited”. Reverso, Belo Horizonte , v. 35, n. 65, p. 15-23, jul. 2013 .

FERREIRA, A.B.H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.

GREIMAS, A.J; COURTES, J. Dicionário de Semiótica. 2ª edição. São Paulo: Contexto, 2013.

MODESTO, E. Homossexualidade, preconceito e intolerância: análise semiótica de depoimentos. 2010. Tese (Doutorado em Semiótica e Linguística Geral) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010. Disponível em https://teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-09022011-103046/pt-br.php. Acesso em 03 de agosto de 2020.

NATIVIDADE, M.; OLIVEIRA, L. Sexualidades ameaçadoras: religião e homofobia (s) em discursos evangélicos conservadores. Sexualidad, Salud y Sociedad-Revista Latinoamericana, n. 2, p. 121-161, 2009.

NUNAN, A. Homossexualidade: do preconceito aos padrões de consumo. Rio de Janeiro: Caravansai, 2003.

Downloads

Publicado

2021-08-27

Como Citar

Azevedo Junior, J. B. de. (2021). O dito do “eu” que se foi: um exame semiótico do último adeus nas mensagens dos suicidas. Cadernos De Pós-Graduação Em Letras, 21(2), 45–58. Recuperado de http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/cpgl/article/view/14509