Fábrica e Ideologia: O Desenvolvimento do Pensamento Moderno e a Arquitetura Industrial na Cidade de São Paulo (1889 a 1930)
Palavras-chave:
arquitectura industrial, modernismo, arquitectura paulista, industrial architecture, modernism, paulista architecture, arquitetura industrial, arquitetura paulistaResumo
A partir do século XVIII, no panorama internacional, em decorrência dos processos de industrialização e crescimento urbano, houve inúmeras experiências denominadas “modernas” relacionadas com a evolução de materiais e revisões conceituais e estéticas que tiveram na arquitetura fabril um campo de possibilidades proeminentes com exemplos de destaque no início do século XX. Tendo como referência essa conjuntura, a análise se concentra na cidade de São Paulo no período do fim do século XIX até 1930, quando parte do capital da elite cafeicultora foi investido na implantação do parque industrial. Este estudo tem como objetivo verificar como os preceitos da incipiente ideologia moderna internacional foram incorporados à arquitetura fabril desenvolvida neste momento na crescente capital paulista. A partir da caracterização de algumas fábricas constatou-se que a principal fonte de aproximação às ideias modernas relaciona-se às grandes “massas funcionais” do advento do racionalismo produzidos na Europa entre os séculos XVIII e XIX cujas principais características eram: a busca da funcionalidade, a redução de custos, a modulação estrutural e a padronização das aberturas. Desse modo, constata-se que nem a elite industrial em ascensão, nem os profissionais ligados à construção civil em São Paulo vislumbravam as contemporâneas soluções dadas à arquitetura industrial na Europa caracterizadas por um menor grau de pragmatismo e maior revisão formal. Assim, o trabalho pretende contribuir para uma avaliação sobre esse relativo descompasso no que diz respeito à abordagem sobre o programa fabril, que está relacionado aos diferentes graus de compreensão da ideologia moderna em sua totalidade.Downloads
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