Alternativas do Urbanismo Bottom-up em Contextos Precários Latino-Americanos: Política, Arquitetura e Apropriação para a Produção Social do Hábitat e da Habitação em Lima, no Peru
Resumo
Ante as políticas que excluem e não enfrentam situações urbanas de pobreza nos territórios precários latino-americanos, o presente artigo tenta formular algumas pautas a partir do urbanismo e da arquitetura para orientar políticas públicas de habitação em massa no caso peruano, especificamente em Lima. Estudam-se conjuntos de habitação modernos de Lima, aqueles planejados sob o modelo europeu importado da cidade-jardim que, entretanto, foram adaptados progressivamente pelos moradores às suas necessidades. O conceito de “outra modernidade” de C. Franco nos ajuda a interpretar a mudança do planificado como a associação entre uma cidade estática dominada (a cidade-jardim) e outra cotidiana e dinâmica (a cidade informal), na qual os processos de apropriação e autoconstrução são essenciais. As estratégias tornam-se legíveis a partir da teoria de “os usos de níveis” de Habraken e a dos “sistemas biológicos” de Salignaro. Faz uma reflexão sobre a necessidade de uma mudança nas políticas neoliberais de habitação para grupos de baixa renda, que se distancie da ideia da habitação como produto e que fomente o conceito da habitação como processo. Aquela em que os residentes se tornem coprodutores criativos de seu entorno construído e na qual é possível a produção social do hábitat e da habitação. Analisa-se o rol do Estado, do governo local e dos arquitetos e urbanistas quando se planejam bairros inclusivos e resilientes que se adaptam às constantes necessidades dos residentes por sua própria iniciativa e autogestão.
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