O Papel das Mulheres nas Ações Solidárias na Favela da Rocinha, Rio de Janeiro em Tempos de Pandemia

Autores

  • Rachel Coutinho Marques da Silva Pontificia Universidade Católica do Rio de Janeiro
  • Fernanda Sobreiro e Cruz Pontificia Universidade Catolica do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.5935/cadernospos.v21n1p63-77

Palavras-chave:

Assentamentos Informais; Favela da Rocinha; Mulher; Ações solidárias; Pandemia Covid-19.

Resumo

Este artigo busca explorar o papel protagonista das mulheres nas ações solidárias de ONGs e coletivos na favela da Rocinha, durante a pandemia da Covid-19.  Ele parte da premissa de que a produção do espaço da favela sempre teve uma liderança e atuação marcantes das mulheres, seja na produção do espaço doméstico, seja na produção dos espaços coletivos, ou mesmo na militância política ativa nos bastidores das Associações de Moradores, ONGs e coletivos.  Personagens esquecidos na história da favela, as mulheres não somente atuaram nas lutas diárias do cotidiano em creches, postos de saúde, mas também na preservação da memória da comunidade.  Atualmente, elas continuam a exercer um papel primordial nas lutas e resistências contra a violência, os riscos e a vulnerabilidade social, especificamente na luta contra as remoções, e também podemos observar neste momento a atuação das mulheres nas redes de ação solidária que se desenvolveram em vários grupos comunitários e coletivos durante a pandemia.  Nosso artigo está estruturado em quatro seções, a saber.  Primeiramente abordamos o contexto histórico da Rocinha e a atuação feminina nos vários espaços e fóruns coletivos.  Em seguida, faremos um breve histórico dos principais problemas que enfrentam as mulheres no cotidiano da favela, como violência e risco de remoção.  Depois falaremos da atuação das mulheres nos movimentos sociais e coletivos na Rocinha na atualidade para, finalmente, trabalhar a atuação específica nas redes de ação solidária durante a pandemia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rachel Coutinho Marques da Silva, Pontificia Universidade Católica do Rio de Janeiro

Ph.D, Programa de Pós-Graduação em Arquitetura, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PPGARQ/PUC-Rio).

Fernanda Sobreiro e Cruz, Pontificia Universidade Catolica do Rio de Janeiro

Arquiteta, Departamento de Arquitetura e Urbanismo, Pontificia Universidade Católica do Rio de Janeiro (DAU, PUC-Rio), 2019, Mestranda, Programa de Pós Graduação em Arquitetura, Pontificia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PPGARq/PUC-Rio)

Referências

A COVID-19 encontra no Brasil uma enorme desigualdade racial, afirmam especialistas. Nações Unidas Brasil. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/88991-covid-19-encontra-no-brasil-uma-enorme-desigualdade-racial-afirmam-especialistas. Acesso em: 27 ago. 2020.

COOPA-ROCA. O artesanato têxtil no Rio de Janeiro e a Coopa-Roca 2017. Disponível em: https://www.coopa-roca.com.br/single-post/2017/10/27/Nossa-Hist%C3%B3ria-1. Acesso em: 7 jan. 2021.

COUTINHO, M. da S. R. A Radical Strategy to Deal with Slum Upgrading in the City of Rio de Janeiro, In: VINCENT-GESLIN, S.; PEDRAZZINI, Y.; ADLY, H.; ZORRO, Y. (ed.).Translating the city: interdisciplinarity in urban studies. Oxford and Lausanne, Routdlege/EPFL Press, 2015. p. 57-72.

DOSSIÊ MULHER 2019. Instituto de Segurança Pública. Disponível em: https://www.ispvisualizacao.rj.gov.br:4434/Mulher.html. Acesso em: 27 ago. 2020.

FREIRE-MEDEIROS, B. A favela que se vê e que se vende: reflexões e polêmicas em torno de um destino turístico. Rev. Bras. Ci. Soc. [on-line], v. 22, n. 65, p. 61-72, 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69092007000300006&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 2 maio 2021.

FROIO, N. Prestando homenagem às mulheres da favela no Dia Internacional da Mulher. RioOnWatc, Rio de Janeiro, 8 mar. 2015. Disponível em: https://rioonwatch.org.br/?p=13638. Acesso em: 24 ago. 2020.

LEON, F. Periferias da Baixada Fluminense têm violência doméstica potencializada pelo coronavírus. RioOnWatch, Rio de Janeiro, 3 jun. 2020. Disponível em: https://rioonwatch.org.br/?p=47487. Acesso em: 26 ago. 2020.

MEIRELLES, R.; ATHAYDE, C. Um país chamado favela: a maior pesquisa já feita sobre a favela brasileira. São Paulo: Gente, 2014.

MUSEU SANKOFA. Linha do Tempo – Memória Rocinha. Disponível em: http://memoriarocinha.com.br/linha-do-tempo/. Acesso em: 27 ago. 2020.

PAINEL RIO COVID-19. DATA.RIO. Disponível em: https://www.data.rio/app/painel-rio-covid-19?fbclid=IwAR2eZbt5_EOpeXwMQXGYX0nzEoNyYWVa1_VD692BQ4WyPs6F-MwMIEiZN4w. Acesso em: 7 jan. 2021.

PANDEMIA pode prejudicar frágil progresso alcançado para mulheres e meninas, alerta chefe da ONU. Nações Unidas Brasil. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/89213-pandemia-pode-prejudicar-fragil-progresso-alcancado-para-mulheres-e-meninas-alerta-chefe-da. Acesso em: 27 ago. 2020.

PICCOLO, C. Até 30% dos moradores da Rocinha correm risco de remoção se o plano de reurbanização do governo avançar. RioOnWatch, Rio de Janeiro, 21 dez. 2019. Disponível em: https://rioonwatch.org.br/?p=44853. Acesso em: 27 ago. 2020.

SABREN. Sistema de assentamentos de baixa renda. Disponível em: https://www.arcgis.com/apps/MapJournal/index.html?appid=4df92f92f1ef4d21aa77892acb358540. Acesso em: 27 ago. 2020.

SEGALA, L. O riscado do balão japonês: trabalho comunitário na Rocinha (1977-1982). 1991. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) Rio de Janeiro: UFRJ/PPGAS-Museu Nacional.

SEGALA, L.; FERREIRA, T.; e UNIÃO PRÓ-MELHORAMENTOS DOS MORADORES DA ROCINHA (org.). Varal de lembranças: histórias da Rocinha. Rio de Janeiro: Editora Tempo e Presença/SEC/MEC/FNDE, 1983.

SEGALA, L.; FIRMINO, A. C. Memória Social, museu e trabalho comunitário na Rocinha. Cultura e extensão universitária: A democratização do conhecimento. São João Del Rei: Malta, 2010.

SEGALA, L. (org.). Museu comunitário, performance memorial e disputas políticas: o caso do Sankofa Museu na Rocinha, região metropolitana do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Laboep/ Feuff, 2013.

TABAK, B. Maior favela do país, Rocinha discorda de dados de população do IBGE. G1, Rio. Rio de Janeiro, 21 dez. 2011. Disponível em: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2011/12/maior-favela-do-pais-rocinha-discorda-de-dados-de-populacao-do-ibge.html. Acesso em: 26 ago. 2020.

TAVARES, R. B. Indiferença à diferença: espaços urbanos de resistência na perspectiva das desigualdades de gênero. 2015. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2015.

VIVA FAVELA. Dona Eliza, a educação e a Rocinha. 2014. (9m23s). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?time_continue=476&v=RBAI0y3UaqY&feature=emb_logo. Acesso em: 27 ago. 2020.

Downloads

Publicado

2021-07-03

Como Citar

COUTINHO MARQUES DA SILVA, R.; SOBREIRO E CRUZ, F. O Papel das Mulheres nas Ações Solidárias na Favela da Rocinha, Rio de Janeiro em Tempos de Pandemia. Cadernos de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, [S. l.], v. 21, n. 1, p. 63–77, 2021. DOI: 10.5935/cadernospos.v21n1p63-77. Disponível em: http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/cpgau/article/view/papel.mulheres.acoes.solidarias.cadernos.pos.au.2021.1. Acesso em: 10 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos