Arquitetas em Nome do Pai, do Filho e do Marido
DOI:
https://doi.org/10.5935/cadernospos.v21n2p96-106Palavras-chave:
Myriam Pessôa de Melo; Arquitetura moderna; Gênero.Resumo
O somatório de bens materiais e renda, escolarização, relações sociais e status configura poder e privilégio, isto é, distinção. A teoria de Pierre Bourdieu é ratificada e atualizada pela antropóloga Mariza Corrêa (2003) que discorre sobre a distinção obtida por meio do sobrenome distinto, muitas vezes herdado do pai ou do marido, quando adquirido por conta do casamento, refletindo em benefícios ou prejuízos gerados a partir do renome ou da renomeação. Sabendo-se que, durante muito tempo, a arquitetura foi um campo majoritariamente masculino, apresentamos, por meio de estudo de caso, uma análise da contribuição masculina familiar na inserção e no reconhecimento profissional, complementada pela intervenção dos mestres na formação acadêmica. Analisamos a trajetória da arquiteta pernambucana Myriam Pessôa de Melo para verificar de que forma sua carreira profissional foi influenciada ou até mesmo direcionada pelo pai, filho, marido e pelos professores.
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