Corporeidade e Estética na Aprendizagem Organizacional: Insights Emergentes

Autores

  • Rosangela Violetti Bertolin Universidade Federal de Lavras
  • Mônica Carvalho Alves Cappelle Doutora em Administração pela Universidade Federal de Minas Gerais. Professora do Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras.
  • Mozar José de Brito Doutor em Administração pela Universidade Federal de São Paulo. Professor do Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras.

Palavras-chave:

Aprendizagem organizacional, Corporeidade, Estética, Subjetividade, intersubjetividade.

Resumo

Este ensaio visa refletir sobre a importância da corporeidade e do conhecimento estético no avanço teórico da aprendizagem organizacional. A teorização em torno da aprendizagem organizacional tem se direcionada rumo à superação das dicotomias tradicionalmente enraizadas nas ciências sociais assentadas em tradicionais dualidades como, sujeito/objeto, mente/corpo, indivíduo/organização. A emergência de novos estudos aponta para a necessidade de valorizar as temáticas do corpo e da estética para ampliar o entendimento da aprendizagem organizacional. Desta forma, objetiva-se discutir a aprendizagem organizacional a partir da perspectiva da teoria da estética, em que a corporeidade assume especial relevância. Uma das mais importantes contribuições da abordagem estética reside em buscar a superação de tais dicotomias que compõe a vida organizacional e em sociedade. A partir do momento em que as bases de constituição do conhecimento são questionadas, não sendo apenas lógica, mas também estética e sensível, uma série de outras questões emergem em conjunto. O conhecimento estético, fruto das corporeidades em interação, é constantemente ativado por sentimentos, desejos, emoções, representações acerca do que a organização mostra aos seus e fundamentam as escolhas dos atores em interação. Visa-se identificar o surgimento de novos insights que possam contribuir no avanço teórico da aprendizagem organizacional, ampliando assim a sua compreensão. Como principais insights conclusivos, evidencia-se o potencial da aprendizagem organizacional residindo na corporeidade e intercorporeidade, que, devido a sua complexidade constitutiva, demanda epistemologias e metodologias ampliadas das práticas organizacionais para clarear o entendimento da aprendizagem organizacional. Acredita-se que a aprendizagem organizacional deva ser vista como um processo fluido, que está diluído no tempo, no espaço e nas práticas individuais e sociais, em que corpos e subjetividades se entrelaçam para dar os contornos específicos em cada ponto do processo, e que ao mesmo tempo constituem e são constituídos em tal processo, significam e são significados, ressignificam e são ressignificados.

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Biografia do Autor

Rosangela Violetti Bertolin, Universidade Federal de Lavras

Doutoranda em Administração pelo Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal de Lavras. Pertence à área de pesquisa em Organizações, Gestão e Sociedade, atuando nas linhas de pesquisa em Cultura, Poder e Aprendizagem nas Organizações e Teoria social aplicada à Administração.

Mônica Carvalho Alves Cappelle, Doutora em Administração pela Universidade Federal de Minas Gerais. Professora do Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras.

Doutora em Administração pela Universidade Federal de Minas Gerais. Professora do Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras. Atua no Programa de Pós-Graduação em Administração nos núcleos de estudos Organizações, Gestão e Sociedade e Gênero e Diversidade em Movimento.

Mozar José de Brito, Doutor em Administração pela Universidade Federal de São Paulo. Professor do Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras.

Doutor em Administração pela Universidade Federal de São Paulo. Professor do Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras. Atua no Programa de Pós-Graduação em Administração nos núcleos de estudos em Organizações, Gestão e Sociedade, Relações de Trabalho e Tecnologias de Gestão, Administração Pública e Gestão Social e estudos em Redes, estratégia e inovação.

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Publicado

2014-02-06

Edição

Seção

Gestão Humana e Social