Valores pessoais como antecedentes da adaptação transcultural de expatriados

Autores

  • Bruno Felix von Borell de Araujo FUCAPE Business School
  • Wolfgang Bilsky Psychologisches Inst/Westfälische Wilhelms-Universität Münster/Münster/Nordrhein-Westfalen
  • Lúcia Meiry Cruz de Oliveira Moreira Fucape Business School

Palavras-chave:

Valores Pessoais, Adaptação Transcultural, Expatriados

Resumo

O objetivo deste artigo, realizado sob uma perspectiva epistemológica funcionalista, foi o de verificar a relação existente entre valores pessoais e a adaptação transcultural de expatriados. Para tal, adotou-se a estratégia de realizar um estudo com expatriados brasileiros, funcionários de uma filial de uma empresa nacional, situada em um país no Oriente Médio. As abordagens de Schwartz (1992) e Black et al. (1991) foram empregadas como perspectivas teóricas para o estudo de valores pessoais e adaptação transcultural de expatriados, respectivamente. A amostra final válida foi composta por 221 expatriados, que responderam às escalas de adaptação transcultural de Black (1988) e de valores pessoais - PVQ-21 (ESS EDUNET, 2009). As técnicas de Escalonamento Multimensional Confirmatória e Modelagem de Equações Estruturais, com estimação por mínimos quadrados parciais (PLS), foram utilizadas para a análise dos dados. Os resultados mostram que o pólo de Abertura a Mudança correlacionou-se positivamente com as facetas de adaptação geral e quanto à interação, e não apresentou correlação com a adaptação quanto ao trabalho. Imagina-se que esse resultado seja devido ao fato de que, como a empresa que realizou a expatriação é brasileira, os padrões de trabalho na cultura de destino sejam razoavelmente semelhantes àqueles encontrados no Brasil. Já o pólo de Conservação não apresentou relação significante com nenhuma das facetas da adaptação transcultural de expatriados. Os resultados permitem apontar valores pessoais como antecedentes de duas dimensões da adaptação transcultural, o que representa um avanço na literatura a respeito da influência de características individuais de pessoas em designações internacionais em sua adaptação transcultural. Dentre as sugestões para pesquisas futuras, sugere-se a replicação desse estudo em outros contextos e com expatriados cuja nacionalidade não seja a mesma da empresa responsável pela designação internacional poderia ajudar a entender de maneira mais ampla a relação entre a adaptação quanto ao trabalho e a abertura a mudança. Sugestões para a práticas são apresentadas.

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Biografia do Autor

Bruno Felix von Borell de Araujo, FUCAPE Business School

Doutor em Administração pela UPM, Mestre em Gestão e Estratégia em Negócios pela UFRRJ e Graduado em Administração pela mesma instituição. Professor do Mestrado Acadêmico em Administração de Empresas da FUCAPE Business School.

Wolfgang Bilsky, Psychologisches Inst/Westfälische Wilhelms-Universität Münster/Münster/Nordrhein-Westfalen

Doutor habilitado em Psicologia pela Faculdade de Filosofia da Universidade de Freiburg – Alemanha. Professor titular do Psychologisches Institut IV da Westfälische Wilhelms-Universität

Lúcia Meiry Cruz de Oliveira Moreira, Fucape Business School

Mestranda em Administração pela FUCAPE Business School

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Publicado

2012-03-30