Justiça Organizacional Percebida por Professores do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico

Autores

  • Renata Gomes de Jesus Instituto Federal do Espírito Santo - Campus Guarapari
  • Diva Ester Okazaki Rowe Escola de Administração, Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Palavras-chave:

Justiça organizacional. Adaptação transcultural. Validação. Professor. Percepção de Justiça.

Resumo

O conceito de justiça é um fenômeno social que penetra tanto a vida social quanto a organizacional. A percepção da justiça organizacional diz respeito à percepção de como as decisões são tomadas com relação à distribuição de resultados e da justiça percebida em relação a esses resultados e é por meio dela que os empregados determinam se foram tratados de forma justa, sendo que esta percepção pode influenciar subsequentes atitudes e comportamentos dos indivíduos, como comprometimento, confiança, desempenho, rotatividade e agressão. Rego (2001) considera que alguns profissionais, como os professores, têm uma percepção distinta no que tange à dimensão distributiva da justiça organizacional e desenvolveu a Escala de Percepções de Justiça dos Professores do Ensino Superior, com cinco dimensões: distributiva de tarefas, distributiva de recompensas, procedimental, interpessoal e informacional. Para possibilitar sua aplicação no contexto brasileiro, este artigo teve como objetivo adaptar e validar a escala já que ela foi desenvolvida e validada em Portugal e analisar como os professores percebem a justiça organizacional em um Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia. A escala passou por processo de adaptação transcultural como sugerido por Guillemin, Bombardier e Beaton (1993) e por Beaton, Bombardier, Guillemin e Ferraz (2000). A versão adaptada do instrumento foi disponibilizada para 1.191 professores. Deste total, 415 responderam o questionário. A amostra foi submetida à Análise Fatorial Exploratória que não confirmou a estrutura proposta pelo modelo, mas garantiu a validade de construto, reduzindo os cinco fatores a quatro. A amostra foi então submetida à Análise Fatorial Confirmatória na qual todos os índices de ajuste apresentaram valores satisfatórios. Os resultados revelaram que os professores tem uma percepção mais positiva da justiça organizacional em suas dimensões interacional e distributiva de tarefas e que os professores substitutos percebem mais positivamente que os professores efetivos as dimensões interacional e distributiva de recompensas. Para estudos futuros sugere-se a aplicação da presente escala de justiça entre professores do contexto privado e em outras instituições de ensino públicas, verificando a validade da escala.

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Biografia do Autor

Renata Gomes de Jesus, Instituto Federal do Espírito Santo - Campus Guarapari

Doutoranda em Administração pelo Núcleo de Pós-Graduação em Administração da Escola de Administração, UFBA, Vale do Canela, CEP 40.110-903, Salvador, Bahia.

Professora do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) Campus Guarapari. Endereço: Estrada da Tartaruga, Muquiçaba, Guarapari - ES, 29215-090

E-mail: renata@ifes.edu.br

Diva Ester Okazaki Rowe, Escola de Administração, Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Doutora em Administração pelo Núcleo de Pós-Graduação em Administração da Escola de Administração, UFBA, Vale do Canela, CEP 40.110-903, Salvador, Bahia.

Professora da Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

E-mail: diva@ufba.br Telefone +55 71 3283-7678

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Publicado

2014-11-04

Edição

Seção

Edição Especial Estudos Organizacionais Brasileiros: As Melhores Produções Científicas do EnEO 2014