Efeito Momentum no Curto Prazo: Vale a Pena Comprar Ações Vencedoras no Brasil?

Autores

  • Odilon Saturnino Silva Neto Universidade Federal de Pernambuco/ Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Administração e Pesquisador do Núcleo de Estudos em Finanças e Investimentos
  • Valéria Louise de A. M. Saturnino Silva Universidade Federal de Pernambuco/Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Administração e Pesquisadora do Núcleo de Estudos em Finanças e Investimentos
  • Pierre Lucena Universidade Federal de Pernambuco/Professor Adjunto do Departamento de Ciências Administrativas e Coordenador do Núcleo de Estudos em Finanças e Investimentos
  • Marcos Roberto Gois de Oliveira Universidade Federal de Pernambuco/Professor Adjunto do Departamento de Ciências Administrativas e do Programa de Pós-Graduação em Administração

Palavras-chave:

Efeito Momentum, Liquidez, Modelo Multifatorial, Modelos ARIMA, Análise de Regressão.

Resumo

Este artigo teve como objetivo básico verificar possível persistência dos resultados de retorno das ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo – Bovespa no curto prazo, sob a hipótese de que ações vencedoras continuam vencendo e perdedoras tendem a manter seus retornos abaixo da média do mercado em um período de seis meses, em uma estratégia baseada no efeito momentum. Essa suposição foi feita com base no comportamento impulsivo dos investidores diante de ações com alta liquidez, está calculada pelo volume em dinheiro e supondo que se trate de uma variável relevante para uma manutenção dos bons resultados de retorno em curtos períodos. Para analisar essa estratégia foram formadas nove carteiras de ações classificadas por volume nas categorias alto, médio e baixo e cada uma delas subdividida em grupos de vencedoras, médias e perdedoras de acordo com o retorno médio mensal. A formação correspondeu a um período semestral, de outubro de 1994 a março de 2011, sendo as ações classificadas de acordo com as carteiras estabelecidas por volume em dinheiro e pelo retorno médio acumulado. Ao analisar o comportamento das mesmas nos seis meses posteriores (de abril de 1995 a setembro de 2011), avaliou-se a hipótese de que ações com retornos maiores no passado recente continuam proporcionando bons resultados no curto prazo, em especial seis meses de formação e análise semestral posterior. Constatou-se, por meio de uma análise de séries temporais, que foi recomendável a manutenção de ações com baixo volume em carteira por, no mínimo, três meses. Os dados em corte transversal levaram a uma versão multifatorial do modelo CAPM consistindo da incorporação das defasagens dos retornos e do logaritmo natural do volume, sendo posteriormente rodada a regressão com dados em painel. Os resultados corroboraram que ações vencedoras com baixa liquidez e de volume intermediário se apresentaram como as melhores opções de investimentos no Brasil.


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Biografia do Autor

Odilon Saturnino Silva Neto, Universidade Federal de Pernambuco/ Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Administração e Pesquisador do Núcleo de Estudos em Finanças e Investimentos

Doutorando em Administração pelo Programa de Pós-Graduação em Administração (PROPAD) da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. Mestre em Administração pelo PROPAD/UFPE. Bacharel em Administração pela UFPE. Pesquisador do Núcleo de Estudos em Finanças e Investimentos – NEFI da UFPE, com foco no Mercado Imobiliário (Formação de Preços e Habitação de Mercado) e no Mercado de Capitais (Estratégias de Investimentos em Ações).

Valéria Louise de A. M. Saturnino Silva, Universidade Federal de Pernambuco/Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Administração e Pesquisadora do Núcleo de Estudos em Finanças e Investimentos

Mestranda em Administração pelo Programa de Pós-Graduação em Administração (PROPAD) da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. Bacharel em Administração pela UFPE. Integrante do Núcleo de Estudos em Finanças e Investimentos (NEFI/UFPE), com foco no Mercado Imobiliário (Formação de Preços e Habitação Social) e no Mercado de Capitais (Estratégias de Investimentos em Ações).

Pierre Lucena, Universidade Federal de Pernambuco/Professor Adjunto do Departamento de Ciências Administrativas e Coordenador do Núcleo de Estudos em Finanças e Investimentos

Doutor em Administração/Finanças pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2005). Mestre em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE (2000) e Bacharel em Administração pela UFPE (1994). Atualmente é professor adjunto do Departamento de Ciências Sociais Aplicadas da UFPE e Coordenador do Núcleo de Estudos em Finanças e Investimentos – NEFI da UFPE.

Marcos Roberto Gois de Oliveira, Universidade Federal de Pernambuco/Professor Adjunto do Departamento de Ciências Administrativas e do Programa de Pós-Graduação em Administração

Possui graduação em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Pernambuco (1996), mestrado em Administração pela Universidade Federal de Pernambuco (2000) e doutorado em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco (2005) com estágio doutorado na Université Pantheon-Sorbonne. Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal de Pernambuco. Tem experiência na área de Economia e administração, com ênfase em Finanças, atuando principalmente nos seguintes temas: value at risk, analise de investimento, eficiência produtiva e dea - data envelopment analysis.

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Publicado

2014-09-10

Edição

Seção

Finanças Estratégicas