Determinantes do Crime Econômico em uma Amostra de Detentos do Estado de Sergipe
Mots-clés :
Complexo Penitenciário Dr. Manoel Carvalho Neto, Modelo de Regressão Logística, Perfil SocioeconômicoRésumé
O objetivo do presente trabalho é analisar que fatores impactaram na probabilidade de 97 detentos do Complexo Penitenciário Dr. Manoel Carvalho Neto (COPEMCAN), localizado no município de São Cristóvão/SE, cometerem um crime econômico, a partir de dados primários obtidos via aplicação de questionários no mês de fevereiro de 2018. Busca, ainda, traçar o perfil socioeconômico desses apenados. A escolha da referida penitenciária deve-se ao fato da mesma abrigar cerca de 55% da população carcerária de Sergipe à época da realização das entrevistas. Dessa forma, o artigo busca contribuir para a literatura ao realizar pesquisa inédita no estado, utilizando dados primários, os quais foram utilizados para estimação de um modelo de regressão logística. Os resultados mostraram que um aumento de 10 anos na faixa etária dos entrevistados e o acréscimo de um filho na família reduzem em cerca de 27% e 6%, respectivamente, a probabilidade de o indivíduo cometer crime econômico.
Téléchargements
Références
Araújo Júnior, R. A., & Fajnzylber, P. (2001). Violência e criminalidade. In M. Lisboa, & N. Menezes Filho (Orgs.), Microeconomia e sociedade no Brasil (pp. 333–394). Rio de Janeiro: Contracapa/FGV.
Ariely, D. (2012). A mais pura verdade sobre a desonestidade. Rio de Janeiro: Elsevier.
Becker, G. S. (1968). Crime and punishment: An economic approach. Journal of Political Economy, 72, 169-217.
Bellitto, M., & Coccia, M. (2018, outubro 30). Interrelationships between violent crime, demographic and socioeconomic factors: A preliminary analysis between Central-Northern European countries and Mediterranean countries. Journal of Economic and Social Thought - J. Econ. Soc. Thoug. - JEST, 5(3), 230-260.
Brasil. Ministério da Justiça e Segurança Pública. Secretaria Nacional de Políticas Penais. (2022). Bases de dados do SISDEPEN. https://www.gov.br/senappen/pt-br/servicos/sisdepen/bases-de-dados
Brasil. Ministério da Justiça e Segurança Pública. Secretaria Nacional de Políticas Penais. (2022). SISDEPEN: Estatísticas penitenciárias. Relatórios de Informações Penais - RELIPEN. Sergipe. Dados de dezembro de 2022. 13º Ciclo - INFOPEN. https://www.gov.br/senappen/pt-br/servicos/sisdepen/relatorios/SE
Butkus, M., Matuzevičiūtė, K., & Mačiulytė-Šniukienė, A. (2019). Do economic conditions still cause crime? Some comforting empirical evidences from EU panel. Zbornik radova Ekonomskog fakulteta u Rijeci: Časopis za ekonomsku teoriju i praksu, 37(2), 603-628.
Carneiro, L. de A. (2022). Causas e consequências da criminalidade no Brasil: Uma revisão da literatura. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, 8(7), 20-44.
Carvalho, V. A. de, & Silva, M. R. de F. (2011). Política de segurança pública no Brasil: Avanços, limites e desafios. Revista Katálysis, 14(1), 59–67.
Centeno, M. A. U. V. (2003). El derecho penal económico como alternativa en la solución de los llamados delitos económicos empresariales. Gestión en el Tercer Milenio, 6(12), 35–39.
Cole, J. H., & Gramajo, A. M. (2009). Homicide rates in a cross-section of countries: Evidence and interpretations. Population and Development Review, 35(4), 749–776.
Conselho Nacional de Justiça (CNJ). (2018). Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP 2.0), Cadastro Nacional de Presos. https://docs.observatorio.se.gov.br/wl/?id=8F7lxScUbwGDmkruaknTewYAQUuKEyxb
Corrar, L. J., Paulo, E., & Dias Filho, J. M. (2007). Análise multivariada: Para os cursos de administração, ciências contábeis e economia. São Paulo: Atlas.
Dadgar, Y., Moradalian, M., & Hoseiny Mehr, S. H. (2021). The relationship between violent crime and misery index: A specific case in Iran. Iranian Economic Review, 25(3), 499–507.
Figueiredo Dias, J. de, & Costa Andrade, M. (2013). Da criminologia: O homem delinquente e a sociedade criminógena (1ª ed., reimp.). Coimbra: Coimbra Editora.
Fórum Brasileiro de Segurança Pública. (2023). 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. São Paulo: Fórum Brasileiro de Segurança Pública. https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2023/07/anuario-2023.pdf
Gál, I. L. (2018). Economic policy and criminal policy in practice: New trends and challenges in the fight against money laundering in Europe and Hungary. EU and Comparative Law Issues and Challenges Series (ECLIC), 2, 310–322.
Gil, A. C. (2010). Métodos e técnicas de pesquisa social (6ª ed.). São Paulo: Atlas.
Glaeser, E., Sacerdote, B., & Scheinkman, J. (1996). Crime and social interactions. The Quarterly Journal of Economics, 61(2), 507–548.
Gonçalves Júnior, C. A., & Shikida, P. F. A. (2013). Determinantes da reincidência penal no Estado do Paraná: Uma análise empírica da economia do crime. Economic Analysis of Law Review, 4(2), 315–336.
Ishak, P. W. (2021). Murder nature: Weather and violent crime in Brazil. (Discussion Paper), School of Business & Economics, Frei Universität Berlin.
Jesus, D., & Estefam, A. (2020). Direito penal: Parte geral (37ª ed.). São Paulo: Saraiva.
Jorge, M. A. (2018). O mistério da Região Nordeste: O crescimento da taxa de homicídios no século XXI. Revista Paranaense de Desenvolvimento, 39(134), 55–75.
Jorge, M. A., & Justus, M. (2021). Economia do crime no Brasil. Curitiba: CRV.
Luiz, R. P. (2019). Direito econômico penal (8ª ed.). Rio de Janeiro: Forense.
Madni, G. R., & Khan, B. (2019). Siege of violent crimes through economic complexity and institutions. International and Multidisciplinary Journal of Social Sciences, 8(2), 146–163.
Mariano, R. S. (2010). Fatores socioeconômicos da criminalidade no Estado de São Paulo: Um enfoque da economia do crime. Dissertação de Mestrado. PUC, São Paulo, SP, Brasil.
Martins, M. V. T., et al. (2023). Epidemiological and conjunctural characterization of violence in Brazil from 2011 to 2020. Población y Salud en Mesoamérica, 21(1), https://doi.org/10.15517/psm.v21i1.52900.
Matijašević, J., & Zarubica, S. (2021). Smuggling and illegal trade as forms of economic crime. Pravo - teorija i praksa, 38(3), 28–41.
McAdams, R. H., & Ulen, T. S. (2008, novembro 11). Behavioral criminal law and economics. In: N. Garoupa (Ed.), Criminal Law and Economics (p. 403-435). Edward Elgar.
Melo, A. R. S., Jorge, M. A., Monteiro, E. A. B., Barbosa, I. H. A., & Delabrida, Z. N. C. (2023). Efeitos da criminalidade no transporte público para o desempenho acadêmico de estudantes universitários da Grande Aracaju. Revista de Economia Mackenzie, 20(2), 247–271.
Monteiro, F. M., & Cardoso, G. R. (2013). A seletividade do sistema prisional brasileiro e o perfil da população carcerária: Um debate oportuno. Civitas: Revista de Ciências Sociais, 13(1), 93–117. http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/civitas/article/view/12592/
Mota, E. S., & Jorge, M. A. (2016). Que variáveis contribuem para a prisão do agressor em caso de violência doméstica? Uma análise dos inquéritos policiais do município de Aracaju/SE. Revista Nexos Econômicos, 10(2), 23-48.
Nakahara, E. (2019). A denúncia genérica e a responsabilidade penal dos administradores em delitos econômicos. Revista de Iniciação Científica e Extensão, 4(Esp.), 49–54.
Oliveira, E. D. S., et al. (2020). Homicide and drug trafficking in impoverished communities in Brazil. International Journal of Law and Public Administration, 3(2), 10–23.
Picchetti, P. (2000). Econometria das variáveis de resposta qualitativas e limitadas. In M. A. S. Vasconcellos, & D. Alves (Eds.), Manual de econometria: nível intermediário (pp. 147–162). São Paulo: Atlas.
Procópio, D. P., & Toyoshima, S. H. (2017). Fatores associados à criminalidade violenta no Brasil. Análise Econômica, 35, 263-288.
Robério, Á., De Sousa, R., & Da Silva, L. (2023). When climate changes, so does violence: Examining the link between climate and crime in Pernambuco, Brazil. Anais do Encontro Regional de Economia - ANPEC Nordeste, ANPEC, Fortaleza, CE, Brasil,28.
Shavell, S. (2004). Foundations of economic analysis of law. Cambridge: Harvard University.
Shavit, Y., & Rattner, A. (1988). Age, crime, and the early life course. American Journal of Sociology, 93(6), 1457–1470.
Sheffrin, S. M. (2017). Behavioral law and economics is not just a refinement of law and economics. Economics; History, Methodology, Philosophy, 7(3), 331–352.
Shikida, P. F. A. (2021). Uma análise da economia do crime em estabelecimentos penais paranaenses e gaúchos: O crime compensa? In M. A. Jorge, & M. Justus (Orgs.), Economia do crime no Brasil (pp. 235–256). Curitiba: CRV.
Smith, A. (1981). An inquiry into the nature and causes of the wealth of nations. Indianapolis: Liberty Fund.
Souza, L. G. (2010). Segurança pública, participação social e a 1ª Conseg. Revista Brasileira de Segurança Pública, 4(7), 104-119.
Thompson, V. R., & Bobo, L. D. (2011). Thinking about crime: Race and lay accounts of lawbreaking behavior. The Annals of the American Academy of Political and Social Science, 634, 16–38.
Tian, Y., Wang, Y., & Xiao, Y. (2022). Correlation analysis of gun violence in the United States from economic perspective. BCP Business & Management, 23, 249–254.
Van Winden, F., & Ash, E. (2012). On the behavioral economics of crime. Review of Law and Economics, 8(1), 181–213.
Vargas, D. (2020). Segurança pública: Um projeto para o Brasil. São Paulo: Contracorrente.
Wooldridge, J. M. (2017). Introdução à econometria: Uma abordagem moderna (6ª ed.). São Paulo: Pioneira Thomson Learning.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Alexandra Silveira Santos, Marco Antonio Jorge, Regina Ávila Santos 2025

Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d’Utilisation Commerciale 4.0 International.
Le droit d'auteur des articles publiés dans Revista de Economia Mackenzie appartient aux auteurs, qui accordent à l'Universidade Presbiteriana Mackenzie les droits exclusifs de publier le contenu. La reproduction totale ou partielle est interdite sans l'autorisation préalable du comité éditorial, sauf autorisation préalable.Os direitos autorais dos artigos publicados na Revista de Economia Mackenzie pertencem aos autores, que concedem à Universidade Presbiteriana Mackenzie os direitos exclusivos de publicação do conteúdo. É vedada sua reprodução total ou parcial sem a devida autorização da Comissão Editorial, exceto quando previamente autorizado.








