Poupança externa, vulnerabilidade e crise cambial: os casos de México, Brasil e Argentina

Autores/as

  • Douglas Alcantara Alencar Unesp Araraquara
  • Paulo Rogério Scarano Universidade Presbiteriana Mackezie

Resumen

O objetivo desse trabalho consiste em identificar se houve relação entre a utilização de poupança externa e a deterioração dos indicadores de vulnerabilidade externa no período que antecedeu as crises cambiais do México, do Brasil e da Argentina, que ocorreram entre 1988 e 2001. Para isso, fez-se necessário um levantamento teórico sobre a questão da vulnerabilidade externa e suas formas de mensuração, de modo a estabelecer as possíveis relações entre esta e a utilização de poupança externa. Os procedimentos metodológicos necessários à realização do presente trabalho envolveram o levantamento dos seguintes dados dos países analisados: as contas nacionais, dívida externa líquida, dívida externa de curto prazo, serviço da dívida externa, exportações de bens e serviços, reservas internacionais, PIB, que foram obtidos junto a organismos internacionais como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial. De posse de tais dados, foram calculados diferentes indicadores de vulnerabilidade, como as relações dívida externa/exportações, reservas/dívida externa, serviço da dívida/exportações e serviço da dívida/PIB, para viabilizar a análise comparativa entre as economias envolvidas. No caso das economias analisadas, observou-se que todas utilizaram poupança externa no período pesquisado. O crescimento econômico dos mesmos no período foi pouco significativo, se comparado ao crescimento médio das economias emergentes. O trabalho mostra, então, que isso ocorreu porque tais países não direcionaram a maior parte do capital captado no exterior para o setor produtivo, como pode se constar pela baixa proporção da formação bruta de capital fixo em relação ao PIB no período. Pelos dados analisados, observou-se que o México, o Brasil e a Argentina tiveram uma deterioração nos indicadores de vulnerabilidade externa. O trabalho conclui que tal deterioração está associada à utilização de poupança externa, em função da forma de sua utilização, uma vez que houve substituição da poupança interna pela poupança externa.

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Biografía del autor/a

Douglas Alcantara Alencar, Unesp Araraquara

Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Paulo Rogério Scarano, Universidade Presbiteriana Mackezie

Faz doutorado na área de Relações Internacionais no PPG em Ciências Sociais da PUC/SP. Atualmente é professor e Coordenador do Curso de Ciências Econômicas da Universidade Presbiteriana Mackenzie

Publicado

2010-08-30

Cómo citar

Alencar, D. A., & Scarano, P. R. (2010). Poupança externa, vulnerabilidade e crise cambial: os casos de México, Brasil e Argentina. Revista De Economia Mackenzie, 8(2). Recuperado a partir de http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/rem/article/view/1474

Número

Sección

Artigos

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