Socialização em Creche: um Estudo sobre Comportamento e Brincadeiras de Crianças Pequenas

Conteúdo do artigo principal

Marlene de Cássia Trivellato-Ferreira
Amanda Trivellato Ferreira
Edna Maria Marturano

Resumo

Objetivou-se comparar o engajamento das crianças com pares e nas atividades, antes e depois de participarem em brincadeiras coordenadas por um adulto na creche. Vinte crianças com idades entre 36 e 46 meses, em creche filantrópica, participaram de 20 sessões de brincadeiras. Precedendo e sucedendo esse período, elas foram filmadas por nove dias em atividades livres. Simultaneamente, uma observadora registrava comportamentos interativos e brincadeiras, focalizando cada criança por dois minutos. Esse registro era completado com a observação das filmagens. Categorizaram- se as brincadeiras em solitária, paralela, associativa e cooperativa, e os comportamentos como gregário, comunicação amigável com ou sem foco no brinquedo e comunicação hostil com ou sem foco no brinquedo. Os dados dos dois momentos foram comparados mediante uso do teste de Wilcoxon. O aumento do tempo em brincadeira solitária e conjunta, o aumento das interações positivas e a diminuição das interações negativas sugerem maior engajamento após as atividades guiadas pela educadora.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Seção
Desenvolvimento Humano
Biografia do Autor

Edna Maria Marturano, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Universidade São Paulo

 

Referências

Aguiar, C., & McWilliam, R. A, (2013). Consistency of toddler engagement across two settings. Early Childhood Research Quarterly, 28(1), 102- 110. DOI: 10.1016/j.ecresq.2012.04.003.

Altmann, J. (1974). Observational study of behavior: sampling methods. Behavior, 49(3), 227-265. DOI: 10.1163/156853974X00534.

Amorim, K. S., Anjos, A. M., & Rossetti-Ferreira, M. C. (2012). Processos interativos de bebês em creche. Psicologia: Reflexão e Crítica, 25(2), 378-389. DOI: 10.1590/ S0102-79722012000200020.

Brown, E., & Sax, K. L. (2013). Arts enrichment and preschool emotions for lowincome children at risk. Early Childhood Research Quarterly, 28(2), 337- 346. DOI: 10.1016/j.ecresq.2012.08.002.

Burchinal, M., Vandergrift, N., Pianta, R., & Mashburn, A. (2010). Threshold analysis of association between child care quality and child outcomes for low-income children in pre-kindergarten programs. Early Childhood Research Quarterly, 25(2), 166-176. DOI: 10.1016/j.ecresq.2009.10.004.

Coley, R. L., Votruba-Drzal, E., Miller, P. L., & Koury, A. (2013). Timing, extent, and type of child care and children’s behavioral functioning in kindergarten. Developmental Psychology, 49(10), 1859-1873. DOI: 10.1037/a0031251.

Côté, S. M., Vaillancourt, T., Barker, E. D., Nagin, D., & Tremblay, R. E. (2007). The joint development of physical and indirect aggression: predictors of continuity and change during childhood. Development and Psychopathology, 19(1), 37-55. DOI: 10.10170/S0954579407070034.

Eggum-Wilkens, N. D.; Fabes, R. A.; Castle, S.; Zhang, L.; Hanish, L. D., & Martin, C. L. (2014). Playing with others: head Start children’s peer play and relations with kindergarten school competence. Early Childhood Research Quarterly, 29, 345– 356. Doi 10.1016/j.ecresq.2014.04.008

Howes, C., & Matheson, C. C. (1992). Sequences in the development of competent play with peers: social and social pretend play. Developmental Psychology, 28(5), 961-974. DOI: 10.1037/0012-1649.28.5.961.

Keys, T. D., Farkas, G., Burchinal, M. R., Duncan, G. J., Vandell, D. L., Li, W., Ruzek, E. A, & Howes, C. (2013). Preschool center quality and school readiness: quality effects and variation by demographic and child characteristics. Child Development, 84(4), 1171-1190. DOI: 10.1111/cdev.12048.

Lordelo, E. R., & Carvalho, A. M. A. (2006). Padrões de parceria social e brincadeira em ambiente de creches. Psicologia em Estudo, 11(1), 99-108. DOI: 10.1590/ S1413-73722006000100012.

Moore, J. E., Cooper, B. R., Domitrovich, C. E., Morgan, N. R., Cleveland, M. J., Shah, H., Jacobson, L., & Greenberg, M. T. (2015). The effects of exposure to an enhanced preschool program on the social-emotional functioning of at-risk children. Early Childhood Research Quarterly, 32, 127-138. DOI: 10.1016/j. ecresq.2015.03.004.

Morrissey, T. W. (2010). Sequence of child care type and child development: what role does peer exposure play? Early Childhood Research Quarterly, 25(1), 33-50. DOI: 10.1016/j.ecresq.2009.08.005.

Nicolopoulou, A., Cortina, K. S., Ilgaz, H., Cates, C. B., & Sá, A. B. de (2015). Using a narrative-and play-based activity to promote low-income preschoolers’ oral language, emergent literacy, and social competence. Early Childhood Research Quarterly, 31, 147-162. DOI: 10.1016/j.ecresq.2015.01.006.

Parten, M. (1932). Social participation among preschool children. Journal of Abnormal and Social Psychology, 27(3), 243-269.

Pontoglio, C. F., & Marturano, E. M. (2010). Brincando na creche: atividades com crianças pequenas. Estudos de Psicologia (Campinas), 27(3), 365-373. DOI: 1590/ S0103-166X2010000300008.

Vygotsky, L. S. (2000). A formação social da mente (6a ed.). São Paulo: Martins Fontes.

Zachrisson, H. D., Dearing, E., Lekhal, R., & Toppelberg, C. O. (2013). Little evidence that time in child care causes externalizing problems during early childhood in Norway. Child Development, 84(4), 1152-1170. DOI: 10.1111/cdev.12040.