Questionário sobre Violência Intrafamiliar: Confiabilidade de um Instrumento sobre Crenças
Conteúdo do artigo principal
Resumo
O presente estudo visa analisar a confiabilidade do “Questionário sobre Crenças a Respeito da Violência Intrafamiliar”. Participaram 41 estudantes de medicina e de enfermagem de uma universidade no interior de São Paulo e 39 profissionais autônomos. Testes de confiabilidade apresentaram alpha de Cronbach adequado (0,868), com resultados mais elevados retirando as questões com baixa correlação (0,894) indicando boa mensuração das crenças pelo instrumento. O teste Anova indicou que as respostas estavam relacionadas com a atividade do participante, com os estudantes classificando um maior número de afirmações de maneira adequada. Entendendo a importância de se compreender as crenças sobre violência intrafamiliar que permeiam as práticas dos profissionais da saúde, essa pesquisa investiga um instrumento para aplicação prática e clínica da avaliação de crenças em profissionais e estudantes da área da saúde.
Downloads
Detalhes do artigo
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os direitos autorais dos artigos publicados na Revista Psicologia: Teoria e Prática pertencem aos autores, que concedem à Universidade Presbiteriana Mackenzie os direitos não exclusivos de publicação do conteúdo.
Referências
Almeida, J., & Costa, J. (2010). Da naturalização à perpetuação: o papel do quotidiano de nossas crenças sociais no processo de percepção das várias formas da violência contra a mulher. Amazônica, 5(2), 158-181.
Aluko, O., Beck, K., & Howard, D. (2015). Medical students’ beliefs about screening for intimate partner violence: a qualitative study. Health Promotion Practice. 16/4), 540-549. DOI: 10.1177/1524839915571183.
Andrade, E., Nakamura, E., Paula, C., Nascimento, R., Bordin, I., & Martin, D. (2011). A visão dos profissionais de saúde em relação à violência doméstica contra crianças e adolescentes: um estudo qualitativo. Saúde e Sociedade, 20(1), 147-155. DOI: 10.1590/s0104-12902011000100017.
Câmara dos Deputados. (2010). Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília: Biblioteca Digital da Câmara dos Deputados.
Center for Disease Control and Prevention (CDC). (2013). Deaths: final data for 2013. Washington: Center for Disease Control and Prevention: Division of Vital Statistics.
De Santi, L., Nakano, A., & Lettiere, A. (2010). Percepção de mulheres em situação de violência sobre o suporte e apoio recebido em seu contexto social. Texto & Contexto – Enfermagem, 19(3), 417-424. DOI: 10.1590/s0104-07072010000300002.
Giusto, R. (2011). Agentes comunitários de saúde e sua concepção sobre família e violência intrafamiliar. Dissertação de mestrado, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP, Brasil.
Minayo, M. (2006). Violência e saúde. Rio de Janeiro: Fiocruz.
Ministério da Saúde. (2002). Violência intrafamiliar: orientação para prática em serviço. Brasília: Secretaria de Políticas de Saúde.
Nunes, P. (2011). A violência contra a mulher e o atendimento prestado às vítimas: a perspectiva do policial civil. Dissertação de mestrado, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP, Brasil.
Padovani, R., & Williams, L. (2008). Histórico de violência intrafamiliar em pacientes psiquiátricos. Psicologia: Ciência e Profissão, 28(3), 520-535. DOI: 10.1590/ s1414- 98932008000300007.
Padovani, R. C. & Williams, L. C. A. (2002). Intervenção psicoterapêutica com agressor conjugal: um estudo de caso. Psicologia em Estudo, 7(2), 13-17.
Saffioti, H. (1997). Violência doméstica ou a lógica do galinheiro. In M. Kupstas, Violência em debate (pp. 39-57). São Paulo: Moderna.
Sahlqvist, S., Song, Y., Bull, F., Adams, E., Preston, J., & Ogilvie, D. (2011). Effect of questionnaire length, personalisation and reminder type on response rate to a complex postal survey: randomised controlled trial. BMC Medical Research Methodology, 11(1), 62. DOI: 10.1186/1471-2288-11-62.
Sinclair, D. (1985). Understanding wife assault. Toronto: Ontario Government Bookstore.
Sinha, M. (2012). Family violence in Canada: a statistical profile, 2010 (pp. 1-107). Ottawa: Minister of Industry.
Sprague, S., Kaloty, R., Madden, K., Dosanjh, S., Mathews, D., & Bhandari, M. (2013). Perceptions of intimate partner violence: a cross sectional survey of surgical residents and medical students. Journal of Injury and Violence Research 5(1), 2-10. DOI: 10.5249/jivr.v5i1.147.
Tavakol, M., & Dennick, R. (2011). Making sense of Cronbach’s alpha. International Journal of Medical Education, 2, 53-55. DOI: 10.5116/ijme.4dfb.8dfd.
Taylor, J., Bradbury-Jones, C., Kroll, T., & Duncan, F. (2013). Health professional’s beliefs about domestic abuse and the issue of disclosure: a critical incident technique study. Health Soc Care Community, 21(5), 489-499. DOI: 10.1111/hsc.12037.
Wechsler, H., & Nelson, T. F. (2008). What we have learned from the Harvard School of Public Health College Alcohol Study: focusing attention on college student alcohol consumption and the environmental conditions that promote it. Journal of Studies on Alcohol and Drugs, 69(4), 481-490.
Williams, L. (2003). Sobre deficiência e violência: reflexões para uma análise de revisão de área. Revista Brasileira de Educação Especial, 9(2), 141-154.
Williams, L., Gallo, A., Maldonado, D., Brino, R., & Basso, A. (2000). Oficina de Psicologia para policiais da delegacia da mulher: um relato de experiência. Psicologia: Teoria e Prática, 2(2), 103-119.
Williams, L. C. A. (2010). Questionário sobre crenças a respeito da violência doméstica. In L. C. A. Williams, J. M. D., Maia, K. de S. A. Rios (2010). Aspectos psicológicos da violência: pesquisa e intervenção cognitivo-comportamental (pp. 599- 604). Santo Andre: ESETec.
World Health Organization. (2005). WHO multi-contry study on women´s health and domestic violence against women: summary report of initial results on prevalence, health outcomes and women´s response. Geneva: World Health Organization.