Qualidade de Vida em Sobreviventes de Longo Prazo ao Câncer de Mama: Análise da Produção Científica

Conteúdo do artigo principal

Janaína de Fátima Vidotti
Fabio Scorsolini-Comin
Manoel Antônio dos Santos

Resumo

Este estudo teve por objetivo conhecer o panorama atual referente à qualidade de vida das mulheres mastectomizadas de longo prazo e às possíveis repercussões do câncer de mama e de seus tratamentos. Por meio de revisão integrativa realizada nas bases Lilacs, SciELO, PePSIC e PsycINFO, de 2000 a 2012, foram recuperados 12 artigos. Os estudos são, em sua maior parte, europeus, multicêntricos e empíricos. Constatou- se que, apesar de as sobreviventes ao câncer de mama de longo prazo apresentarem boa qualidade de vida em geral, em certos domínios continuaram enfrentando significativo sofrimento decorrente dos efeitos da doença e de seus tratamentos. Funcionamento físico, desempenho de papéis e relacionamento afetivo-sexual são as áreas mais afetadas. Essas repercussões tardias e suas causas devem ser investigadas de modo pormenorizado por novos estudos, que incluam abordagens metodológicas qualitativas. Também são necessários estudos brasileiros que contribuam para contextualizar a discussão no cenário nacional.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Seção
Artigos

Referências

Ambrósio, D. C. M., & Santos, M. A. (2011). Vivências de familiares de mulheres com câncer de mama: Uma compreensão fenomenológica. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 27(4), 475-484.

Almeida, R. A. (2006). Impacto da mastectomia na vida da mulher. Revista SBPH, 9(2), 99-113.

American Cancer Society (2011). Cancer facts and figures-2011. Atlanta. Recuperado em 19 ago. 2011, de <http://www.cancer.org/acs/groups/content/@epidemiologysurveilance/documents/document/acspc-029771.pdf>.

Bergamasco, R. B., & Ângelo, M. (2001). O sofrimento de descobrir-se com câncer de mama: Como o diagnóstico é experienciado pela mulher. Revista Brasileira de Cancerologia, 47(3), 277-282.

Cesnik, V. M., & Santos, M. A. (2012a). Mastectomia e sexualidade: Uma revisão integrativa. Psicologia: Reflexão e Crítica, 25(2), 339-349.

Cesnik, V. M., & Santos, M. A. (2012b). Do the physical discomforts from breast cancer treatments affect the sexuality of women who underwent mastectomy? Revista da Escola de Enfermagem da USP, 46(4), 1001-1008,

Dahl, C. A. F., Reinertsen, K. V., Nesvold, I. L. Fossa, S. D., & Dahl, A. A (2010). A study of body image in long-term breast cancer survivors. Cancer, 116(15), 3549-57.

Dorval, M., Maunsell, E., Deschbnes, L., Brisson, J., & Mâsse, B. (1998). Long-term quality of life after breast cancer: Comparison of 8-year survivors with population controls. Journal of Clinical Oncology, 16(2), 487-494.

Ganz, P. A., Desmond, K. A. D., Leedham, B., Rowland, J. H., Meyerowitz, B. E., & Belin, T. R. (2002). Quality of life in long-term, disease-free survivors of breast cancer: A follow-up study. Journal of the National Cancer Institute, 94(1), 39-49.

Gray, R. E., Fitch, M., Greenberg, M., Hampson, A., Doherty, M., & Labrecque, M. (1998). The information needs of well, longer-term survivors of breast cancer. Patient Education and Counseling, 33(3), 245-255.

Holzner, B., Kemmler, G., Kopp, M., Moschen, R., Schweigkofler, H., & Dunser, M. (2001). Quality of life in breast cancer patients: not enough attention for long-term survivors? Psychosomatics, 42(2), 117-123.

Instituto Nacional do Câncer [INCA] (2004). Controle do câncer de mama: Documento de consenso. Recuperado em 11 de setembro, 2011, de <http://www.inca.gov.br/publicacoes/Consensointegra.pdf>.

Jesus L. L. C., & Lopes, R. L. M. (2003). Considerando o câncer de mama e a quimioterapia na vida da mulher. Revista Enfermagem UERJ, 11(2), 208-211.

Kappaun, N. R. C., & Ferreira, M. E. C. (2008). A imagem corporal de mulheres mastectomizadas. HU Revista, 34(4), 243-248.

Kornblith, A. B., Herndon II, J. E., Weiss, R. B., Zhang, C., Zuckerman, E. L., Rosenberg, S., Mertz, M., Payne, D., Massie, M. J., Holland, J. F., Wingate, P., Norton, L., & Holland, J. C. (2003). Long-term adjustment of survivors of early-stage breast carcinoma, 20 years after adjuvant chemotherapy. Cancer, 98(4), 679-689.

Lebel, S., Beattie, S., Arès, I., & Bielajew, C. (2012). Young and worried: Age and fear of recurrence in breast cancer survivors. Health Psychology. Recuperado em 20 jun. 2013 de: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23088176. doi: 10.1037/a0030186

Leite, L. P., & Peres, R. S. (2013). Grupos de apoio a mulheres acometidas por câncer de mama: Panorama atual. Revista da SPAGESP, 14(1), 55-67.

Mandelblatt, J. S., Edge, S. B., Meropol, N. J., Senie, R., Tsangaris, T., & Grey, L. (2003). Predictors of long-term outcomes in older breast cancer survivors: Perceptions versus patterns of care. Journal of Clinical Oncology, 21(5), 855-863.

Meyerowitz, B. E. (1983). Postmastectomy coping strategies and quality of life. Health Psychology, 2(2), 117-132.

Mols, F., Vingerhoets, A. J. J. M., Coebergh, J. W. W., & Poll-Franse, L. V. (2005). Quality of life among long-term breast cancer survivors: A systematic review. European Journal of Cancer, 41(17), 2613-2619.

Mols, F., Vingerhoets, A. J. J. M., Coebergh, J. W. W., & Poll-Franse, L. V. (2009). Well-being, posttraumatic growth and benefit finding in long-term breast cancer survivors. Psychology & Health, 24(5), 583-595.

Nicolussi, A. C. (2008). Qualidade de vida de pacientes com câncer de cólon e reto: Revisão integrativa da literatura. Dissertação (Mestrado). Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Ribeirão Preto, SP.

Peres, R. S., & Santos, M. A. (2007). Breast cancer, poverty and mental health: Emotional response to the disease in women from popular classes. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 15(n. spe.), 786-791.

Pinheiro, C. P. O., Silva, R. M., Mamede, M. V., & Fernandes, A. F. C. (2008). Participating in a support group: Experience lived by women with breast cancer. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 16(4), 733-738.

Ruini, C., Vescovelli, F., & Albieri, E. (2012). Post-traumatic growth in breast cancer survivors: New insights into its relationships with well-being and distress. Journal of Clinical Psychology in Medical Settings. Recuperado em 20 jun. 2013 de: http://link.springer.com/article/10.1007%2Fs10880-012-9340-1

Ruiter, M. B. R., Reneman, L., Boogerd, W., Veltman, D. J., Caan, M., Douaud, G., Lavini, C., Linn, S. C., Boven, E., Dam, F. S., & Schagen, S. B. (2012). Late effects of high-dose adjuvant chemotherapy on white and gray matter in breast cancer survivors: Converging results from multimodal magnetic resonance imaging. Human Brain Mapping, 33(12), 2971-2983.

Scorsolini-Comin, F., Souza, L. V., & Santos, M. A. (2009). Vivências e discursos de mulheres mastectomizadas: Negociações e desafios do câncer de mama. Estudos de Psicologia (Natal), 14(1), 41-50.

Silva, G., & Santos, M. A. (2008). “Será que não vai acabar nunca?”: Perscrutando o universo do pós-tratamento do câncer de mama. Texto & Contexto Enfermagem, 17(3), 561-568.

Silva, G., & Santos, M. A. (2010). Stressors in breast cancer post-treatment: A qualitative approach. Revista Latino-americana de Enfermagem, 18(4), 688-695.

Veiga, D. F., Campos, F. S. M., Ribeiro, L. M., Archangelo Junior, I., Veiga Filho, J., & Juliano, Y. (2010). Mastectomy versus conservative surgical treatment: The impact on the quality of life of women with breast cancer. Revista Brasileira de Saúde Materno-Infantil, 10(1), 51-57.

Vivar, C. G., & McQueen, A. (2005). Informational and emotional needs of long-term survivors of breast cancer. Journal of Advanced Nursing, 51(5), 520-528.

Weitzner, M. A., Meyers, C. A., Stuebing, K. K., & Saleeba, A. K. (1997). Relationship between quality of life and mood in long-term survivors of breast cancer treated with mastectomy. Support Care Cancer, 5(3), 241-248.