Adoção por Pais Solteiros: Desafios e Peculiaridades dessa Experiência
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Esta pesquisa teve por objetivo geral compreender como pais adotivos solteiros vivenciam o processo de adoção, tomando como base a Teoria Sistêmica. A família tem mudado, assumindo novas configurações. A possibilidade de solteiros adotarem, no Brasil, foi admitida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. A Nova Lei da Adoção trouxe modificações, postas em diálogo com a experiência dos pais. Os participantes foram seis adotantes, quatro mulheres e dois homens, que realizaram tanto adoção de bebês quanto de crianças maiores. Eles responderam a uma entrevista que foi examinada segundo a análise de conteúdo temática. Os resultados indicam que os participantes sentem-se realizados com a adoção efetuada, apesar dos preconceitos enfrentados, da dificuldade financeira e da falta de apoio familiar, em alguns casos. Foram apontadas como necessidades uma maior agilidade no processo e uma preparação anterior dos pais, aspectos contemplados pela Nova Lei da Adoção.
Downloads
Detalhes do artigo
Os direitos autorais dos artigos publicados na Revista Psicologia: Teoria e Prática pertencem aos autores, que concedem à Universidade Presbiteriana Mackenzie os direitos não exclusivos de publicação do conteúdo.
Referências
ANDREI, E. Adoção: mitos e preconceitos. In: FREIRE, F. (Ed.). Abandono e adoção: contribuições para uma cultura da adoção III. Curitiba: Terra dos Homens, 2001. p. 41‑50.
BANDEIRA, M. Adoção na prática forense. Ilhéus: Editus, 2001.
BENTO, R. Família substituta: uma proposta de intervenção clínica na adoção tardia. Psicologia: teoria e prática, São Paulo, v. 10, n. 2, p. 202‑214, 2008.
BRAGA, L. P. V. Compreendendo probabilidade e estatística. Rio de Janeiro: E‑papers, 2010.
BRASIL. Lei da Legitimidade Adotiva. Brasília: Câmara dos Deputados, 1965. Disponível em: <http://www2.camara.gov.br/legislação/legin.html/textos/visualizar Texto.html?ideNorma=377680&seqTexto=45829&PalavrasDestaque=adoção>. Acesso em: 18 fev. 2010.
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. 3. ed. Brasília: Câmara dos Deputados, 2001. Disponível em: <http://apache.camara.gov.br/portal/arquivos/Camara/internet/publicacoes /estatutocrianca.pdf>. Acesso em: 10 set. 2008.
______. Código Civil Brasileiro. Brasília: Câmara dos Deputados, 2002. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm#adocao>. Acesso em: 10 set. 2008.
______. Nova Lei Nacional de Adoção. Brasília: Câmara dos Deputados, 2009. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2007‑2010/2009/Lei/L12010. htm>. Acesso em: 18 fev. 2010.
DIAS, M. C. S. B. A importância da família extensa na adoção. In: SCHETTINI, S. S. M.; SCHETTINNI FILHO, L. (Ed.). Adoção: os vários lados dessa história. Recife: Bagaço, 2006. p. 173‑193.
DIAS, M. C. S. B.; LIMA NETA, M. I. F. L. A adoção na perspectiva de avós adotivos. In: FÉRES‑CARNEIRO, T. (Ed.). Família e casal: saúde, trabalho e modos de vinculação. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2007. p. 323‑337.
DINIZ, J. S. A adoção: notas para uma visão global. In: FREIRE, F. (Ed.). Abandono e adoção: contribuições para uma cultura da adoção II. Curitiba: Terra dos Homens, 1994. p. 13‑30.
EBRAHIM, S. G. Adoção tardia: altruísmo, maturidade e estabilidade emocional. Psicologia: reflexão e crítica, Porto Alegre, v. 14, n. 1, p. 73‑80, 2001.
FIGUEIREDO, L. B. Comentários à nova Lei Nacional da Adoção: Lei 12.010 de 2009. Curitiba: Juruá, 2009.
GRANATO, E. F. R. O processo de adoção. In: SCHETTINI, S. S. M.; SCHETTINNI FILHO, L. (Ed.). Adoção: os vários lados dessa história. Recife: Bagaço, 2006. p. 47‑70.
GRZYBOWSKI, L. S. Famílias monoparentais: mulheres divorciadas chefes de família. In: WAGNER, A. (Ed.). Família em cena: tramas, dramas e transformações. Petrópolis: Vozes, 2002. p. 39‑53.
HUBER, M. Z.; SIQUEIRA, A. C. Pais por adoção: a adoção na perspectiva dos casais em fila de espera. Psicologia: teoria e prática, São Paulo, v. 12, n. 2, p. 200‑216, 2010.
JESUS, D. E. Código Penal – 1935. 12. ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
LAROUSSE, K. Dicionário enciclopédico. Rio de Janeiro: Larousse do Brasil, 1978. v. 1.
LEVY, L. Famílias monoparentais adotivas: a importância de uma rede de apoio. In: FÉRES‑CARNEIRO, T. (Ed.). Família e casal: efeitos da contemporaneidade. Rio de Janeiro: PUC‑Rio, 2005. p. 50‑57.
LEVY, L.; FÉRES‑CARNEIRO, T. Famílias monoparentais femininas: um estudo sobre a motivação de mulheres que adotam. Interação em Psicologia, Paraná, v. 6, n. 2, p. 243‑250, jul./dez. 2002. Disponível em: <http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/psicologia/article/viewFile/3312/2656>. Acesso em: 18 fev. 2010.
MINAYO, M. C. de S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde.6. ed. São Paulo: Hucitec, 2004.
OSÓRIO, L. C. Família hoje. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
OSÓRIO, L. C.; DO VALLE, M. E. Terapia familiar: novas tendências. Porto Alegre: Artmed, 2002.
SCHETTINI FILHO, L. Compreendendo o filho adotivo. 3. ed. Recife: Bagaço, 1998.
SILVA, D. De onde vêm as palavras. 16. ed. São Paulo: Novo Século, 2009.
VILLA, F. A adoção: o desejo e a necessidade. In: FREIRE, F. (Ed.). Abandono e adoção: contribuições para uma cultura da adoção III. Curitiba: Terra dos Homens, 2001. p. 33‑36.
WEBER, L. N. D. Aspectos psicológicos da adoção. Curitiba: Juruá, 1999.______. Laços de ternura: pesquisas e histórias de adoção. 3. ed. Curitiba: Juruá, 2004.