Orientadores das Práticas Educativas: Apresentação de Algumas Perspectivas Teóricas

Conteúdo do artigo principal

Ana Paula Couceiro Figueira

Resumo

Este artigo pretende sensibilizar os leitores para os modelos conceptuais ou sistemas teóricos explicativos, justificativos ou orientadores, das práticas educativas ou de instrução. Iremos, neste contexto, dar conta das leituras de Caverly e Peterson (1996), Ernest (1995), Prawat (1996), Bogus (1995) e Di Vesta (1987) sobre os fundamentos da instrução e sobre a forma como esses autores agrupam as diferentes teorias ou perspectivas sobre o humano, em termos de aquisição do conhecimento, da aprendizagem, do desenvolvimento. Trata-se de um artigo de sistematização teórica, em que se apresentam vários tipos de categorização ou agrupamentos das diferentes formas de ler e pensar o humano, tentando deslindar-se os denominadores comuns e os aspectos distintivos. Destaca-se que os sistemas apresentados radicam as práticas educativas numa determinada orientação filosófica e/ou psicológica, constatando-se a não consensualidade teórica de enquadramento das diversas perspectivas em categorias mais abrangentes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Seção
Artigos

Referências

ABREU, M. V. Tarefa aberta e tarefa fechada: motivação, aprendizagem e execução selectivas. Coimbra: Livraria Almedina, 1978.

BEDNAR, A. K. et al. Theory into practice: How do we link? In: DUFFY, T.; JONASSEN, D. (Ed.). Constructivism and the technology of instruction. Hillsdale, NY: Erlbaum, 1992. p. 17-34.

BIDARRA, M. G. A. Psicologia pedagógica. Coimbra: Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, 1998. (Relatório para concurso para professor associado, não publicado).

BIRCH, E. Classic theories of learning. 1999. http://web.viu.ca/lizhk/IDesign/ISDresour-ces.html.

BOAVIDA, J. J. Filosofia e processos educativos. Revista Portuguesa de Pedagogia, v. 30, n. 3, p 109-132, 1996.

BOGUS, S. From the sophists to chaos theory. 1995. http://en.wikipedia.org/wiki/Plato#Epistemology.

BROOKS, J. G.; BROOKS, M. G.The case for constructivist classrooms. In search of understanding. Virginia: Association for Supervision and Curriculum Development, 1993.

CABANACH, R. G. Lecturas de psicologia de la instruccion. La Coruña: Ediciones Plani-ficación y Aprendizage, 1996.

CABANACH, R. G. et al. (Ed.). Psicología de la instrucción. Aspectos históricos explicativos y metodológicos. Barcelona: EUB, 1996. v. 1.

CANAVARRO, J. M. P. CIÊNCIA, ESCOLA E SOCIEDADE. Concepções de ciência de estudantes portugueses. 1997. Tese (Doutorado) – Universidade de Coimbra, Coimbra, 1997.

CANAVARRO, J. M. P. Construtivismo e construcionismo social – similitudes e diferenças, compatibilidade ou incompatibilidade? In: NÚCLEO DE ANÁLISE E INTERVENÇÃO EDUCACIONAL DA FPCEUC. (Ed.). Ensaios em homenagem a Joaquim Ferreira Gomes. Coimbra: Livraria Minerva, 1998. p. 193-205.

CAVACO, M. H. Ser professor em Portugal. Lisboa: Editorial Teorema, 1993.

CAVERLY, D. C. & PETERSON, C. L. (1996). Foundations for a Constructivist, Whole Lan-Foundations for a Constructivist, Whole Language Approach to Developmenta College Reading. NADE Monographs. Retrieved November 11, 2002, from http://www.nade.net/documents/Mono96/mono96.5.pdf.

COBB, P. Onde está o espírito? Uma coordenação de perspectivas construtivistas socioculturais e cognitivas. In: FOSNOT, C. T. (Ed.). Construtivismo e educação. Teoria, perspectivas e prática. Lisboa: Instituto Piaget, 1996. p. 59-82. (Horizontes pedagógicos, 58).

COGNITION AND TECHNOLOGY GROUP AT VANDERBILT UNIVERSITY. Some thoughts about constructivism and instructional design. In: DUFFY, T.; JONASSEN, D. (Ed.). Constructivism and the technology of instruction. Hillsdale, NY: Erlbaum, 1992. p. 115-120.

CONFREY, J. How compatible are radical constructivism, sociocultural approaches, and social constructivism? In: STEFFE, L. P.; GALE, J. (Ed.). Constructivism in education. New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, 1995. p. 185-225.

DI VESTA, F. J. The cognitive movement and education. In: GLOVER, J. A.; RONNING, R. R. (Ed.). Historical foundations of educational psychology. New York: Plenum Press, 1987. p. 203-233.

DUFFY, T. M.; JONASSEN, D. H. Constructivism: new implications for instructional technology. In: DUFFY, T. M.; JONASSEN, D. H. (Ed.). Constructivism and the technology of instruction. Hillsdale, NY: Erlbaum, 1992. p. 1-16.

DUIT, R. The constructivist view: a fashionable and fruitful paradigm for science education research and practice. In: STEFFE, L. P.; GALE, J. (Ed.). Constructivism in education. New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, 1995. p. 271-285.

ELIAS, J. L.; MERRIAM, S. Philosophical foundations of adult education. Malabar, FL: Krieger Publishing Company, 1984.

ELIAS, J. L.; MERRIAM, S. Philosophical foundations of adult education. 2. ed. Malabar, FL: Krieger Publishing Company, 1995.

ERNEST, P. The one and the many. In: STEFFE, L. P.; GALE, J. (Ed.). Constructivism in education. New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, 1995. p. 459-486.

FESTAS, M. I. F. Psicopedagogia das aprendizagens escolares. Coimbra: Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, 1998. (Relatório de concurso para professor associado, não publicado).

FIGUEIRA, A. P. C. C. F. Das epistemologias pessoais à epistemologia das práticas educativas – estudo numa amostra de professores dos 3o ciclo e do ensino secundário, das disciplinas de Português, Matemática e Língua Estrangeira, do C. de Coimbra. 2001.Tese (Doutorado) – Universidade de Coimbra, Coimbra, 2001.

FIGUEIRA, A. P. M. C. C. Em torno do rendimento escolar. 1994. Dissertação (Mestrado em Psicologia) –Universidade de Coimbra, Coimbra, 1994.

FIGUEIRA, A. P. M. C. C. As orientações metodológicas dos professores: relação entre as dimensões da prática e a percepção dos resultados. Psicologia: Teoria e Prática, v. 9, n. 2, p. 47-72, 2007.

FOSNOT, C. T. Construtivismo: uma teoria psicológica da aprendizagem. In: FOSNOT, C. T. (Ed.). Construtivismo e educação. Teoria, perspectivas e prática. Lisboa: Instituto Piaget, 1996a. p. 23-58. (Horizontes pedagógicos, 58).

FOSNOT, C. T. Os professores constroem o construtivismo: o centro para o ensino construtivista/projecto de formação de professores. In: FOSNOT, C. T. (Ed.). Construtivismo e educação. Teoria, perspectivas e prática. Lisboa: Instituto Piaget, 1996b. p. 293-313. (Horizontes pedagógicos, 58).

FULLAT, O. Filosofias de la education. Barcelona: Ceac, 1983.

FULLAT, O. Filosofias de la education. Barcelona: CEAC, 1992.

GASPAR, M. F. (Re)conciliar o (irre)conciliável? As orientações curriculares para a educação pré-escolar e a teoria de Vygotsky. In: NÚCLEO DE ANÁLISE E INTERVENÇÃO EDUCACIONAL DA FPCEUC. (Ed.). Ensaios em homenagem a Joaquim Ferreira Gomes. Coimbra: Livraria Minerva, 1998. p. 349-357.

GERGEN, K. J. The social constructionist movement in modern psychology. American Psychologist, v. 40, p. 266-275, 1985.

GERGEN, K. J. Social construction and the educational process. In: STEFFE, L. P.; GALE, J. (Ed.). Constructivism in education. New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, 1995. p. 17-39.

GLASERSFELD, E. von. Construtivisno radical. Uma forma de conhecer e aprender. Lisboa: Instituto Piaget, 1995a. (Colecção Epigénese e Desenvolvimento).

GLASERSFELD, E. von. Radical constructivism: a way of knowing and learning. London: The Falmer Press, 1995b.

GLASERSFELD, E. von. A constructivist approach to teaching. In: STEFFE, L. P.; GALE, J. (Ed.). Constructivism in education. New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, 1995c. p. 3-15.

JONASSEN, D. H. Objectivism vs. constructivism: do we need a new philosophical paradigm? Educational Technology, v. 31, n. 9, p. 5-14, 1991.

JOYCE, B.; WEIL, M. Models of teaching. 2. ed. Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall, 1980.

JOYCE, B.; WEIL, M. Models of teaching. 3. ed. Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall, 1986.

JOYCE-MONIZ, L. Preferências metodológicas de candidatos a professores do ensino básico. Dramatização videográfica de processos positivistas, fenomenológicos e construtivistas, e dialéctica de significações do ensino em professores, e candidatos a professores, do ensino básico. Lisboa: Instituto de Inovação Educacional, 1989. (Relatório do Projecto n. 15/89 do IIE, não publicado).

KONOLD, C. Social and Cultural dimensions of knowledge and classroom teaching. In: STEFFE, L. P.; GALE, J. (Ed.). Constructivism in education. New Jersey: Lawrence Erl-baum Associates, 1995.

LEFRANCOIS, G. Psychology for teaching.6. ed. Belmont, CA: Wadsworth Publishing, 1988.

MARSHALL, H. H. Implications of differentiating and understanding constructivist approaches. Educational Psychologist, v. 31, n. 3/4, p. 235-240, 1996.

PHILLIPS, D. C. Positivism, antipositivism, and empirism. In: SAHA, L. J. (Ed.). International encyclopedia of the sociology of education. New York: John Wiley & Sons, 1997. p. 84-87.

PRAWAT, R. S. Constructivisms, modern and posmodern. Educational Psychologist, v. 31, n. 3/4, p. 215-225, 1996.

PRAWAT, R. S.; FLODEN, R. E. Philosophical perspectives on Constructivist views of Learning. Educational Psychologist, v. 29, n. 1, p. 37-48, 1994.

RAPOSO, N. A. V. Implicações pedagógicas da teoria de Jean Piaget. Revista Portuguesa de Pedagogia, v. 14, p. 117-158, 1980.

RAPOSO, N. A. V. Estudos de psicopedagogia. 2. ed. Coimbra: Coimbra Editora, 1995.

REYNOLDS, R. E.; SINATRA, G. M.; JETTON, T. L. Views of knowledge acquisition and representation. A continuum from experience centered to mind centered. Educational Psychologist, v. 31, n. 2, p. 93-104, 1996.

RICHARDS, J. Construct[ion/iv]ism: pick one of the above. In: STEFFE, L. P.; GALE, J. (Ed.). Constructivism in education. New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, 1995. p. 57-63.

ROJAS, G. H. Paradigmas en psicología de la educación. México: Editorial Paidós,1998.

SHERMIS, S. S. Philosophical foundations of education. New York: Van Nostrand Rei-nhold, 1967.

SHOTTER, J. In dialogue: social constructionism and radical constructivism. In: Steffe, L. P.; Gale, J. (Ed.). Constructivism in education. New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, 1995.

SHUELL, T. Cognitive conceptions of learning. Review of Educational Research, v. 56, n. 4, p. 411-436, 1986.

STEFFE, L. P. Alternative epistemologies: an educator’s perspective. In: STEFFE, L. P.; GALE, J. (Ed.). Constructivism in education. New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, 1995.

STEFFE, L. P.; GALE, J. (Ed.). Constructivism in education. New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, 1995.

STRAUSS, S. Theories of learning and development for academics and educators. Educational Psychologist, v. 28, n. 3, p. 191-203, 1993.

THINES, G.; LEUFEREUR, A. (Dir.). Dicionário geral das ciências humanas. Lisboa: Edições 70, [s. d.].

WERTSCH, J.; TOMA, C. Discourse and learning in the classroom: a sociocultural approach. In: STEFFE, L. P.; GALE, J. (Ed.). Constructivism in education.New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, 1995.

WOOD, T. From alternative epistemologies to practice in education: rethinking what it means to teach and learn. In: STEFFE, L. P.; GALE, J. (Ed.). Constructivism in education.New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, 1995. p. 331-339.