Habilidades de Nomeação Infantil e a Qualidade dos Ambientes

Conteúdo do artigo principal

Elson Ferreira Costa
Lilia Iêda Chaves Cavalcante
Dalízia Amaral Cruz
Giana Bitencourt Frizzo
Mário Diego Rocha Valente

Resumo

Objetivou-se relacionar a qualidade dos ambientes familiar, escolar e de vizinhança às habilidades de nomeação de crianças na educação infantil. Participaram 64 crianças de 24 a 60 meses de idade e um familiar de cada uma. Foi aplicado o Teste Infantil de Nomeação, e para mensurar a qualidade dos ambientes aplicou-se o Índice de Pobreza da Família, o Inventário de Recursos do Ambiente Familiar, o Instrumento de Qualidade da Vizinhança e a Escala ECERS-R para o ambiente escolar. Foi identificado que 45,3% das crianças obteve escore alto no Teste de Nomeação Infantil. Deste modo, a relação entre as variáveis apontou que a renda e a escolaridade dos familiares, assim como, as atividades conjuntas entre adultos e crianças foram os fatores mais associados ao desfecho da linguagem, o que realça a importância de monitorar as habilidades de nomeação e os fatores de qualidade dos ambientes.

Downloads

Detalhes do artigo

Seção
Desenvolvimento Humano
Crossref
0
Scopus
0

Referências

Alves, J. M. M., Carvalho, A. de J. A., Pereira, S. C., Escarce, A. G., Goulart, L. M. H., & Lemos, S. M. A. (2017). Association between language development and school environment in chil-dren of early childhood education. Distúrbios da Comunicação Humana, 29(2), 342–353.

Barros, R. P., Carvalho, M., & Franco, S. (2006). Pobreza multidimensional no Brasil. Rio de Janei-ro: IPEA.

Bronfenbrenner, U. (2011). Bioecologia do desenvolvimento humano: tornando os seres humanos mais humanos. (Carvalho-Barreto, A. Trad.). Porto Alegre: Artmed.

Campos, M. M., Esposito, Y. L., Bhering, E. B., Gimenes, N., & Abuchaim, B. (2011). A qualidade da educação infantil: um estudo em seis capitais Brasileiras. Cadernos de Pesquisa, 41(142), 20-54. https://doi.org/10.1590/S0100-15742011000100003

Cohen-Mimran, R., Reznik-Nevet, L., & Korona-Gaon, S. (2016). An Activity-Based Language Intervention Program for Kindergarten Children: A Retrospective Evaluation. Early Child-hood Education Journal, 44(1), 69–78. https://doi.org/10.1007/s10643-014-0676-z

Costa, E. F., Cavalcante, L. I. C., & Dell'Aglio, D. D. (2015). Perfil do desenvolvimento da lingua-gem de crianças no município de Belém, segundo o Teste de Triagem de Denver II. Revista CEFAC, 17(4), 1090-1102. https://doi.org/10.1590/1982-0216201517418514

Greenwood, C. R., Carta, J. J., Walker, D., Watson-Thompson, J., Gilkerson, J., Larson, A. L., &Schnitz, A. (2017). Conceptualizing a Public Health Prevention Intervention for Bridging the 30 Million Word Gap. Clinical Child and Family Psychology Review, 20(1), 3–24. https://doi.org/10.1007/s10567-017-0223-8

Harms, T., Clifford, R. M., & Cryer, D. (1998). Early Childhood Environment Rating Scale Revised Edition. New York: Teachers College Press.

Horst, J. S., & Torkildsen, J. V. K. (2019). International Handbook of Language Acquisition (Routledge International Handbooks). New York: Routledge.

Hart, B., & Risley, T. R. (2003). The early catastrophe: The 30-million-word gap by age 3. American Educator, 1–9.

Law, J., Rush, R., King, T., Westrupp, E., & Reilly, S. (2018). Early home activities and oral lan-guage skills in middle childhood: a quantile analysis. Child Development, 89(1), 295-309. https://doi.org/10.1111/cdev.12727

Marturano, E. M. (1999). Recursos do ambiente familiar e dificuldades de aprendizagem na escola. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 15(2) 135-142. https://doi.org/10.1590/S0102-37721999000200006.

Mayer, D., & Beckh, K. (2016). Examining the validity of the ECERS-R: Results from the German National Study of Child Care in Early Childhood. Early Childhood Research Quarterly, 36, 415–426. https://doi.org/10.1016/j.ecresq.2016.01.001

Morais, R. L. S. (2013). Desenvolvimento cognitivo e motor de crianças nos primeiros anos de vida e qualidade do contexto ambiental: Um estudo relacional. (Tese de Doutorado). Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Medicina da Universidade federal de Minas Gerais, Belo Hori-zonte.

Pianta, R., Downer, J., & Hamre, B. (2016). Quality in early education classrooms: definitions, gaps, and systems. The Future of Children, 26(2), 119-137.

Prado, E. L., Abbeddou, S., Adu‐Afarwuah, S., Arimond, M., Ashorn, P., Ashorn, U., … Dewey, K. G. (2017). Predictors and pathways of language and motor development in four prospec-tive cohorts of young children in Ghana, Malawi, and Burkina Faso. Journal of Child Psy-chology and Psychiatry, and Allied Disciplines, 58(11), 1264–1275. https://doi.org/10.1111/jcpp.12751

Rindermann, H., & Baumeister, A. E. E. (2015). Parents’ SES vs. parental educational behavior and children’s development: A reanalysis of the Hart and Risley study. Learning and Individual Differences, 37, 133–138. https://doi.org/10.1016/j.lindif.2014.12.005

Seabra, A. G., Montiel, J. M., Capovilla, A. G. S., & Macedo, E. M. (2012). Teste Infantil de No-meação. In A. G. Seabra & N. M. Dias (Eds.). Avaliação Neuropsicológica Cognitiva: Lin-guagem Oral. São Paulo: Memnon.

Tamis‐LeMonda, C. S., Custode, S., Kuchirko, Y., Escobar, K., & Lo, T. (2018). Routine Lan-guage: Speech Directed to Infants During Home Activities. Child Development, 1-18. https://doi.org/10.1111/cdev.13089

Vernon-Feagans, L., Garrett-Peters, P., Willoughby, M., Mills-Koonce, R., Cox, M., Blair, C., … Willoughby, M. (2012). Chaos, poverty, and parenting: Predictors of early language develop-ment. Early Childhood Research Quarterly, 27(3), 339–351. https://doi.org/10.1016/j.ecresq.2011.11.001