A Psicanálise Interessa ao Estudo da Cognição?

Conteúdo do artigo principal

Carla Laino Cândido

Resumo

A partir de Freud o corpo assume uma nova configuração e a sexualidade instala um promissor campo teórico de indagação sobre o cérebro. Articulado com a teoria dos sistemas que se auto-organizam, o conceito freudiano de pulsão se constitui numa ferramenta conceitual com poder de auxiliar a Ciência Cognitiva nas pesquisas sobre mente humana e cognição. Neste artigo, focamos quais são as contribuições do conhecimento psicanalítico e identificamos os pontos críticos, limites e possibilidades de uma futura interdisciplinariedade no campo da filosofia da mente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Seção
Artigos

Referências

BEER, R. A dynamical systems perspective on agent-environment interaction. Artificial intelligence, v.72, p.173-215, 1995.

BEIVIDAS, W. Do sentido ao corpo: semiótica e metapsicologia. In: SILVA, I.A. (Org). Corpo e sentido: a escuta do sensível .São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 1996, p 119-134

BEZERRA J. R. Subjetividade moderna e o campo da psicanálise. In: BIRMAN, J. (Org.). Freud 50 anos depois. RJ: Relume Dumará, 1989, p 219-240.

BIRMAN, J. Freud 50 anos depois . RJ: Relume Dumará,1989.

BLEICHMAR, A. S. Nas origens do sujeito psíquico. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.

BROOK, A. Neuroscience versus Psychology in Freud. In: BROOK, A. (Org.) Neuroscience of the mind on the centennial of Freud’s Project for a scientific psychology. New York: New York Academy of Sciences, 1998, p. 66-77.

CÂNDIDO, C. Consciência: um artifício evolutivo? In: GONZALES; DEL MASSO; PIQUEIRA (Org.). Encontro com as ciências cognitivas. Unesp: FFCL/Marília, 2001, v.3, p 79-95.

CÂNDIDO, C.; PIQUEIRA, J. R. Auto-organização psíquica. Psicologia: reflexão e crítica, v.15, no. 3., 2002.

CÂNDIDO, C. Freud: um monista mentalista?. Psicologia teoria e pesquisa, v.19, n.2, p. 127-133, 2003.

COELHO, L. M. S. Afinal, o que é cognitivismo? Revista Imaginário, v.1, p. 41-72, 1993.

COELHO, J. R. Corpo construído, corpo desejante, corpo vivo. In: LIMA,E.; KNOBLOCH,F. (Org.). Cadernos de subjetividade. São Paulo: Editora da PUC/ Núcleo de estudos e pesquisas da subjetividade, 1997, p 309-328.

DAMÁSIO, A. O mistério da consciência. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

DEBRUN, M. Auto-organização e ciências cognitivas. In: Gonzales, M. (Org.). Encontro com as ciências cognitivas. Marília: Faculdade de Filosofia e Ciências, 1997, p. 27-44.

DEJOURS, C. O corpo entre a biologia e a psicanálise. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

FREUD, S. (1895). Projeto para uma psicologia científica. Tradução sob a direção de Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1969. Edição Standart Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, v.1.

FREUD, S. (1920). Além do princípio do prazer. Tradução sob a direção de Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1969. Edição Standart Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, v.23.

GARCIA-ROZA, L. A. Introdução à metapsicologia freudiana III. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1995.

GIL, J. Metamorfoses do corpo. Lisboa: Ed. Relógio D’ água,1997.

GOMES, G. Os Dois Conceitos Freudianos de Trieb. Psicologia Teoria e Pesquisa, v.17, no. 3, p. 20-35, 2001.

IMBASCIATI, A. Afeto e representação: para uma psicanálise dos processos cognitivos. SP: Editora 34, 1998.

JOHNSON, M.; REEDER, J. Counsciousness as meta-processing. In: COHEN, J. D.; KANDEL, E.; SCHWARTZ, J.; JESSEL, T. Fundamentos da neurociência e do comportamento. Rio de Janeiro: Prentice Hall do Brasil, 1997.

LACAN, J. Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise. RJ: Jorge Zaar Ed.,1987, v.11.

LAPLANCHE, J. O inconsciente e o id. São Paulo: Martins Fontes.1992.

LEAL, C. Complexidade: um conceito que aproxima a psicanálise da ciência? (ou vice-versa?). Revista Brasileira de Psicanálise, v.32, no. 1, p.37-45, 1998.

LO BIANCO, A. C. Corpo e construção em Psicanálise. In: SILVA, I.A. (Org). Corpo e sentido: a escuta do sensível. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista.1996, p135-144.

MATURANA,H.; VARELLA, M. A árvore do conhecimento: as bases biológicas do entendimento humano. Campinas: Editorial Psy II,1987.

MERLEAU-PONTY, M. Fenomenologia da percepção. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

MORIN, E. O problema epistemológico da complexidade. Lisboa: Biblioteca Universitária, Publicações Europa-América. 1990

NAJMANOVICH, D. (1997). O sujeito encarnado: limites, devir e incompletude. In: OLIEVENSTEIN, C. O não dito das emoções. Rio de Janeiro: Jorge Zaar ,1989.

PUTNAM, H. Renewing philosophy. Mass, Cambridge: Harvard University Press, 1998.

ROUDINESCO, E. Por que a psicanálise?. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2000.

SEARLE, J. (1995). The rediscovery of the mind. Cambridge, Mass: MIT Press, 1995.

SPINK, M. J. P. 1996. Representações sociais: questionando o estado da arte. Psicologia e sociedade, v. 8, p.166-186, 1996.

TUCKER, D. & LUU, P. Cathexis Revisited: cortolimbic resonance and the adaptative control of memory. In: BROOK, A. (Org.) Neuroscience of the mind on the centennial of Freud’s Project for a scientific psychology. New York: New York Academy of Sciences, 1998, P.134-139.

VARELLA, F., THOMPSON, E., ROSH, E. The emodied mind: cognitive science and human experience. Cambridge, Mass: MIT Press, 1993.

WINE, N. Pulsão e o inconsciente: a sublimação e o advento do sujeito. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.,1992.

ZIGMOND, M. J. Fundamental Neuroscience. San Diego: Academic Press, 1999.