Trilogia da fuga

a morte nas obras de Antônio Torres

Autores/as

  • Clélia Gomes dos Santos Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
  • Ricardo Martins Valle Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Palabras clave:

Migração, Suicídio, Ficção contemporânea

Resumen

Este ensaio tem como foco a morte, considerando esta como resultado de um malfadado processo migratório nas obras literárias contemporâneas Essa terra, O cachorro e o lobo e Pelo fundo da agulha, do escritor Antônio Torres, romances em que o autor propõe uma reflexão sobre a migração nordestina. A nossa hipótese é a de que Torres, ao evidenciar algumas das condições desse cenário, cria personagens confusas diante das adversidades das idas e vindas que, ao não saberem lidar com estas, buscam diferentes saídas, sendo a morte uma delas. Assim, com base em estudiosos da temática, este texto analisa a morte como uma das diversas formas de fuga de realidades dentro das obras literárias citadas.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Clélia Gomes dos Santos, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Mestranda do Programa de Pós- Graduação em Letras: Cultura, Educação e Linguagem, pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Graduada em Letras Português/Inglês e Literaturas pela Universidade do Estado da Bahia (2005). É especialista em Letras, Português e Literaturas pela FIJ e em Práticas Docentes Interdisciplinares pela UNEB.

Ricardo Martins Valle, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Graduado em Letras Alemão/Português pela Universidade de São Paulo - USP, Mestrado e Doutorado em Literatura Brasileira também pela USP. É professor na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB, Vitória da Conquista, atuando nos cursos de Graduação e Pós-Graduação - PPGCEL.

Citas

ALVAREZ, A. O deus selvagem: um estudo do suicídio. Tradução S. Moreira. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.

AMADO, J. Seara vermelha. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

ANDRÉ, W. Literatura e suicídio: alguns operadores de leitura. Acta Scientiarum. Language and Culture, v. 40, n. 2, 2018.

ARAÚJO, R. M. S. Um grito de desespero: diálogos para uma filosofia da morte em Ivan Junqueira e Emil Cioran Rodrigo Michell dos Santos Araujo. Estação Literária, v. 9, p. 81-94, jun. 2012. Disponível em: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/estacaoliteraria/article/view/25685. Acesso em: 21 nov. 2019.

ASSIS, M. de. Memórias póstumas de Brás Cubas. Porto Alegre: L&PM, 2011.

ASSIS, M. de. A desejada das gentes. Belém: UNAMA: Núcleo de Educação à Distância, [2019]. Disponível em: http://dominiopublico.mec.gov.br/download/texto/ua000183.pdf Acesso em: 27 ago. 2019.

BANDEIRA, M. Consoada. In: BANDEIRA, M. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguillar, 1977.

BAUMAN, Z. Identidade. Tradução Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005.

BAUMAN, Z. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.

BHABHA, H. K. O local da cultura. Tradução Myriam et al. Belo Horizonte: UFMG, 1998.

BLANCHOT, M. A parte do fogo. Rio de Janeiro: Rocco, 1997.

BELLE, E. A discursividade contemporânea sobre a morte. 2007. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2007.

BOURDIEU, P. As regras da arte: gênese e estrutura do campo literário. Rio de Janeiro: Companhia das Letras, 1996.

CAMUS, A. O primeiro homem. Tradução Teresa Bulhões Carvalho da Fonseca e Maria Luiza Newlands Silveira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005.

CHEVALIER, J.; GHEERBRANT, A. Diccionario de los símbolos. Barcelona: Editorial Herder, 1986.

ELIAS, N. O processo civilizador: uma história dos costumes. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1994.

GOETHE, J. W. Os sofrimentos do Jovem Werther. Tradução, organização, prefácio, comentários e notas de Marcelo Backes. São Paulo: Mediafashion, 2016.

HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. 7. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

LISPECTOR, C. A hora da estrela. 23. edição. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1995.

MELO NETO, J. C. Morte e vida severina e outros poemas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007.

MONTAIGNE, M. de. Os ensaios: uma seleção. Tradução Rosa Freire d’Aguiar. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

PESAVENTO, S. J. História e história cultural. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.

ROMERO, C. S.; FERNANDES, L. S. Três faces da morte: análises comparadas de poemas dos períodos Barroco, Romântico e Moderno. Trama, v. 8, n. 15, p. 67-80, jan./jun 2012.

SCHOPENHAUER, A. O mundo como vontade e como representação. Tradução Jair Barboza. São Paulo: Editora Unesp, 2005.

SILVESTRE, E. Literatura. Globonews, 2001. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=fCIycC_1SMU. Acesso em: 23 ago. 2019.

THOMAS, L.-V. Antropología de la muerte. México: Fondo de Cultura Económica, 1983.

TORRES, A. Pelo fundo da agulha. Rio de Janeiro: Record, 2014.

TORRES, A. O cachorro e o lobo. 2. ed. Rio de Janeiro: Record, 2015.

TORRES, A. Essa terra. 15. ed. Rio de Janeiro: Record, 2018.

Publicado

2019-12-19

Cómo citar

dos Santos, C. G., & Valle, R. M. (2019). Trilogia da fuga: a morte nas obras de Antônio Torres. Cadernos De Pós-Graduação Em Letras, 19(3), 190–207. Recuperado a partir de http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/cpgl/article/view/12734