Vulnerabilidade Social e Saúde Mental de Crianças e Jovens
relato de dois estudos longitudinais brasileiros
Palavras-chave:
saúde mental, infância, adolescência, vulnerabilidade social, projetos sociaisResumo
Crianças e jovens que vivem experiências de vulnerabilidade social, tais como residir em comunidades violentas, ter escassez de recursos financeiros, passar por situações estressantes de vida e sofrer violência na comunidade ou intrafamiliar, têm grandes chances de desenvolver problemas de saúde mental. Em face dessa situação, que alcança grande parte das famílias brasileiras, políticas públicas focadas na diminuição da pobreza, como o Programa Bolsa Família, têm sido implementadas. O objetivo deste artigo é descrever dois projetos de pesquisa voltados a avaliar fatores que podem reduzir a associação entre vulnerabilidade social e problemas de saúde mental na infância e adolescência: “Violence and child rights in Brazil: can the cycle of violence be broken?” e “Poverty reduction, mental health and the chances of young people: understanding mechanisms through analyses from 6 low- and middle-income countries” – CHANCES-6. A apresentação desses projetos serve para ilustrar o alcance de pesquisas epidemiológicas desenvolvidas no Brasil, assim como para conhecer o que está sendo abordado na área da saúde mental infantojuvenil em contextos de vulnerabilidade social, e como estão sendo conduzidas essas discussões. De forma geral, os estudos têm demonstrado altas taxas de problemas de saúde mental e de diferentes tipos de violência na infância e adolescência, revelando fatores relacionados a esse complexo cenário. Além disso, apontam a importância de integrar componentes de saúde mental aos programas de proteção social voltados aos jovens de países em desenvolvimento. Destaca-se a necessidade de gerar evidência científica sobre a eficácia das políticas públicas voltadas ao público infantojuvenil em vulnerabilidade social visando reduzir problemas de saúde mental e violência.
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