Cadernos de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/cpgdd <p>Os <strong>Cadernos de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento</strong> do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Presbiteriana Mackenzie configuram-se em um veículo de difusão científica que tem como objetivo publicar trabalhos inéditos com caráter interdisciplinar. São aceitos artigos originais baseados em dados empíricos, artigos de revisão com análises críticas de temas atuais, artigos de revisão sistemática, artigos de casos clínicos, relatos de experiência, cartas ao editor e resenhas de livros.</p> Profª Drª Roberta M Cysneiros pt-BR Cadernos de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento 1519-0307 Uso de mídias eletrônicas e problemas emocionais/comportamentais entre crianças brasileiras durante a pandemia de Covid-19 http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/cpgdd/article/view/16550 <p>Para reduzir a propagação do novo coronavírus, medidas de isolamento/ distanciamento social foram adotadas, como fechamento de escolas e adoção de ensino remoto. Nesse cenário, houve consequências à rotina das crianças, como o aumento no tempo de tela e exposição a mídias eletrônicas (ME). Objetivou-se verificar se a exposição a diferentes ME alteraria as chances de problemas emocionais/comportamentais clínicos entre crianças (7-11 anos) durante a pandemia de Covid-19, na perspectiva dos responsáveis. Totalizaram-se 277 respondentes, que preencheram de forma on-line a Ficha de Dados Sociodemográficos, o Formulário dos Pais sobre Uso de Aparelhos Eletrônicos (Media Activity Form – Parent Report – MAF-P) e o Inventário dos Comportamentos de Crianças e Adolescentes (Child Behavior Checklist – CBCL/6-18), entre 10 de junho e 10 de agosto de 2020. Realizaram-se regressões logísticas multivariadas, tendo como desfecho cada escala de problemas emocionais/comportamentais do CBCL/6-18, e como preditor utilizou-se o total de horas em cada ME. Maior tempo em redes sociais, criando conteúdo on-line, em aplicativos de comunicação por texto e ligações, e para fins escolares aumentou as chances em pontuações clínicas em problemas somáticos e de conduta. Já maior tempo visualizando vídeos em canais de comunicação e acessando sites de diversão/ informação diminuiu as chances de pontuações clínicas em problemas comportamentais/emocionais. Deve-se pensar se o pós-pandemia e o retorno presencial às atividades modificarão as relações entre o tempo de uso e as chances de problemas em nível clínico. Além disso, deve-se pensar em como se dá o uso de ME por crianças, suas funções e o conteúdo utilizado, a fim de elaborar estratégias para o uso nessa faixa etária e manejo parental para tal exposição.</p> Natália Sant'Anna da Silva Livia Branco Campos Beatriz Trevisan Salvi Beatriz Cavalcanti Guedes Marina Monzanni da Rocha Luiz Renato Rodrigues Carreiro Copyright (c) 2024 Cadernos de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-09-25 2024-09-25 24 1 10 26 O impacto da funcionalidade e participação social de crianças com paralisia cerebral na qualidade de vida dos pais http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/cpgdd/article/view/16105 <p>Os distúrbios motores da paralisia cerebral (PC) são alterações que causam limitações na funcionalidade e impacto nas atividades, intensificando a dependência do cuidador e alteração da dinâmica familiar. O objetivo da pesquisa foi analisar a relação entre a função motora, o nível socioeconômico e a participação social de crianças com PC; e a qualidade de vida de seus pais ou responsáveis. Foram avaliados pais de crianças com diagnóstico de PC entre 3 e 14 anos, sobre: o nível socioeconômico; sua qualidade de vida (por meio do questionário WHOQOL-Bref); a funcionalidade global, por meio do Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade (PEDI, na sigla em inglês); e a participação social de seus filhos, por meio da escala Life H. Participaram 13 pais de crianças com PC, com média de idades de 7,92 (± 2,90). O GMFCS variou de I a V, com predomínio do nível III (38,5%). Obteve-se correlação positiva entre domínio Psicológico da WHOQOL com 81% dos domínios de participação social, além da relação entre os domínios de Autocuidado e Função Social com a qualidade de vida. Já correlações negativas foram encontradas entre o GMFCS e a participação social. Não houve correlação entre função motora ou renda com a qualidade de vida dos cuidadores. Concluiu-se que maiores índices de participação social da criança com PC contribuem para a saúde psicológica e a qualidade de vida dos pais. Quanto maior a necessidade de assistência do cuidador, menor a interação com o meio social.</p> Jhúlia Jorge Pereira Janice Maria Ortiz Marilia Rezende Callegari Copyright (c) 2024 Cadernos de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-09-25 2024-09-25 24 1 27 49 Educação inclusiva e deficiência intelectual no Brasil: revisão integrativa de literatura http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/cpgdd/article/view/16058 <p>A temática das práticas pedagógicas inclusivas direcionada ao público da deficiência intelectual (DI) desperta o interesse de muitos pesquisadores, pois, se bem estabelecida, tem possibilidade de contribuir para a inclusão no âmbito escolar. Contudo, cabe a pergunta: “Quais aspectos da prática pedagógica têm sido mais estudados no processo de inclusão de alunos com DI, bem como quais são os principais achados dos estudos desenvolvidos?”. O objetivo deste estudo foi analisar a produção de conhecimento em teses e dissertações sobre as práticas educativas sob a perspectiva da inclusão de estudantes com DI no ensino regular. O levantamento resultou em 70 estudos que foram analisados sob o ponto de vista metodológico e temático entre os anos de 2000 e 2022. Obteve-se a categorização de elementos por meio de pré-análise e exploração dos resultados. Concluiu-se que os estudos sobre as práticas pedagógicas na perspectiva da inclusão têm se baseado predominantemente em abordagens qualitativas, muito concentrados na Região Sudeste. Além disso, sugere-se a necessidade de rever metodologias de ensino e avaliação, e investir em propostas de formação docente e de aproximação entre os diferentes atores da inclusão. Enfim, envolve repensar o processo de inclusão norteado por concepções sistêmicas e de complexidade.</p> Gabriel Macedo Priscila de Lima Leite Roberto Gimenez Copyright (c) 2024 Cadernos de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-09-25 2024-09-25 24 1 50 93 Tradução e equivalência semântica da versão brasileira do instrumento Autism-Specific Quality of Life Items (ASQoL) http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/cpgdd/article/view/16689 <p>O Autism-Specific Quality of Life Items (ASQoL) é um questionário britânico específico para avaliar a qualidade de vida de adultos autistas. O objetivo deste estudo foi obter a versão brasileira do instrumento ASQoL, com equivalência semântica ao instrumento original. A metodologia incluiu seis etapas: (1) tradução do ASQoL para o português, com dois tradutores; (2) pré-teste dos questionários traduzidos; (3) unificação do questionário; (4) retrotradução; (5) revisão de traduções e retrotraduções; (6) produção de um questionário final. Todas as etapas para obtenção da versão final do ASQoL foram realizadas com o consentimento dos autores do questionário original. Os entrevistados, adultos autistas, foram recrutados por meio de grupos <em>on-line</em> usando plataformas de mídia social. No total, 30 respondentes participaram do pré-teste, no qual as duas traduções foram testadas. As duas versões traduzidas foram muito semelhantes e, após o término de todas as etapas, obteve-se uma versão final do ASQoL. Conclui-se, portanto, que o instrumento ASQoL mostrou-se compreensível e de fácil aplicação no pré-teste, e que apresenta equivalência conceitual, semântica, cultural e operacional em relação aos itens originais, porém as propriedades psicométricas precisam ser avaliadas na população brasileira.</p> Viviane Andrade Cancio de Paula Mariana Olivia Pereira Aboud de Macena Mônica Almeida Tostes Copyright (c) 2024 Cadernos de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-09-25 2024-09-25 24 1 94 119 Avaliação da motricidade fina de crianças com síndrome de Down no manuseio do material LEGO® education. http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/cpgdd/article/view/16671 <p><strong>Introdução</strong>: A Síndrome de Down (SD), descrita pela primeira vez em 1866 por John Langdon Down, conhecida também como trissomia do cromossomo 21, possui algumas particularidades específicas como atrasos no desenvolvimento motor e diminuição do tônus muscular. Entre as características da SD, destaca-se no presente estudo a função manual e as habilidades para manuseio dos blocos do LEGO, que envolvem a coordenação motora fina, a força de preensão e a precisão para os encaixes. <strong>Objetivo:</strong> Investigar e descrever as características da motricidade fina e força de preensão de crianças com SD para o manuseio do material LEGO e o interesse dos participantes para execução das tarefas propostas. <strong>Método:</strong> O estudo foi de caráter descritivo, comparativo e transversal. Participaram 19 crianças entre 6 e 12 anos, sendo 09 com SD e 10 sem a síndrome. A avaliação das pinças manuais (pinça trípode, pinça digital, pinça pluri digital, pinça de preensão palmar ou força) ocorreu de maneira presencial, com a realização de filmagens autorizadas pelos responsáveis. Aspectos de interesse e atenção durante as atividades foram analisados também. <strong>Resultados:</strong> Os modelos de pinças utilizadas pelos grupos foram os mesmos. Foram observadas algumas dificuldades do GSD nos encaixes, envolvendo a força de preensão, a coordenação viso-motora e a atenção. <strong>Conclusão:</strong> Os dados reforçam a presença de dificuldades específicas para a criança com SD e a necessidade estudos que identifiquem variáveis que podem se configurar como facilitadoras para o manuseio do material, como a identificação das cores, a coordenação visomotora, a atenção, a comunicação e a construção de um repertório sobre as possíveis construções com o LEGO, a fim fundamentar o planejamento terapêutico com o uso desse material e promover o desenvolvimento motor fino, a comunicação e as interações sociais, como recomenda a literatura.</p> Paloma dos Santos Cibelle Albuquerque de La Higuera Amato Natália Regina Kintschner Silvana Maria Blascovi-Assis Copyright (c) 2024 Cadernos de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-09-25 2024-09-25 24 1 120 133 Editorial - v.24 n.1 http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/cpgdd/article/view/17451 Roberta Monterazzo Cysneiros Copyright (c) 2024 Cadernos de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-09-25 2024-09-25 24 1 8 9