Análise Empírica dos Fatores que Possibilitaram Entradas na Indústria de Cimento Brasileira
Palavras-chave:
Estratégias de entrada. Estratégias das incumbentes. Indústria de cimento. Competição espacial. Concentração.Resumo
A indústria de cimento é um exemplo clássico de uma indústria concentrada-homogênea, onde a entrada é difícil. Ainda assim, ocorreu um aumento no número de entrantes na indústria de cimento brasileira nos últimos anos. O objetivo do presente estudo é identificar os principais fatores que impactaram as decisões de entrada regionais no mercado de cimento brasileiro no período de 2003 à 2012. Outro objetivo é explorar possíveis causas para as firmas incumbentes nestas regiões terem decidido por acomodar estas novas entradas. Outros estudos que analisaram à indústria de cimento (Salvo, 2010; Miller & Osborne, 2014; Zeiden & Resende, 2010,2009; La Cour & Møllgaard, 2003), não focaram nas entradas. O presente estudo adiciona à literatura acadêmica sobre comportamento de firmas brasileiras em estruturas de mercado concentradas ao focar na análise da ocorrência de entradas nestes mercados. Os principais fatores considerados são: consumo, crescimento do consumo, custo de transporte, número de empresas atuantes, número de fábricas, e características regionais, no período entre 2003 e 2012. Um modelo logit é utilizado para estimar o impacto destes fatores nas probabilidades de entrada e de expansão das incumbentes. Uma análise exploratória baseada em discussão de casos também é realizada na tentativa de explicar o comportamento das incumbentes. Os resultados indicam que além das características regionais, um alto nível de consumo corrente, e uma menor concentração de mercado - medida pelo número de firmas atuantes ou número de fábricas existentes por região - são as condições que mais significativamente favorecem a ocorrência de entradas. As decisões de expansão das incumbentes, por outro lado, são mais fortemente correlacionadas com o potencial de crescimento de consumo, permitindo que a entrada ocorra em regiões brasileiras com alto nível de consumo corrente mas baixo potencial de crescimento.
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