Para Além do Olhar Econômico nas Alianças Estratégicas: Implicações Sociológicas do Caso Unihotéis

Autores

  • Fábio Vizeu UNIGRANRIO - Programa de Pós Graduação em Administração
  • Edson Ronaldo Guarido Filho Universidade Positivo - Programa de Mestrado e Doutorado em Administração (PMDA/UP) Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas Sociais (IBEPES)
  • Marcelo Alves Gomes Universidade Positivo - Programa de Mestrado e Doutorado em Administração

Palavras-chave:

alianças estratégicas, análise sociológica, cooperação, ótica econômica, setor hoteleiro.

Resumo

O propósito do presente artigo é discutir o fenômeno das alianças estratégicas à luz da perspectiva sociológica de análise em contraponto com a orientação econômica que privilegia a concepção de ator racional, sob uma lógica utilitarista e contratualista. O trabalho foi construído a partir do estudo do caso da constituição de uma aliança estratégica no setor de hotelaria brasileiro. Entrevistas e dados documentais foram analisados qualitativamente, combinando análise de conteúdo tradicional e história oral. Os resultados apontaram aspectos emergentes de ordem sociológica no estudo de alianças estratégicas, os quais serviram de base para a constituição de quatro proposições analíticas: (A) o processo de constituição de alianças estratégicas é influenciado pela atividade interessada de diferentes atores distribuídos numa arena política, cujas ações são orientadas não apenas por expectativas utilitárias, mas também simbólicas; (B) o esforço de atores incumbentes para justificar e legitimar um projeto de cooperação interorganizacional e para mobilizar outros atores em favor de ideias e interesses que se coadunam a esse projeto influencia o processo de formação de alianças estratégicas; (C) princípios, categorias e entendimentos compartilhados acerca da cooperação interorganizacional, construídos na interação dos atores constituintes com agentes externos, condicionam os arranjos formais e relacionais no processo de formação de alianças estratégicas; (D) a constituição de alianças estratégicas depende do quanto os atores organizacionais interpretam sua adesão como desejável ou obrigatória em um determinado contexto social. Conclui-se em favor da complementaridade entre a perspectiva econômica e o olhar sociológico na análise das alianças estratégicas, reconhecendo a inserção social dos atores econômicos, bem como outras dimensões institucionais do ambiente, o que possibilita um entendimento mais aprofundado sobre alianças estratégicas.

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Biografia do Autor

Fábio Vizeu, UNIGRANRIO - Programa de Pós Graduação em Administração

Doutor em Administração de Empresas pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo, Fundação Getulio Vargas. Professor do Programa de Pós Graduação em Administração da  Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO).

Pesquisa Perspectiva Sociológica da Estratégia; História da Administração; Estudos Organizacionais.

Edson Ronaldo Guarido Filho, Universidade Positivo - Programa de Mestrado e Doutorado em Administração (PMDA/UP) Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas Sociais (IBEPES)

Doutor em Administração pela Universidade Federal do Paraná. Professor do Programa de Mestrado e Doutorado em Administração da Universidade Positivo (PMDA/UP). Pesquisador Associado do Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas Sociais (IBEPES). 

Pesquisa estratégia sob o vés sociológico, a relação entre organizações e ambiente legal; agência, imersão e relacionamentos organizacionais; institucionalização, mídia e discurso.

Marcelo Alves Gomes, Universidade Positivo - Programa de Mestrado e Doutorado em Administração

Mestre em Administração pelo Programa de Mestrado e Doutorado em Administração da Universidade Positivo.Consultor do SEBRAE-PR, Escritório de Foz do Iguaçu. Pesquisa Alianças Estratégicas; Arranjos Produtivos Locais.

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Publicado

2014-05-09

Edição

Seção

Fórum Especial Temático sobre Alianças Estratégicas e Redes de Alianças