Cooperação no APL de Santa Rita do Sapucaí

Autores

  • Ana Rosa de Sousa Faculdade Presbiteriana Gammon FaGammon
  • Mozar José de Brito UFLA
  • Paulo José da Silva
  • Uajará Pessoa Araújo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais.

Palavras-chave:

Cooperação. Confiança. APL. Governança. Santa Rita do Sapucaí.

Resumo

Neste trabalho, apresentam-se os principais resultados de pesquisa na qual se investigaram os constructos explicativos das relações de cooperação entre as empresas integrantes do arranjo produtivo local (APL) localizado na cidade de Santa Rita do Sapucaí, Minas Gerais. Para tanto, recuperaram-se alguns aspectos da gênese, do desenvolvimento e da configuração do referido arranjo. Posteriormente, foi elaborada uma proposta teórico-metodológica que serviu de referência para a produção de explicações sobre relações entre os construtos cooperação, confiança e benefícios, entre outros.  Para testar e validar a referida proposta, foram aplicadas duas técnicas de análise multivariada, a análise fatorial e a regressão polinomial. As análises dos resultados da pesquisa evidenciaram a existência de correlações que indicam percepção positiva dos gestores em relação à governança  promovida no âmbito do arranjo produtivo e aos benefícios advindos da cooperação. Estes últimos são vistos pelos gestores como geradores de algumas vantagens individuais e coletivas para as empresas participantes da pesquisa.  Finalmente, os resultados desta pesquisa contrariam algumas formulações da proposta teórico-metodológica utilizada para explicar as relações de confiança construídas entre as empresas que atuam numa mesma base territorial. Indicam ainda que esse APL exemplificaria bem a importância de dois elementos institucionais: a governança (no caso, Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica – SINDVEL - e poder público local) e a interveniência de entidades educacionais que, além de assegurar a qualificação da mão de obra, assumiram a tarefa de incubar empresas. Não parece inapropriado afirmar que o APL deve a sua criação e, mesmo, seu desenvolvimento à atuação destes entes, conjuminada com a ação de pessoas visionárias, que ocuparam cargos diretivos nessas entidades. Como qualquer outra pesquisa, esta investigação sofreu com limitações. Entre outras, está o corte transversal dos dados: enquanto se admite a importância da dinâmica histórica, apresenta-se uma análise pontual.

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Biografia do Autor

Ana Rosa de Sousa, Faculdade Presbiteriana Gammon FaGammon

Mestre em Administração pela Universidade Federal de Lavras na área de Organizações, Mudanças e Gestão Estratégica (2010) e bacharel em Administração pela Universidade Federal de Lavras (2005). Atuando como docente na instituição privada de ensino superior FaGammon, em Lavras, MG e em tutorias do ensino a distância. Delegada Regional do CRA-MG Lavras. Interesse de pesquisa em: redes organizacionais, arranjos produtivos locais, relações interorganizacionais, relações de cooperação e confiança.

Mozar José de Brito, UFLA

Possui graduação em Administração Rural pela Universidade Federal de Lavras (1988), mestrado em Administração pela Universidade Federal de Lavras (1993) e doutorado em Administração pela Universidade de São Paulo (2000). Atuou como coordenador da câmara SHA da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de Minas Gerais no período de março de 2005 à março de 2008 e do Programa de Pós-graduação em Administração entre Janeiro de 2003 e março de 2007. Foi Pro-Reitor Adjunto de Pós-graduação da Universidade Federal de Lavras entre maio de 2004 e março de 2007. No período de junho de 2008 e junho de 2012 ocupou o cargo de Pró-Reitor de Pós-Graduação da Universidade Federal de Lavras, tendo participado de diversas comissões, conselhos e câmaras de caráter consultivo. Possui experiência de pesquisa, ensino e desenvolvimento na área de Administração, com ênfase em Gestão de Pessoas e Organizações, Administração de Ciência e Tecnologia, atuando principalmente nos seguintes temas: poder, cultura, aprendizagem e relações de trabalho.Foi o primeiro coordenador do mestrado profissional em administração pública oferta pela UFLA e um de seus fundadores. Esta experiência permitiu a obtenção de bolsa de produtividade do CNPQ, sendo enquadrado por aquela agência na categoria 1C.

Paulo José da Silva

Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Minas Gerais (1994), mestrado em Administração pela Universidade Federal de Lavras (2005) e doutorado em Administração pela Universidade Federal de Lavras (2009). Atualmente é professor do Curso de Engenharia Civil do Centro Universitário de Formiga (UNIFOR-MG) e da FUNEDI-UEMG-Divinópolis e engenheiro da EMCONBRÁS - Empresa de Conservação Brasileira Ltda.

Uajará Pessoa Araújo, Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais.

Possui graduação em Engenharia Metalúrgica pela Universidade Federal de Ouro Preto (1983) e em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de São João del-Rei (1994). É Mestre Profissional em Administração pela Universidade Federal da Bahia (2002) e especialista em Gestão Executiva, pela Universidade de São Paulo, onde também conluiu os créditos para o mestrado em engenharia metalúrgica. É doutor em Engenharia de Produção, pela Universidade de São Paulo. É doutor e em Administração, pela Universidade Federal de Lavras. Atualmente é professor adjunto da carreira de magistério superior do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais e pesquisador no grupo PROGEST. Tem experiência acumulada em 20 anos de gestão empresarial, em setores da siderurgia, não-ferrosos, mineração e produtos químicos. Atualmente se interessa em pesquisar o campo científico e tecnológico, trabalhando com redes e capital social e com o aprendizado em rede.

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Publicado

2014-07-17

Edição

Seção

Recursos e Desenvolvimento Empresarial