Uma Análise da Relação Entre Governança Corporativa e Acurácia das Previsões dos Analistas do Mercado Brasileiro

Autores

  • Flávia Zóboli Dalmácio Universidade de São Paulo
  • Alexsandro Broedel Lopes Universidade de São Paulo
  • Alfredo Sarlo Neto Universidade Federal do Espírito Santo
  • Amaury José Rezende Universidade de São Paulo

Palavras-chave:

Governança Corporativa, Acurácia, Previsões, Analistas, Sinalização.

Resumo

O objetivo deste artigo é investigar, sob a perspectiva da Teoria da Sinalização, a influência da adoção de práticas diferenciadas de governança corporativa sobre a acurácia das previsões do consenso dos analistas de investimento do mercado brasileiro. Buscou-se essa relação em virtude da ausência de uma teoria bem desenvolvida a respeito da natureza complexa e multidimensional da governança corporativa. A acurácia das previsões dos analistas foi mensurada a partir de metodologias propostas na literatura nacional e internacional. Como proxy para adoção de práticas diferenciadas de governança corporativa foram utilizados os níveis diferenciados de governança corporativa da Bovespa (Nível 1, Nível 2 e Novo Mercado). A amostra de trabalho da pesquisa foi composta por 105 empresas de capital aberto com ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo e que possuíam cobertura regular dos analistas de mercado, durante o período de 2000 a 2008. Foram consideradas tanto as instituições financeiras quanto as não-financeiras, totalizando 2.352 observações. De acordo com os resultados encontrados, há evidências de que a governança corporativa influencia positivamente a acurácia das previsões dos analistas de investimento. Desse modo, pode-se considerar que a adoção de práticas diferenciadas de governança corporativa representa um sinal positivo, emitido pelas empresas ao mercado de capitais, capaz de influenciar a acurácia das previsões do consenso dos analistas de investimento do mercado brasileiro, e que esse sinal representa parâmetros na mudança da probabilidade condicional que definem as crenças, tanto dos analistas na elaboração de suas previsões e recomendações quanto dos investidores na escolha de seus investimentos.

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Biografia do Autor

Flávia Zóboli Dalmácio, Universidade de São Paulo

Professora Doutora do Departamento de Contabilidade e Atuária da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo.

Alexsandro Broedel Lopes, Universidade de São Paulo

Professor Doutor do Departamento de Contabilidade e Atuária da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo.

Alfredo Sarlo Neto, Universidade Federal do Espírito Santo

Professor Doutor do Departamento de Contabilidade da Universidade Federal do Espírito Santo.

Amaury José Rezende, Universidade de São Paulo

Professor Doutor do Departamento de Contabilidade e Atuária da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

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Publicado

2013-04-23

Edição

Seção

Finanças Estratégicas