Formas de ver as pessoas com deficiência: um estudo empírico do construto de concepções de deficiência em situações de trabalho

Autores

  • Maria Nivalda de Carvalho-Freitas Universidade Federal de São João Del-Rei
  • Antônio Luiz Marques Universidade Federal de Minas Gerais

Palavras-chave:

Diversidade, Pessoas com Deficiência, Trabalho, Gestores, Concepções de Deficiência

Resumo

As pesquisas sobre a inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho têm sugerido, de forma explícita ou implícita, que a maneira como a deficiência é vista, pelos gestores e colegas de trabalho, é um elemento importante para a compreensão dessa dimensão da diversidade. O objetivo dessa pesquisa foi identificar e testar empiricamente um construto que pudesse auxiliar a entender a forma como a deficiência é vista por profissionais que atuam ou possam vir a atuar com pessoas com deficiência (PcDs). A pesquisa foi realizada com 227 alunos de cursos de especialização em Administração de três universidades. O método utilizado foi: o modelo de equações estruturais. A partir do teste do modelo pode-se verificar que os dados empíricos suportam a existência do construto – concepções de deficiência em situações de trabalho – que pressupõe que frente à deficiência as pessoas tendem a construir explicações para justificar a diferença das PcDs. Essas explicações são modalidades de pensamento que qualificam a deficiência e avaliam as possibilidades de trabalho das pessoas com deficiência e estão intimamente ligadas às matrizes históricas que lhes deram origem. Essa premissa foi suportada pela estrutura multidimensional das Concepções de Deficiência em Situações de Trabalho, que se reflete em seis fatores: dimensão espiritual, dimensão baseada em pressupostos da normalidade, dimensão baseada na inclusão, desempenho, vínculo e benefícios.

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Biografia do Autor

Maria Nivalda de Carvalho-Freitas, Universidade Federal de São João Del-Rei

Doutora em Administração pelo Centro de Pós-Graduação e Pesquisas em Administração da Universidade Federal de Minas Gerais. Professora adjunta do Centro Científico do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de São João Del-Rei.

Antônio Luiz Marques, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutor em Administração pela Aston Business School da Aston University. Professor do Centro de Pós-Graduação e Pesquisas em Administração da Universidade Federal de Minas Gerais.

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Publicado

2010-02-27