Histerese do desemprego no Brasil: quebras estruturais e persistência nos anos 2012-2020

Auteurs

  • Fabiano Roberto Santos de Lima Universidade Estácio de Sá

Mots-clés :

Histerese, persistência do desemprego, quebra estrutural, estacionariedade, mercado de trabalho

Résumé

Este artigo investiga a existência de histerese no mercado de trabalho brasileiro no período de 2012 a 2020 com dados mensais para o desemprego. A abordagem econométrica adotada faz uso dos testes convencionais de raiz unitária, do teste de Bai-Perron (2003) para identificar múltiplas quebras estruturais e, adicionalmente, o grau de persistência do desemprego é verificado com a aplicação do modelo de Campbell e Mankiw (1987). Os resultados obtidos apontam para a existência de fraca histerese do desemprego no mercado de trabalho. Em adicional, foram encontradas evidências de que a trajetória de desocupação no Brasil sofreu duas quebras estruturais: uma em dezembro de 2014 e outra em março de 2016.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Références

Bai, J., & Perron, P. (2003). Computation and analysis of multiple structural change models. Journal of Applied Econometrics, 18(1), 1–22. doi: 10.1002/jae.659

Banco Central do Brasil. (2020). Taxa de desocupação - PNADC (24369). Recuperado de: https://www3.bcb.gov.br/sgspub/consultarvalores/consultarValoresSeries.do?method=consultarValores.

Blanchard, O. J., & Summers, L. (1988). Hysteresis and the European unemployment problem. ln: Cross, R.(ed). Unemployment, hysteresis and the natural rate hypothesis. New York: Basil Blackwell lnc.

Campbell, J. Y., & Mankiw, N. G. (1987). Are output fluctuations transitory? Quarterly Journal of Economics, 102(4), 857-880. doi: 10.2307/1884285

Cochrane, J. H. (1988). How big is the random walk in GNP? Journal of Political Economy, 96(5), 893-920. doi: 10.1086/261569

Da Silva, C. G., & Gomes, F. A. R. (2009). Measuring unemployment persistence of different labor force groups in the Greater São Paulo Metropolitan Area. Estudos Econômicos, 9(4), 763-784. doi: 10.1590/S0101-41612009000400003

Dickey, D. A., & Fuller, W. A. (1981). Likelihood ratio statistics for autoregressive Time series with a unit root. Econometrica, 49(4), 1057-1072. doi: 10.2307/1912517

Figueirêdo, E. A. de, & Targino, I. (2004). Histerese no mercado de trabalho brasileiro na década de noventa. Revista da ABET, 5(1), 105-126.

Gomes, F.A.R., & Da Silva, C. G. (2009). Hysteresis versus NAIRU and convergence versus divergence: The behavior of regional unemployment rates in Brazil. The Quarterly Review of Economics and Finance, 49(2), 308-322. doi: 10.1016/j.qref.2007.03.009

Lima, F. R. S. (2019). Evidências da relação entre desemprego e produto a partir da utilização dos filtros HP e Hamilton. Revista Dissertar, 1, (33), 57-66. doi: 10.24119/16760867ed115280.

Lima, R. O., Oliveira, J. C. T. de & Silva, M. M. da. (2015). Detectando quebra na longa memória: um caso do desemprego brasileiro. Economia Aplicada, 19(4), 611-624. doi: 10.11606/1413-8050/ea127256

Margarido, M. A. (2001). Aplicação de testes de raiz unitária com quebra estrutural em séries econômicas no Brasil na década de 90. Informações Econômicas, SP. 31(4), 7-22.

Menezes, A.W. F., Uchoa, C. F.; & Maia, S. F. (2005). A histerese do desemprego na Região Metropolitana de Salvador. Revista da ABET, 5(1), 3-28.

Ng, S.; & Perron, P. (2001). Lag length selection and the construction of unit root tests with good size and power. Econometrica, 69(6), 1519–1554. doi: 10.1111/1468-0262.00256

Perron, P. (1989). The great crash, the oil price shock, and the unit root hypothesis. Econometrica, 57(6), 1361-140. doi: 10.2307/1913712

Rossi, P.; & Mello, G. (2017). Choque recessivo e a maior crise da história: A economia brasileira em marcha à ré. Centro de Estudos de Conjuntura e Política Econômica - IE/UNICAMP , 1. Recuperado de:
https://www.eco.unicamp.br/images/arquivos/NotaCecon1_Choque_recessivo_2.pdf

Santana, F. L.; Souza, W. P.; & Aragón, E. K. (2013). Histerese versus Taxa Natural do Desemprego no Brasil e regiões metropolitanas: novas evidências de quebras estruturais e raiz unitária. Textos para Discussão. Programa de Pós Graduação em Economia -UFPB. Recuperado de: http://www.ccsa.ufpb.br/ppge/arquivos/ensaios/td14_2013.pdf

Santolin, R., & Antigo, M. F. (2020). Curvas de Salário Dinâmicas e Efeitos sobre o Salário Real e o Desemprego de Longo Prazo para a Economia Brasileira. Pesquisa e Planejamento Econômico, 50(1), 127-156. doi: 10.38116/ppev50n1art5

Zeileis, A.; Kleiber, C.; Kramer, W.; & Hornik, K. (2003). Testing and dating of structural changes in practice. Computational Statistics & Data Analysis, 44(1-2), 109–123. doi: 10.1016/S0167-9473(03)00030-6

Zylberstajn, H.; & Balbinotto Neto, G. (1999). As teorias do desemprego e políticas públicas de emprego. Revista de Estudos Econômicos, 29(1), 129-149.

Téléchargements

Publiée

2021-07-29

Comment citer

Roberto Santos de Lima, F. (2021). Histerese do desemprego no Brasil: quebras estruturais e persistência nos anos 2012-2020. Revista De Economia Mackenzie, 18(esp), 89–106. Consulté à l’adresse http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/rem/article/view/14245

Numéro

Vol. 18 No esp (2021): Revista de Economia Mackenzie

Rubrique

Artigos

Licence

Le droit d'auteur des articles publiés dans Revista de Economia Mackenzie appartient aux auteurs, qui accordent à l'Universidade Presbiteriana Mackenzie les droits exclusifs de publier le contenu. La reproduction totale ou partielle est interdite sans l'autorisation préalable du comité éditorial, sauf autorisation préalable.Os direitos autorais dos artigos publicados na Revista de Economia Mackenzie pertencem aos autores, que concedem à Universidade Presbiteriana Mackenzie os direitos exclusivos de publicação do conteúdo. É vedada sua reprodução total ou parcial sem a devida autorização da Comissão Editorial, exceto quando previamente autorizado.