O ambiente materno influencia o desenvolvimento ponderal e a viabilidade da prole de ratos, porém não altera o cuidado maternal

Autores

  • Loren da Silva Medeiros Universidade Paulista
  • Paula da Silva Rodrigues Universidade Paulista
  • Ana Claudia Silva Sampaio Universidade Paulista
  • Maria Martha Bernardi Universidade Paulista

Resumo

O comportamento materno tem como objetivo garantir a sobrevivência e o desenvolvimento adequado da ninhada. Variações no ambiente ou no número de filhotes durante o período perinatal podem levar a alterações no desenvolvimento da prole. Este trabalho avaliou a influência de um ambiente materno desfavorável e da redução da ninhada no cuidado maternal, na viabilidade e no ganho de peso dos filhotes. Ratas lactantes foram divididas em três grupos: C – grupo controle mantido em gaiolas com 100% da maravalha e ninhadas padronizadas em oito filhotes; E1 – grupo experimental 1 em que as ninhadas foram padronizadas em quatro filhotes mantendo-se 100% da maravalha da gaiola; E2 – grupo experimental 2 mantido em gaiolas com redução de 60% na quantidade de maravalha e ninhadas padronizadas em oito filhotes. Entre os dias 5 e 7 da lactação, o comportamento materno foi observado. Avaliaram-se o ganho de peso das proles nos dias 4, 10 e 21 da lactação e a sobrevivência delas ao desmame. Em comparação ao grupo C, verificou-se o seguinte: 1. o cuidado maternal destinado aos filhotes não foi modificado; 2. as mães do grupo E1 apresentaram maior tempo de auto-grooming; 3. as mães do grupo E2 apresentaram maior frequência, tempo total e tempo máximo de auto-grooming; 4. a prole do grupo E1 apresentou maior ganho de peso; 5. a prole do grupo E2 não apresentou alterações no ganho de peso, porém houve menor sobrevivência. A redução da ninhada promoveu maior ganho de peso da prole, enquanto a menor disponibilidade de maravalha não influenciou o ganho de peso da prole. Em ambas as condições, o cuidado maternal não foi modificado. O aumento do auto-grooming materno no grupo E2 pode ser interpretado como um sinal de estresse materno e no grupo E1 como sinal de conforto.

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Publicado

16-07-2020

Edição

Seção

Artigos