Associação entre sintomas de depressão pós-parto e qualidade da relação de apego mãe-bebê

Autores

  • Amanda Iscaife Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo
  • Danielly Vieira Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo
  • Cristiane Silvestre Paula Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento, Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo
  • Ana Osório Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento, Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo
  • Vera Lúcia Esteves Mateus Universidade Presbiteriana Mackenzie 0000-0001-8762-3056

Palavras-chave:

depressão pós-parto, relação mãe-bebê, apego, desenvolvimento infantil

Resumo

A literatura tem mostrado que a depressão pós-parto pode comprometer significativamente o desenvolvimento do vínculo afetivo precoce entre a mãe e o bebê. O presente trabalho teve como objetivo examinar a associação entre relato materno de sintomas de depressão pós-parto e a qualidade da relação de apego precoce entre a mãe e seu bebê. Os participantes foram 23 mães com bebês de seis meses a um ano de idade. As mães preencheram um questionário sociodemográfico, a Escala de Depressão Pós-natal de Edimburgo e a Escala de Ligação Materna Pós-natal. Foi observada uma correlação negativa estatisticamente significativa entre sintomas de depressão pós-parto e qualidade do vínculo emocional mãe-bebê (- .68; p < .001). Mais especificamente, o estudo mostrou que mais sintomas de depressão pós-parto estavam associados a menor aceitação (- .59; p = .003) e tolerância (- .44; p = .035) por parte da mãe em relação ao bebê, e baixa sensação de competência (- .59; p = .003) relatados pelas mães. Os resultados são consistentes com a literatura que vem mostrando que mães deprimidas no período pós-parto podem ter mais dificuldades em estabelecer uma relação de apego de elevada qualidade com seus bebês.

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Publicado

16-07-2020

Edição

Seção

Artigos