Sensibilidade e especificidade de instrumentos psicológicos na avaliação do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade

um estudo de revisão sistemática

Autores

  • Beatriz Camilo Araujo dos Santos Costa Pontifícia Universidade Católica de Goiás
  • Daniela Zanini Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Palavras-chave:

Palavras-chave: sensibilidade, especificidade, TDAH, avaliação psicológica.

Resumo

Objetivo: revisar sistematicamente estudos referentes a sensibilidade e especificidade de instrumentos psicológicos na avaliação do TDAH. Método: Foi realizada uma revisão sistemática, fazendo uso do PRISMA, por meio da pesquisa em bases de dados nacionais e internacionais na plataforma Capes, com os descritores ADHD/ sensibility and specificity, sem a seleção de bases de dados específicas. A pesquisa foi restrita as publicações dos últimos cinco anos (2014-2019). Os critérios de inclusão foram: artigos de avaliação psicológica no TDAH com crianças; artigos empíricos publicados em revista brasileira ou estrangeira; revisados por pares. Os critérios de exclusão foram artigos repetidos; com a presença de comorbidades; artigos não localizados na íntegra. Foram obtidos 42 artigos.  Resultados: A amostra final foi composta por dois artigos.  Constatou-se o baixo índice de publicações referentes a sensibilidade e especificidade de instrumentos nas avaliações psicológicas para o TDAH, mesmo com o grande número de estudos relacionados ao transtorno nos últimos cinco anos. Discussão: estudos selecionados descreveram o uso da curva ROC como procedimento de análise da sensibilidade e especificidade, com o objetivo de reduzir vieses diagnósticos. Não foram encontrados instrumentos utilizados em avaliações psicológicas referentes ao TDAH. Estudos apresentavam como eixo central, respectivamente, o uso do eletroencefalograma e o desenvolvimento de instrumento breve para o transtorno, em equipe multiprofissional.  Conclusão: Observou-se a necessidade de investimento em construções de instrumentos psicológicos sensíveis e específicos para procedimentos diagnósticos em quadros de TDAH, considerando que os estudos encontrados em revisão sistemática fazem menção área médica e de uso multiprofissional.

 

Palavras-chave: sensibilidade, especificidade, TDAH, avaliação psicológica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

American Psychiatric Association. (2014). DSM-V: Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (5a ed.). Porto Alegre: Artmed.
Bustillo, M., & Servera, M. (2015). Análisis del patrón de rendimiento de uma muestra de ninõs com TDAH en el WISC IV. Revista de Psicologia Clínica con Ninõs y Adolescentes, 2(2), 121-128. Recuperado em 10 abril, 2019, de https://www.revistapcna.com/sites/default/files/04-2_bustillo_wisc_tdah.pdf
Bosch-Bayard, J. et al. (2018). Stable Sparse Classifiers Identify qEEG Signature that Predict Learning Disabilities (NOS) Severity. Frontiers in Neuroscience, 11, 749. Recuperado de 15 fevereiro, 2019, de https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5775224/.
Cristiano, M. (2017). Sensibilidade e Especificidade na Curva de ROC: um estudo de caso. Dissertação de mestrado, Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria, Faculdade de Medicina, Universidade do Porto, Leiria, Portugal. Recuperado em 15 maio, 2019, de https://iconline.ipleiria.pt/bitstream/10400.8/2927/1/Disserta%C3%A7%C3%A3o_MarianaCristiano.pdf
Fennolar-Cortes, J., & Fuentes, L. J. (2016). The ADHD Concomitant Difficulties Scale (ADHD-CDS) a Brief Scale to Measure Comorbidity Associated to ADHD. Frontiers in Psychology, 7, 871. Recuperado em 15 maio, 2019, de https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4905958/.
Fuentes, D; Malloy-Diniz, L.F; Camargo, C.H; Consenza, R. (2014). Neuropsicologia: teoria e prática. 2a ed. Porto Alegre: Artmed.
International Test Comission. (2014). Guidelines on the Security of Tests, Examinations, and Other Assessments. Recuperado em 15 maio, 2019, de https://www.intestcom.org/files/guideline_test_security.pdf
Luria, A. R. (1984). Fundamentos de Neuropsicologia. Tradução: Juarez Aranha Ricardo. São Paulo: Editora S.A.
Miotto, E. C., De Lucia, M. C. S., & Scaff, M. (2012). Neuropsicologia Clínica. São Paulo: Roca.
Miranda, M. C., Muszkat, M., & Mello, C. B. (2013). Neuropsicologia do desenvolvimento: transtornos do desenvolvimento. Rio de Janeiro: Rubio.
Ramos, A. A., Hamdam, A. C. (2016). O crescimento da avaliação neuropsicológica no Brasil: uma revisão sistemática. Psicologia: Ciência e Profissão, 36(2), 471-485. Recuperado em 15 maio, 2019, de http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932016000200471
Roger, G. (2014). Neuropsicologia (4a ed.). São Paulo: Santos.
Seabra, A. G., & Dias, N. M. (org.). (2012). Avaliação Neuropsicológica: atenção e funções executivas (Vol. 1). São Paulo: Memnon.
Seabra, A. G., & Capovilla, F. C. (2009). Teoria e pesquisa em Avaliação Neuropsicológica (2a ed.). São Paulo: Memnon.
Wagner, F., Rohde, L. A. & Trentini, C. M. (2016). Neuropsicologia do Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade: Modelos Neuropsicológicos e Resultados de Estudos Empíricos. Psico-USF, 21(3), 573-582. Recuperado em 15 maio, 2019, de http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-82712016000300573&script=sci_abstract&tlng=pt
Wechsler, D. (2015). Escala Wechsler de Inteligência para Crianças (WISC-IV) (4a ed.). São Paulo: Casa do Psicólogo.

Downloads

Publicado

16-07-2020

Edição

Seção

Artigos