Influência da terapia neuromotora intensiva no controle de cabeça de uma criança com paralisia cerebral do tipo quadriplegia espástica

Autores

  • Jheniffer Freitas Fisioterapeuta do Centro de Pesquisa Vitória, Especialista em neurofuncional (IBRATE), Curitiba-PR, Brasil.
  • Tainá Ribas Mélo Fisioterapeuta, Doutora em Atividade Física e Saúde (UFPR), Docente da Universidade Campos Andrade (UNIANDRADE) e do Instituto Brasileiro de Therapias e Ensino (IBRATE), Curitiba-PR, Brasil.
  • Alexandre Aguiar Sabbag Especialista em Fisioterapia Neuromotora Intensiva.
  • Ana Cláudia Martins Szczypior Costin Fisioterapeuta, Docente da Universidade Campos Andrade, Curitiba-PR, Brasil.
  • Eduardo Borba Neves Fisioterapeuta, Doutor. Professor do Programa de Pós-graduação em Engenharia Biomédica da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Curitiba-PR, Brasil

Resumo

A paralisia cerebral ocasiona distúrbios da postura e do movimento, e em pacientes quadriplégicos acomete os quatro membros, tronco e cabeça. A Terapia Neuromotora Intensiva (TMNI) surge como possibilidade de intervenção fisioterapêutica. Assim o presente estudo objetivou investigar a influência da TNMI sobre o controle de cabeça de uma criança com quadriplegia espástica. A paciente foi submetida à TNMI e avaliada através da escala GMFM-88 nas dimensões A (deitar e rolar) e B (sentar), por concentrarem o repertório motor amplo da criança com GMFCS V; pelo GMFM-66, e pelo sistema de eletrogoniometria wifi (Biofeed®), com sensor localizado na cabeça (osso frontal), avaliando a oscilação no plano sagital, nos tempos de 30, 60 e 90 segundos. Pelo GMFM-88, obteve-se melhora de 17,65% na dimensão A, e de 1,67% na dimensão B com ganho de 9,66% na pontuação geral e de 1,11% na GMFM-66. Pela análise do Biofeed houve diferenças entre a avaliação inicial e final em todos os tempos analisados (30, 60 e 90 segundos), indicando que o protocolo terapêutico proporcionou ganhos no controle motor de cabeça. Os resultados evidenciaram uma melhora discreta no controle de cabeça na GMFM-88 e melhora pelo Biofeed®, o que a GMFM-66 não identificou.

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Publicado

30-07-2019

Edição

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Artigos