Condição de saúde materna e desempenho funcional das crianças com Síndrome Congênita do Zika em creches de Recife, Pernambuco/Brasil

Autores

  • Afonso Rodrigues Tavares Netto Universidade Federal de Pernambuco/Mestre em Fisioterapia
  • Marianna Melo Universidade Federal de Pernambuco/Graduanda em Fisioterapia
  • Carine Wiesiolek Universidade Federal de Pernambuco/Professora do Departamento de Fisioterapia
  • Milena Monteiro Guimarães Universidade Federal de Pernambuco/Mestre em Fisioterapia
  • Patrícia Meireles Brito Universidade Federal de Pernambuco/Doutoranda em Saúde da Criança e do Adolescente
  • Adriane Mirella Silva Mirella Silva Universidade Federal de Pernambuco/Fisioterapeuta
  • Tícia Cassiany Ferro Cavalcante Universidade Federal de Pernambuco/Professora do Centro de Educação
  • Karla Lambertz Universidade Federal de Pernambuco/Professora do Departamento de Fisioterapia

Palavras-chave:

Zika Vírus, Creches, Educação Especial, Criança com deficiência, Relações mãe-filho

Resumo

Objetivo: Avaliar a condição de saúde materna, o desempenho funcional das crianças com Síndrome Congênita relacionada à infecção pelo vírus Zika (SCZ) e analisar a percepção materna sobre a inserção de seus filhos nas creches municipais. Métodos: Realizou-se um estudo observacional e exploratório de abordagem qualitativa e quantitativa entre agosto e dezembro/2018, incluindo 7 das 11 crianças matriculadas na rede de ensino municipal, diagnosticadas com SCZ. Aplicou-se o World Health Organization Disability Assessment Schedule 2.0 (WHODAS 2.0) e roteiro de entrevista semiestruturado às mães. Em relação às crianças, foi aplicado o Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade (PEDI). Resultados: Observou-se sobrecarga nos níveis de atividade e participação materna mesmo após inserção das crianças nas creches. Foram verificadas crianças com baixo desempenho funcional, atrasos no desenvolvimento e ampla necessidade de assistência do cuidador primário. Os relatos maternos permitiram identificar benefícios da inserção nas creches, porém ainda há necessidade de participação ativa das mães no cuidado da criança dentro da creche e falta de adaptações estruturais, permeando a sobrecarga materna. Conclusão: Apesar de ter sido epicentro da epidemia da SCZ, com grande quantidade de casos notificados, maiores estratégias de inclusão das crianças na rede de ensino, melhorias estruturais, capacitações profissionais e suporte materno se fazem necessários.

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Publicado

02-12-2020

Edição

Seção

Artigos