Agência em estratégia: conectando prática social e co-determinação
Palavras-chave:
Estratégia, Agência, Prática Social, Níveis de Análise, Co-DeterminaçãoResumo
O artigo propõe uma perspectiva mais plural para o estudo da agência em estratégia, por meio do empréstimo do conceito de co-determinação, contribuindo para o reconhecimento e a superação de certas limitações da área. As razões históricas que levaram a área de estratégia a focar no indivíduo são analisadas ao longo do texto, principalmente, a partir do predomínio de abordagens específicas que tratam da relação entre indivíduo-organização-ambiente. Os autores argumentam que grande parte da literatura de estratégia privilegia uma representação específica de organização e gerência [i.e. a grande corporação e o capitalismo gerencial controlado por uma ‘mão-visível’]; isso permitiu gerar ao longo das últimas décadas falsas dicotomias [micro/macro, voluntarismo/determinismo] e promoveu uma conflação entre a agência do indivíduo e a agência da organização. De forma a superar essas falsas dicotomias e endereçar o estudo da agência, os autores revisitam o desenvolvimento de algumas perspectivas que procuraram nas últimas décadas que incorporam os debates produzidos na área de estudos organizacionais, principalmente na Europa. O artigo dá destaque às discussões acerca da perspectiva da estratégia como prática social [strategy as practice – S-as-P], principalmente, àquelas vinculadas à Teoria da Estruturação devido à sua ampla utilização. Seguindo o movimento europeu, também é crescente no Brasil o interesse por S-as-P e pelos conceitos de strategizing, organizing e micropráticas; isto faz com que o conceito de agência continue insuficientemente explorado apesar dos importantes avanços alcançados. Os autores deste artigo propõem uma perspectiva – baseada do conceito de co-determinação – na qual a agência se constitui ao longo de processos de interação horizontal e vertical, envolvendo mecanismos e atores que residem nos níveis micro-individual, meso-organizacional e macro-estrutural. O potencial do conceito de co-determinação é reconhecido para que se realize em S-as-P uma ‘análise estratificada’ da agência e discutidos elementos que permitem revelar as ‘camadas’ de influências. Por fim, os autores traçam considerações acerca da viabilidade de perspectivas alternativas para o estudo da agência em S-as-P e de sua importância para contrabalançar a literatura dominante e elevar a relevância dos estudos no Brasil.
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Após a aprovação do artigo, os autores cedem seus direitos autorais à RAM. As condições da Sessão de Direitos Autorais incluem:
1. A Revista de Administração do Mackenzie (RAM) mantém, com a cessão dos direitos autorais, a posse dos direitos sobre os artigos por ela publicados.
2. O autor retém seus direitos morais no artigo, incluindo o direito de ser identificado como autor sempre que o artigo for publicado.
3. A partir de 01 de julho de 2015 a RAM adotou o padrão de licença CC-BY (Creative Commons– BY). É permitido ao autor copiar, distribuir, exibir, transmitir e adaptar o artigo. O autor deve atribuir de forma explícita e clara a publicação original do artigo à RAM (referenciando o nome da revista, a edição, o ano e as páginas nas quais o artigo foi publicado originalmente), mas sem sugerir que a RAM endossa o autor ou sua utilização do artigo. Por meio da licença CC-BY os conteúdos estão liberados para interoperar plenamente com os mais diferentes sistemas e serviços, incluindo fins comerciais. No caso de quaisquer reutilizações ou distribuições do artigo, o autor deve deixar claro para terceiros os termos do licenciamento do artigo. O Critério CC-BY segue as políticas de acesso aberto dos principais publicadores e periódicos de AA (Acesso Aberto) como são o PLoS, eLife, Biomed Central, Hindawi, entre outros.
4. A RAM poderá, mediante solicitação formal do autor, autorizá-lo a publicar o artigo na forma de capítulo ou parte de livro. A única exigência é que a publicação anterior na RAM (nome da revista, edição, ano e páginas) deve ser referenciada de forma explícita e clara.