Uma Reflexão sobre as Relações de Parceria no APL de Confecções do Agreste Pernambucano como Elemento Disseminador da Inovação em Redes Interorganizacionais

Autores

  • Fabiana Ferreira Silva Universidade Federal de Pernambuco - UFPE/CAA
  • Marcos Gilson Gomes Feitosa Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
  • Virgínia do Socorro Motta Aguiar Universidade Estadual da Paraíba - UEPB

Palavras-chave:

Inovação, Parcerias, Redes interorganizacionais, APL’s, Embeddedness.

Resumo

Atuar em um cenário altamente competitivo exige maior dinamicidade das organizações para adequar-se e desenvolver-se frente à instabilidade do mercado global. Quando se transpõe esses requisitos para o ambiente empresarial constata-se que pequenas empresas geralmente não dispõem de infra-estrutura e conhecimento para sobreviver neste contexto. Tais dificuldades fazem com que elas busquem alternativas para se tornarem mais competitivas através de conexões com outras organizações. Naturalmente ou de forma planejada, surgem diferentes tipos de redes interorganizacionais que integram vários atores e fortalecem as empresas de modo “geral”. O presente estudo teve como objetivo verificar se a atuação em redes interorganizacionais é percebida como um elemento impulsionador da inovação para os atores do APL de Confecções do Agreste Pernambucano. A perspectiva teórica contempla estudos sobre redes interorganizacionais e inovação. Quanto à metodologia, a pesquisa utilizou-se de métodos quantitativos para fazer a caracterização das indústrias de confecções por meio da aplicação de um questionário em 51 empresas. Foi observado neste trabalho que, a análise da inovação foi considerada um fator essencial ao desenvolvimento das redes interorganizacionais, sendo possível concluir que os atores do APL consideram que as parcerias interfirmas constituem um elemento impulsionador da inovação na rede. Por outro lado, apesar de os testes estatísticos revelarem forte relação entre os indicadores de inovação e as relações de parceria no APL, as inovações implementadas nas empresas tiveram como objetivo torná-las mais competitivas, reproduzindo a lógica instrumental e econômica do mercado, que não desenvolve, sustentavelmente, a rede. Constatou-se ainda que não há equidade na disseminação dos benefícios na rede e que esta acaba sendo uma estrutura de exclusão no APL em estudo, visto que apenas uma minoria aproveita as vantagens geradas no ambiente. Dentre as principais contribuições e implicações práticas e sociais, a partir da reflexão dos dados da pesquisa, sugere-se: incentivar a análise de APL’s  como sistemas socioprodutivos  e inovativos, onde a economia não constitui um único fator determinante; e ressaltar a necessidade da organização de Fóruns de Desenvolvimento Regional, contando com a participação de diferentes atores do APL que discutam ações voltadas para a rede.

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Biografia do Autor

Fabiana Ferreira Silva, Universidade Federal de Pernambuco - UFPE/CAA

Mestre em Administração do Departamento de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas - CCSA da Universidade Federeal de Pernambuco (UFPE)

Professora do Núcleo de Educação Profissional (NEP) da Escola Técnica SENAI de Santa Cruz do Capibaribe - Pernambuco

 

Marcos Gilson Gomes Feitosa, Universidade Federal de Pernambuco - UFPE

Doutor em Educação do Departamento de Metodologia de Ensino do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR)

Professor do Departamento de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas - CCSA da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

 

Virgínia do Socorro Motta Aguiar, Universidade Estadual da Paraíba - UEPB

Doutora em Engenharia de Produção da Unidade de Engenharia de Produção do Centro de Tecnologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Professora do Departamento de Engenharia de Produção da Escola de Engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie

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Publicado

2012-05-30

Edição

Seção

Recursos e Desenvolvimento Empresarial