Capacidades e Trajetórias de Inovação de Empresas Brasileiras

Autores

  • Fernanda Maciel Reichert Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Guilherme Freitas Camboim Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Paulo Antônio Zawislak Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Palavras-chave:

Inovação. Capacidades de inovação. Setores industriais. Trajetórias de inovação. Indústria brasileira.

Resumo

Todos os tipos de empresas têm condições e precisam inovar? Como se dá o processo de inovação? Quais são as características necessárias para inovar? O setor de atividade e o nível tecnológico influenciam? Para responder a esses questionamentos é preciso ir além do conceito de inovação como a simples criação de algo novo. É preciso considera-la, principalmente, como uma iniciativa de mudança para preencher lacunas de conhecimento e de mercado, e assim, gerar resultados para as empresas. Sabe-se que todas as empresas sempre têm uma base tecnológica (i.e. um produto e seu processo) como objeto de seus negócios (a saber, a gestão interna e as transações externas). E, por isso, sempre são constituídas, em menor ou maior grau, por quatro funções básicas - desenvolvimento, operação, gestão e comercialização. A inovação emerge justamente dessas funções e, para cada uma delas, corresponderá uma capacidade de inovação. Assim, o objetivo do presente artigo é identificar as capacidades de inovação de empresas industriais brasileiras e, com isso, explicitar suas trajetórias de inovação. Para realizar o objetivo proposto, utilizou-se como base de dados os resultados oriundos de projeto de pesquisa uma amostra de 1326 empresas industriais brasileiras. O projeto desenvolveu-se em três fases: (i) desenvolvimento de um modelo teórico de capacidades de inovação da firma; (ii) fase exploratória e; (iii) levantamento de dados (survey) junto às empresas de setores industriais do estado do Rio Grande do Sul. Considerando o perfil da amostra, concluiu-se que a empresa típica é uma prestadora de serviços industriais, com baixo potencial de inovação. Seja por conta dos ramos de atividade, em sua maioria de baixa e média baixa intensidade tecnológica, seja pela predominância de um modelo de gestão familiar focado em custos, sua trajetória de inovação é restrita à manutenção da qualidade e à maximização da produção.

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Biografia do Autor

Fernanda Maciel Reichert, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGA/EA/UFRGS)

Guilherme Freitas Camboim, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Graduando em Administração do Departamento de Ciências Administrativas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (EA/UFRGS)

Paulo Antônio Zawislak, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Professor Titular do Departamento de Ciências Administrativas e do Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA) da Escola de Administração (EA) da UFRGS

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Publicado

2015-11-03

Edição

Seção

Recursos e Desenvolvimento Empresarial