Capacidades, Inovação e Desempenho Geral das Empresas Brasileiras Exportadoras

Autores

  • José Ednilson de Oliveira Cabral Universidade de Fortaleza
  • Arnaldo Fernandes Matos Coelho Universidade de Coimbra
  • Filipe Jorge Fernandes Coelho Universidade de Coimbra
  • Maria da penha Braga Costa Universidade de Fortaleza Banco do Nordeste

Palavras-chave:

Inovação. Exportadoras. Capacidades. Performance. Brasil.

Resumo

Este artigo aprofunda a pesquisa atual sobre inovação por meio do estudo da relação entre  “capacidade de inovação” e “desempenho geral” em empresas exportadoras. A partir das perspectivas da visão baseada em recursos (RBV) e capacidade dinâmica, examinamos os efeitos diretos e interativo de capacidades exploratórias e explorativas na inovação de produtos para os mercados externos e no desempenho geral da empresa (direta e mediada pela inovação de produto). Além disso, testamos o efeito moderador do dinamismo do mercado e o efeito de controle da variável tamanho de empresa sobre essas relações. Assim, a principal contribuição deste artigo é desenvolver e testar empiricamente um modelo conceitual original, pela combinação desses constructos em novos relacionamentos, em um país emergente. Esse modelo foi testado com dados de 498 empresas exportadoras brasileiras distribuídas em todos os setores industriais brasileiros, por tamanho de empresa e por Estados. A análise foi feita com a aplicação de modelagem de equações estruturais (SEM). Como resultado, encontramos suporte para as hipóteses de que as capacidades explorativas influenciam a inovação de produto e desempenho global, ao passo que as capacidades de exploratórias e sua interação com as explorativas influencia desempenho geral, mas não a inovação de produtos. Além disso, a relação entre as capacidades explorativas e desempenho global é mediada pela inovação de produtos. Diferentemente do hipotetizado, o dinamismo do mercado não modera a relação entre inovação de produto e desempenho geral. Em adição, o tamanho da empresa atua como uma variável de controle das relações testadas. Quanto às implicações para a teoria, esse estudo contribui para a compreensão de que capacidades explorativas influenciam o desempenho geral de uma empresa, tanto direta quanto indiretamente (via inovação de produto) e destaca os distintos efeitos diretos e mediadores de inovação no desempenho geral. Esses insights mostram a importância de considerar o papel das variáveis mediadoras e moderadoras nos modelos conceituais que avaliam os determinantes do desempenho global, evitando-se a superestimação da influencia de determinados constructos. Por fim, o trabalho fornece suporte empírico original para a hipótese da interdependência entre inovações de produto para os mercados externos e desempenho global.

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Biografia do Autor

José Ednilson de Oliveira Cabral, Universidade de Fortaleza

PhD. em Economia da Tecnologia e Gestão da Inovação pela The University of Reading e Pós-Doutorado em Estudos de Inovação pela University of Sussex e Mestre em Administração pela EAESP-FGV. Pesquisador científico da Embrapa e Professor Titular da Unifor.

Arnaldo Fernandes Matos Coelho, Universidade de Coimbra

Licenciado em Economia pela Universidade de Coimbra é detentor de um diploma de DEA da Universidade de Poitiers e do grau de Mestre pela universidade de Coimbra. É doutorado pela Universidade de Barcelona e professor da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e coordenador dos programas de MBA e de Doutoramento em Gestão desta Faculdade. É Colaborador regular da Universidade Estadual do Ceará em Fortaleza. Atua normalmente como consultor e Formador independente nas áreas do Marketing, estratégia e Organização de Empresas.

Filipe Jorge Fernandes Coelho, Universidade de Coimbra

Docente da faculdade de economia da universidade de Coimbra desde 1992, possuindo um doutoramento em marketing pela Manchester Business School (Universidade de Manchester), o qual envolveu uma investigação sobre os determinantes da estratégia de múltiplos canais de distribuição no sector financeiro inglês. As suas áreas de investigação no marketing incluem, entre outras, a orientação para o mercado das organizações, a orientação para o cliente entre empregados de contacto, canais de distribuição e psicologia económica. Nestas áreas tem publicado diversos trabalhos em revistas de natureza científica.

Maria da penha Braga Costa, Universidade de Fortaleza Banco do Nordeste

Graduada, Mestre e Doutora em Administração. O Doutorado foi pbtido na Universidade de Coimbra. Professora dos cursos de Graduação em Administração e em Comércio Exterior da Universidade de Fortaleza - UNIFOR. Também atua como técnica em planejamento no Bando do Nordeste.

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Publicado

2015-06-23

Edição

Seção

Fórum Especial Temático sobre Inovação